28/07/2006

Passing ships

Naveguei por duas ou três dezenas de blogs sobre jazz nos últimos dois dias. Passei pela Malásia, Índia, Grécia, Irlanda, Canadá, Jamaica, Estados Unidos e mais um monte de países ao alcance da rede. Fiz essa viagem motivado pela nossa estatística de visitantes; apesar do pouco tempo de vida, gente do mundo inteiro já passou por aqui (por isso eu postei uma mensagem de boas-vindas em inglês - agradeço ao nosso Prez, Mr. Reinaldo, pela tradução). Nesse breve percurso, vi e ouvi algumas coisas estranhas e outras interessantes. Um dos blogs se dedica a publicar discos raros (ou algumas faixas) do ramo free jazz, que ficam à disposição para download (baixei Lonely woman, de Ornette Coleman), outro (em algum lugar dos EUA) grava jam sessions de músicos locais e deixa para a rapaziada baixar e ouvir (gostei da idéia, pois permite que comparemos como estão os músicos de boteco pelo mundo a fora). Percebi que a tendência musical majoritária é aquela voltada para as novas nuances do jazz: ouvi muita coisa com aquela indefectível pegada funky. Eu, aqui do nosso cais, da nossa enseada, tenho visto e ouvido muitos barcos passarem. Um deles estava capitaneado pelo pianista Andrew Hill, que segue aquela pegada profunda deixada por Monk e, por que não, Nichols. O silêncio e os acordes forçados na progressão harmônica emolduram melodias que soam, à primeira audição, algo estranho. Mas a impressão é passageira; pelo menos no disco que hoje eu apresento para vocês: Passing ships, gravado em 1969. A embarcação está levando algumas referências do universo jazzístico: Joe Farrell ( sax soprano & tenor, flauta alto, clarinete baixo e English horn); Woody Shaw e Dizzy Reece (trompete); Bob Northern (French horn); Julian Priester (trombone); Howard Johnson (tuba, bass clarinet); Ron Carter (baixo); Lenny White (bateria). Deixarei, como de hábito, uma faixa no Gramophone by Salsa. Eu escolhi Plantation bag: vocês poderão apreciar um solo bacana de Joe Farrel ao tenor.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nada como acordar as 4 da madrugada e ouvir jazzseen...

delicia!

Salsa disse...

Um comentariozinho ia bem...