Eu só tinha um disco do Flip "The Claw" Phillips: uma coletânea da Verve, muito boa, que cobre os dez anos que por lá circulou (meados dos anos 40 até final dos anos 50). O sopro e o fraseado me agradaram de imediato. Apesar de ter procurado, não encontrei outro até o início desse ano quando, via emusic, consegui o cd The Claw - Live At The 1986 Floating Jazz Festival. A rapaziada se reúne em um daqueles vapores que infestavam o Mississipi (só que foi no Caribe) e o pau come solto. Idéia espetacular por si só e, melhor ainda, quando junta o grupo liderado por Flip para uma tremenda jam session (a gente até esquece a capa feia pra dedéu: é aquela estória: quem vê cara, não vê coração). Estão lá os tenoristas Buddy Tate, Al Cohn e Scott Hamilton e, em três das cinco faixas, está Clark Terry pilotando o trompete. O guitarrista Chris Flory, que acompanha o grupo, mostra-se bem à vontade nos seus solos e propicia momentos agradáveis no disco. John Bunch também se mostra eficiente ao piano, do mesmo modo que o baixista Major Holley e o baterista Chuck Riggs. Mas o show mesmo é dos tenores: a apresentação privilegia o swing e a alegria dos anos quarenta (os músicos estão envolvidos com aquela aura das boas jam sessions). O disco começa com a clássica Topsy (gravada em 1958 por Flip com o quarteto de Buddy Rich) num clima ultra animado que eu gostaria que se mantivesse na indispensável Flying home (acho a interpretação de Benny Goodman ladeado por Charlie Christian mais pra cima). O disco vale cada centavo gasto. Mais tarde, ainda hoje, eu deixarei uma faixa no meu gramophone.
26/07/2006
The Claw
Eu só tinha um disco do Flip "The Claw" Phillips: uma coletânea da Verve, muito boa, que cobre os dez anos que por lá circulou (meados dos anos 40 até final dos anos 50). O sopro e o fraseado me agradaram de imediato. Apesar de ter procurado, não encontrei outro até o início desse ano quando, via emusic, consegui o cd The Claw - Live At The 1986 Floating Jazz Festival. A rapaziada se reúne em um daqueles vapores que infestavam o Mississipi (só que foi no Caribe) e o pau come solto. Idéia espetacular por si só e, melhor ainda, quando junta o grupo liderado por Flip para uma tremenda jam session (a gente até esquece a capa feia pra dedéu: é aquela estória: quem vê cara, não vê coração). Estão lá os tenoristas Buddy Tate, Al Cohn e Scott Hamilton e, em três das cinco faixas, está Clark Terry pilotando o trompete. O guitarrista Chris Flory, que acompanha o grupo, mostra-se bem à vontade nos seus solos e propicia momentos agradáveis no disco. John Bunch também se mostra eficiente ao piano, do mesmo modo que o baixista Major Holley e o baterista Chuck Riggs. Mas o show mesmo é dos tenores: a apresentação privilegia o swing e a alegria dos anos quarenta (os músicos estão envolvidos com aquela aura das boas jam sessions). O disco começa com a clássica Topsy (gravada em 1958 por Flip com o quarteto de Buddy Rich) num clima ultra animado que eu gostaria que se mantivesse na indispensável Flying home (acho a interpretação de Benny Goodman ladeado por Charlie Christian mais pra cima). O disco vale cada centavo gasto. Mais tarde, ainda hoje, eu deixarei uma faixa no meu gramophone.
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2 comentários:
Alguns dos grandes têm discografia mais expressiva como sidemen. Gostaria de conhecer os trabalhos dele com Buddy Rich, você tem como conseguir alguma coisa?
Já deixei Topsy no meio da confusão do Gramophone by Salsa. Catorze minutos de jam.
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