05/03/2010

Jonah Jones

Jonah Jones nasceu em Louisville, Kentucky, no dia 31 de dezembro de 1908. Começou a carreira na Community Center Band de Louisville, tocando alto horn, instrumento da família dos metais comum nas bandas marciais, mas pouco utilizado no jazz. Não demora muito, já tocava o trompete em navios que cruzavam o Mississipi. Na década de 1930, passa a trabalhar com gente como Jimmy Lunceford, Stuff Smith e Lil Hardin Armstrong, que lhe coloca o apelido de King Louis II. Convidado por Dick Stabile, faz residência no famoso clube Onyx, na 52nd Street, alcançando amplo sucesso. Após trabalhar com Benny Carter e Fletcher Henderson, em 1941 Jones passa a integrar a orquestra de Cab Calloway, que o homenageia com a composição When Jones Joined The Cab, baseada em outra, When Cootie Left The Duke, composta por Raymond Scott. Nesses onze anos com Calloway, Jones ainda arranja tempo para trabalhar com Earl Hines e visitar a Europa, onde grava com Sidney Bechet, além de se apresentar no Embers, com Joe Bushkin, clube onde voltaria a tocar em 1955, consolidando definitivamente sua carreira. Em sua caminhada, Jones auxiliou a definir o quarteto típico do Swing, estabelecendo o fraseado, o ataque e os efeitos típicos do estilo, repleto de glissandos, vibratos e climbs. Não sem razão, Jones torna-se um músico de renome internacional, apresentando-se na Europa, participando de programas de televisão e atuando com artistas famosos, como Billie Holiday, June Christy, Earl Hines, Rex Stewart, Eddie Condon, Teddy Wilson, Lionel Hampton e Fred Astaire. Mantém-se ativo nas décadas de 1960, 1970 e 1980, gravando e se apresentando esporadicamente. Na década de 1990, embora já afastado dos palcos, Jones praticava o trompete diariamente, até sua morte, no dia 30 de abril de 2000, aos 91 anos.


Para os amigos, fica a faixa All Of You, retirada do álbum Jonah Jones Quartet At The Embers, gravado em 1956 para a Groove e relançado em 2008 pela Mosaic. Com ele estão George Rhodes (p), John Browne (b) e Harold Austin (d). .

13 comentários:

Roberto Scardua disse...

Grande cara, grande músico. Valeu Lester!

pituco disse...

master lester,

é sempre oportuno visitar o jazzseen...

abraçsons

Abílio disse...

Beleza hein! Um abração meu amigo.

Érico Cordeiro disse...

Cab Calloway deve a vida ao grande Jonah. Numa briga com Gillespie, que acabou custando o emprego ao pai do bebop na orquestra de Cab, foi Jonah quem impediu que Dizzy extraísse alguns litrinhos de sangue do patrão. Corajosamente, Jonah tomou a faca das mãos de Gillespie e serenou os ânimos da galera.
Swing de primaira - e texto idem!

John Lester disse...

Boas e más línguas dizem que Gillespie jogava bolinhas de papel nas costas de Calloway, daí sua demissão da banda. Coisas de gênio?

Grande abraço, JL.

APÓSTOLO disse...

Prezado JOHN LESTER:

Bela postagem para um senhor músico.
Grato pela postagem, que nos devolve aos LP's, delicia sonora de sempre.

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Lester,

me fizeste matar as saudades de um LP que comprei usado, na rua, vendido nas escadarias do teatro Municipal do RJ.

Grato!

Ô¬Ô

John Lester disse...

Nada como aquele croqui, croqui, croqui de um velho e sujo lp. Como era bom lavar meus lp's no tanque, com escovinha e sabão de coco.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

nostalgia...e boa musica. valeu, Master!

Anônimo disse...

nostalgia e omelhor da musica, valeu, Master!

Marília Deleuz disse...

gostei do baterista, muito bom

beijo!

thiago disse...

trompete sinistro

figbatera disse...

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