12/12/2006

Soul Jazz Legacy - Larry Goldings

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O camarada tem apenas 38 anos, mas já percorreu uma longa estrada. Influenciado pelo pai advogado, que adorava música clássica, Larry Goldings começou a estudar piano aos sete anos. Aos doze teve seu primeiro contato com um professor amante do jazz, Dave Cozzolongo, que lhe apresentou o trabalho de Bud Powell e Oscar Peterson. Durante a faculdade tocou em bandas e em jam sessions semanais, realizadas em New York. Nessa fase Larry foi influenciado pela música de Wynton Kelly e Bill Evans, além dos grupos de Miles e Coltrane. Teve também excelentes professores, como Ran Blake, Peter Cassino e Keith Jarrett. Depois de formado, estudou ainda com Fred Hersch e Jaki Byard. Numa de suas jam sessions em New York, Larry foi ouvido pelo pianista Sir Roland Hanna que imediatamente o convidou para ir à Europa – Dinamarca – onde Larry travou contato com Hank Jones, Tommy Flanagan e Sarah Vaughan. Também nesse período trabalhou com o vocalista John Hendricks, com quem tocou em Paris. Voltando a New York, Larry forma seus próprios grupos e se apresenta em clubes como o Augie’s e o Village Gate. Um de seus colegas de trabalho, Leo Parker, sugere que Larry passe a tocar órgão, idéia que agradou o saxofonista Maceo Parker e lhe rendeu uma vaga no grupo. Mais adiante Larry forma seu primeiro trio de órgão e grava seu primeiro álbum: Intimacy Of The Blues, de 1991. De lá para cá tem gravado com gente do naipe de Jim Hall, Christopher Hollyday e John Scofield. Seu álbum mais funky é Whatever It Takes, gravado em 1995, e de onde retiramos a faixa Willow Weep For Me – ouça no Gramophone Jazzseen, no topo da página. A versatilidade de Larry pode ser conferida nos álbuns Caminhos Cruzados, de 1994, onde interpreta música brasileira e Awareness, de 1997, onde mostra seu som ao piano e sua competência como compositor. Em resumo: Larry é simplesmente um dos melhores organistas da atualidade. Espero que gostem!

2 comentários:

Anônimo disse...

Toca demais o garoto.

Anônimo disse...

Som clássico, nem parece que é dessas últimas décadas.