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16/02/2011

Mestres: Billy Mitchell

A fumacinha que você vê flutuando na capa do álbum This Is Billy Mitchell seria responsável pelo câncer de pulmão que levaria à morte o magnífico saxofonista, em 2001. Mas, antes disso, Billy viveria 74 anos, 52 deles dedicados ao jazz. Nascido em Kansas City, estuda em Detroit, cidade onde iniciaria a carreira , em 1948, tocando na banda de Nat Towles. No mesmo ano, segue para New York, integrando a banda de Lucky Millinder. Em 1949, substitui Gene Ammons na banda de Woody Herman e realiza sua primeira gravação, ao lado de Milt Buckner. No início da década de 1950, forma seu próprio grupo,  atuando em Detroit. Entre 1956 e 1957, Billy integraria a banda de Dizzy Gillespie e, entre 1957 e 1961, substitui Eddie 'Lockjaw' Davis na banda de Count Basie, onde voltaria a trabalhar entre 1966 e 1967. Durante 1961 e 1964, lidera com Al Grey um sexteto que contaria com grandes músicos, entre eles o vibrafonista Bobby Hutcherson. Ainda na década de 1960, Billy atua como diretor musical de Stevie Wonder. Na década seguinte, dedica-se ao ensino, ministrando uma série de seminários e workshops, além de atuar como freelance. Proprietário de uma sonoridade encorpada e um fraseado macio e linear, Billy trafegava tranquilo pelos estilos Swing e Bebop, tornando-se um dos mais completos saxofonistas do Hard Bop. Para os amigos deixo a faixa You Turned The Tables On Me e uma breve recomendação discográfica. Com Billy estão Bobby Hutcherson (vib), Billy Wallace (p),  Herman Wright (b) e Otis Finch (d). O álbum é o da fumacinha, gravado em 1962 para a Verve.

Colossus of Detroit - 1978 - Xanadu 158 -  Infelizmente Billy Mitchell gravou pouco como líder.  Contudo, este álbum demonstra com clareza sua maestria. Com  Barry Jones (p),  Sam Jones (b) e Walter Bolden (d).

23/08/2008

Deu no Jazzigo

Agora está tudo certo. O Circuito Vitória de Jazz chega ao seu ápice com os três dias (1, 2 e3 de setembro) dedicados à boa música. A programação está definida:
Segunda-feira (01/09) - FAMES Jazz Band, Turi Collura e Cama de Gato
Terça-feira (02/09) - Quintal do Jazz (representante do blog), Jazz Letal e Marcel Powell
Quarta-feira (03/09) - Nota Jazz, Quinteto Colibri e RiOrleans . A programação traz nomes locais (as duas primeira bandas de cada dia) que terão a oportunidade de dividir a sala com os visitantes. Os convidados são dignos representantes da música instrumental nacional (daqueles que extrapolam as fronteiras). É sempre bom ouvir músicos como Senise, Paschoal Meirelles, o italiano Dario Galante (que acompanhará o saxofonista Ray Moore - líder do grupo RiOrleans), Jota Moraes, André Neiva, Toni Botelho e todos outros que circularão no palco do Armazém do Jazz, no centro de Vitória. De acordo com Kiko, o organizador do evento (Extrata), a preocupação com a acústica do local será minimizada com os cuidados da Equipe Sombra, encarregada da engenharia de som e dos cuidados com o palco. Maiores detalhes podem ser obtidos no
site do evento. Em breve, Salsa se encarregará de falar um pouco sobre os participantes.

02/05/2008

Augustus

O centro de Vitória renasce com a boa música. O Botequim Augustus, sito à Rua Gama Rosa, tem promovido noitadas musicais agradabilíssimas. Eduardo, o dono do bar, tratou de deixar a casa com um clima aconchegante (são dois pisos, com ar condicionado), com boa comida (o camarão na moranga é excelente) e bebida de boa qualidade. Os preços são acessíveis ao bolso médio. Aos sábados, a responsabilidade é de Chico Lessa (violão e voz), que, acompanhado por Salsa (sax alto, tenor e voz), interpreta suas parcerias com Márcio Borges (Clube da Esquina), muita bossa e standards da música pop norte americana. O som começa às 21:00h. PS - enquanto não chega a hora, divirtam-se com os blogs Jazzigo e MPBJazz.

06/10/2007

Download de gravatas

Depois do rabino Henry Sobel, Mr. Salsa é a personalidade que mais me dá trabalho e inspiração! Seja mediante ações trabalhistas contra o Jazzseen, seja através de sua atitude distraída, própria dos artistas. E sempre criando uma polêmica gigantesca acerca de temas tão simples. Ora, ocupado agora com sua tese de doutorado e promovendo jams sessions pelas madrugadas, Mr. Salsa não poderia mesmo se lembrar de minha resenha de 08/06/07 sobre Sam Noto, que trata exatamente do álbum Entrance! Ok, não lembrar das resenhas do ex-redator sênior John Lester é perdoável, principalmente quando sabemos que a vida de músico exige que nos acerquemos de outras fontes de renda. Eu mesmo, não sendo capaz de viver apenas com os recursos provenientes de minha banda de congo, já me socorri fazendo publicidade aqui mesmo, no Jazzseen. Recentemente, confesso, amealhei considerável fortuna com a campanha que promovi para o blog do Grijó, o inefável Ipsis Litteris. Claro que somente mediante paga ou favores eu me atreveria a promover um blog tão bem escrito, sempre repleto de originalidade, sensibilidade e informação útil.

Afinal, por definição e até onde sei, um blog deve se limitar a ser aquela coisa chata, onde pessoas chatas colam fotos chatas acompanhadas de pequenos textos chatos escritos quase sempre por terceiros. Esse Mr. Grijó adora ser diferente! Ele acredita realmente que os blogs, essas criaturas virtuais tradicionalmente chatas, possam servir de instrumentos culturalmente válidos, atrativos e com conteúdo autêntico. Mas voltemos às gravatas do rabino. O que não é perdoável, e nossa posição no Jazzseen é muito clara a esse respeito, é ofertar álbuns gratuitamente para download enquanto não houver uma posição pacífica sobre o tema na legislação e na jurisprudência brasileira. Além de incorrermos em possível desrespeito à lei, poderíamos induzir o amigo visitante a erro. Não se trata aqui de defender os interesses de gravadoras ou de tomar posição pessoal a favor ou contra isso ou aquilo. Trata-se apenas de alertar o visitante quanto à existência de uma dúvida real do mundo virtual, dúvida essa que já tem produzido vítimas concretas, como nos informa Mr. Salsa na resenha abaixo. Não é necessário polemizar, levantar bandeiras ou erguer barricadas: basta estar atento e bem informado. A discussão nos tribunais alienígenas tem sido complexa e indefinida: França e Espanha já se posicionaram a favor dos downloads sem finalidade de lucro. Na Alemanha, alguns provedores têm sido retirados do ar por disponibilizarem álbuns para download. Os EUA são absolutamente contra todo e qualquer tipo de download. O Brasil ainda está em cima do muro. Nesse sentido é que meu exemplar do álbum Entrance! de Sam Noto foi comprado on-line no E-music - site que recomendo por funcionar adequadamente, embora não forneça as capas nem os encartes dos álbuns que disponibiliza legalmente para download. Mas, ao menos, o amigo tem o extrato do cartão de crédito para comprovar a aquisição legal da obra. Todavia, o álbum Entrance! é oferecido gratuitamente em vários sites da net. Basta jogar no Google o título do álbum seguido de 'rapidshare' ou 'megaupload' ou qualquer outro nome de algum site que hospede arquivos. Depois, é só baixar gratuitamente tantos álbuns quanto se queira, mesmo que nunca se tenha tempo suficiente para ouvi-los todos em vida. Eu só não gostaria é de estar na pele do artista idiota ou do empresário otário que gastam seu tempo, talento e esforço produzindo álbuns que não lhes trarão retorno algum. Pimenta é refresco, não é?

Observação: Na época em que escrevi a resenha sobre Noto, nosso amigo João Luiz, sócio fundador do Clube das Terças, ouviu comigo o álbum Entrance! e, após acirradas discussões e severas críticas, aprovou quase sem restrições o trabalho do trompetista. Talvez daí a gentil recomendação do álbum a Mr. Salsa, esse nosso saudoso ex-redator júnior. Mas é isso. Agora preciso ir para meu outro blog, onde escrevo sobre mpb & culinária!