Há alguns dias (no dia 11, para ser preciso) eu vi uma foto da Anita O'Day e senti uma vontade danada de ouvi-la cantar. Ouvi e partilhei com os amigos viajantes (as faixas ainda estão no meu Gramophone). Lembro-me que eu uivei para a lua quando a ouvi pela primeira vez. As notas/versos/canções saíam de sua boca com tal simplicidade (não confundam: simplicidade significa, no caso, sem o peso da necessidade de parecer que canta: era uma brisa fresca numa tarde vermelha e quente do verão da Califórnia). Anita deve ser descendente das musas olímpicas. Ela era uma daquelas que conseguiam transformar dor em arte; a sua tarefa devia ser metamorfosear o mundo com a voz: com sua voz "sem pecado nem perdão". Difícil resistir ao seu (en)canto. Canta, Anita, só mais uma vez, mais uma vez, mais outra vez, Anita. Todos os dias, Anita O'Day. Tá lá, no Gramophone by Salsa.
3 comentários:
Todos os dias?
Afff...
Qual é Lester, vai insistir dizendo que não gosta?
O charuto&jazz postou algumas coisas interessantes. Vale uma visita.
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