Tenho um monte de discos de John Lewis. E não me canso de ouvi-los. É impressionante a versatilidade desse pianista: vai do jazz ao erudito sem titubeios, e ainda dá uns pitacos meio free (third stream - juntando uns lances eruditos com o jazz) ao lado de Ornette Coleman, Eric Dolphy, Hall e outros. Diante dessa miríade sonora, fica difícil escolher um disco específico para apresentar aos navegantes. A opção, então, é manter uma certa cronologia (dos meus discos, of course) e, assim sendo, senhoras e senhores, aqui está ele: Grand Encounter (apesar da mocinha da capa deitada no feno, o encontro é referente ao leste e oeste americano... O que a mocinha está fazendo ali? Sei não. Está lançado o concurso: O que a mocinha está fazendo naquele monte de feno? A resposta mais criativa ganhará um cd com diversos discos [em mp3] de John Lewis). Gravado em 1956, esse disco é a sintese da sofitiscação e elegância dos anos cinqüenta. Lewis, com o apoio irrepreensível de Chico Hamilton (d) e Percy Heath (b), conduz e arruma a cama para o descansado sopro de Bill Perkins (aliás, esse disco também pode ser encontrado como sendo do saxofonista) e para o toque sutil de Jim Hall (que também comparece ao encontro). Deixarei o clássico tema Two degrees east, three degrees west no bom, velho e animado Gramophone by Salsa, para fazer o velho Garibaldi chorar de alegria.
9 comentários:
Nada melhor do que o Jazzseen numa madrugada gelada.
Querido Salsa, encomente ao seu "comissário de bordo" para te trazer o CD "Saloua", do trompetista francês Erik Trufffaz, acompanhado por uma banda duca. O francês intercambeia "jungle", "drum'n bass", hip-hop, música eletônica etc com sonoridade uma levemente influeniada pelo Miles Davies, brendir árabe, o escambau. O CD é simplesmente genial. Baisers, Acir
Quero distância da feijoada sonora do tal Erik Trufffaz (são três efes mesmo?). Deve dar dor de barriga em ouvidos sensíveis.
Garbaldi,
Se você continuar assim inóspito, ficará de castigo.
Vou pedir a uma colega (comissária de bordo) pra trazer pra mim.
...e quanto à tal mocinha da capa, é claro que ela está lá ouvindo o som do John Lewis, ora.
Garibaldi, tu precisa mesmo é de um negão, já que de mulher tu já tá pra lá de Marrakech, tocando de "ouvido sensível". Aliás, tu num é aquele que dava uns pitacos lá no blog do Acir?
Odair Jose (abreviatura de Josefina, com certeza), pode ficar com teu negão pra você, afinal você não é capaz de ficar longe dele um só minuto.
P.S. para Salsa: Bem que me disseram que esse blog é muito mal freqüentado por certos tipos que não respeitam a opinião dos outros. Esse Odair Jose deve ser um xiita do pt. Estou fora (do blog e do pt).
Calma, Gari, calma Odair, brigar pra quê? Vamos ouvir o som e pronto.
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