Já que Mr. Lester liberou uma radiola no Brazil Jazzseen, vamos botar os discos pra rodar. Hoje eu destacarei o trabalho do violonista e compositor (e meu xará) Luiz Bonfá. Eis um músico que merece o reconhecimento que tem; principalmente lá fora, porque aqui no velho terreiro o santo não faz milagres. A sua produção é marcada por temas tais como Manhã de carnaval, Gentle rain e Samba de Orfeu que valorizam o repertório de instrumentistas de todo o mundo. Consegui dois discos ali no Loronix (deve ter mais) que valorizam qualquer discoteca. O primeiro carrega um nome pomposo que mais parece uma propaganda pra inglês ver do que uma exigência do nosso sabidamente modesto Bonfá: Brazil's king of the bossa nova and guitar, gravado em 1962; o segundo é o excepcional trabalho Ithamara Koorax sings the Luiz Bonfá songbook. Este último conta com a participação de um monte de músicos de primeira linha: Nelson Angelo (g), Larry Coryell (g), Torquato Mariano (g, k), Eumir Deodato (k), Sadao Watanabe (as), Jamil Joanes (b), Ron Carter (b), Carlos Bala (d), Ivan Conti (d), entre outros. Deixarei uma faixa do primeiro (Samba de duas notas) e do segundo (Samblues for Mr. Coryell) para os navegantes sentirem como Bonfá tende, em suas composições, a não se fixar em uma fórmula. Aprecie sem medo, logo ali no Brazil Jazzseen.
6 comentários:
Tudo bem, Mr. Salsa, muito bom!!!
ps.: mas,e o meu prêmio?
olney@uai.com.br
ô meu véi, eu já mandei um e-mail com a lista de discos disponíveis para você escolher. Não recebeste?
Ih! Não recebi ainda; será que vc poderia mandar de novo??
olney@uai.com.br
Muito obrigado!
ps.: de qualquer forma, confio do seu bom-gosto e, se vc não receber resposta imediata após mandar novo e-mail, pode fazer uma seleção a seu critério (com alguns desses discos que vc apresenta aqui no Jazzseen, ok?)
Mr. Salsa,
Apenas uma rapida msg para agradecer a citacao ao "Ithamara sings the Bonfa Songbook", um dos discos que mais me orgulho de ter feito. Aproveito para frisar que Bonfa tocou em todas as faixas do disco, menos em "Empty Glass" porque achou que o violao nao cairia bem no arranjo sensacional que o Paulo Malaguti fez para aquela musica, com o Sadao Watanabe nos honrando com seu sax-alto. No monento estou em excursao pela Europa (hoje me apresento em Luzern, na Suiça), e foi aqui que um amigo brasileiro me mostrou o blog. Mais uma vez obrigada pelo carinho e parabens a todos pelo blog. Um grande beijo,
Ithamara
E quase exatamente um ano após isso, Miss Koorax apresentava-se em Pindamonhangaba.Edú
Ah, esses "anônimos"...Pois é. Depois de turnês pela Europa e Ásia com meu trio, incluindo concertos nos principais festivais de jazz e com orquestra sinfônica, recebi um convite do SESC para apresentações em Pindamonhangaba, Guaratinguetá (terra natal do São Frei Galvão!) e outras cidades do interior paulista como parte de uma "Mostra de Artes" organizada pelo SESC de Taubaté. Outros artistas de projeção internacional, como o meu amigo Sebastão Tapajós, Eduardo Gudin e Badi Assad também participaram do projeto. Deveria me envergonhar disso? É óbvio que não. Adoro me apresentar em cidades do interior do Brasil. Entre os 95 shows por mim realizados no ano passado, um dos melhores foi em Ipatinga, num festival de jazz maravilhoso, do qual participou inclusive a Madeleine Peyroux. Pouco antes eu havia retornado da turnê européia, que incluiu minha primeira apresentação em Portugal, na noite de encerramento do Funchal Jazz Festival, dividindon a noite com Joe Lovano e outras feras do grupo San Francisco Jazz Collective. Será que Funchal e Ipatinga, ou Tokyo e Guarantinguetá, e Luzern e Pindamonhangaba são incompatíveis? Tenho certeza que não. São complementares, isso sim. Ah, esses "anônimos"...
IK
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