23/10/2006

Ornette Coleman: gênio ou farsante?

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Santo ou demônio? Acredito que nunca houve tanta discussão acerca de um músico de jazz e sua obra quanto a gerada por Ornette Coleman, um saxofonista incapaz de tocar decentemente a escala de dó maior e que, no entanto, causou tanto impacto no jazz quanto o genial Charlie Parker. Confesso que, apesar de minhas pesquisas e estudos, nunca compreendi o projeto musical de Ornette, nem o que ele pretende com a sua teoria dos harmolodics - há estudiosos que afirmam que nem ele mesmo sabe o que isso é. Apesar de detestar 98,3% de sua música, tenho que admitir que Ornette sabia escolher muito bem as capas de alguns de seus discos, como a do famoso lp Free Jazz, que traz uma daquelas estranhas pinturas de Polock. Outra coisa que admiro em Ornette é sua coragem (ou seria apenas cara de pau?) para se apresentar tranquilamente em clubes de jazz de New York, mesmo sob vaias estrondosas do público, da crítica e de grandes músicos, como Miles Davis, Dizzy Gillespie e Charles Mingus. Apesar das severas observações, Mingus reconhece em Ornette a capacidade de "tocar erradamente certo" e ser "organizadamente desorganizado". Vocês todos sabem como Mingus era irônico, não sabem? Pois bem, se você quer saber mais sobre este espantoso músico clique AQUI e leia o interessante artigo escrito por Darius Brubeck. Não que você vá entender Ornette depois disso, mas pelo menos vai ficar sabendo um pouco mais sobre esta figura inclassificável do jazz. Jazz?

3 comentários:

Salsa disse...

O Predador abriu a temporada de caça aos desafetos?

John Lester disse...

Quem sou eu para julgar alguém? Estou apenas lançando idéias para reflexão dos amigos navegantes.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

Isso é briga de cachorro grande...