Como costuma dizer o BigBoss, John Lester, eu não costumo me arriscar em territórios pouco conhecidos. Para não perder o costume, apresento a faixa Five Spot after dark, interpretada pelo trombonista Curtis Fuller. O tema segue num clima tranqüilo, conduzido pela sonoridade warm produzida por Fuller, que solicita uma rede na varanda e, talvez, um copo de vinho tinto seco (de preferência um do qual não sobressaia excessivamente o tanino - evite, pois, os chilenos de combate). O tema foi retirado do disco Bues-ette - um clássico para o qual você tem que reservar um espaço na sua cedeteca. O time que o acompanha é formado por Benny Golson (ts), Tommy Flanagan (p), Jimmy Garrison (bass) e Al Harewood (d). Enjoy it ali no Gramophone Jazzseen.
Alguns dados biográficos do trombonista (copiados do allmusic):
"Curtis Fuller belongs in the select circle with JJ Johnson, Kay Winding and a few others who make the trombone sound fluid and inviting rather than awkward. His ability to make wide octave leaps and play whiplash phrases in a relaxed, casual manner is a testament to his skill. Fuller's solos and phrases are often ambitious and creative, and he's worked in several fine bands and participated in numerous great sessions. Fuller studied music in high school, then began developing his skills in an army band, where he played with Cannonball Aderley. He worked in Detroit with Kenny Burrel and Yusef Lateef, then moved to New York. Fuller made his recording debut as a leader on Transition in 1955, and recorded in the late '50s for Blue Note, Prestige, United Artists and Savoy. He was a charter member of The Jazztet with Benny Golson and Art Farmer in 1959, then played in Art Blakey's Jazz Messengers from 1961 to 1965".
7 comentários:
Mr. Salsa não joga para perder. Esse é, sem dúvida alguma, um dos melhores álbuns do hard bop. Só tem um defeito: apenas 37 minutos de música. Mas essa é a média dos discos da Savoy na década de 1950.
Fuller era irmão do Miles? Na foto tá idêntico!
Prezado Lester,
Essa é a medida de uma fita de rolo usada para as antigas gravações: em torno de 37'. Eu acho a medida certa - no máximo, chegando aos 40'. Alguns discos contemporâneos, com até 70', tornam-se, ao meu gosto, cansativos.
Concordo. 4 faixas de 10 minutos cada é o ideal. Duas ligeiras, intercaladas com baladas.
Muito legal de ouvir essa faixa com Curtis Fuller e Benny Golson. Nada de especial, mas toda ela muito agradável a ouvidos como os meus, que, depois de 42 anos se empanturrando de QUASE tudo que é jazz, dão preferência a um jazz mais light. Até Al Harewood, que já ouvi descendo o tacape nos pratos e tambores, fica na dele, que é onde eu acho que todo baterista que se cheire devia ficar.
Salvo engano, creio que essa é a sessão que saiu em lp no Brasil com os dois líderes na capa sentados em confortáveis poltronas, indicando o clima do próprio disco. E, também salvo engano, nessa altura Benny Golson já demonstra em seu solo alguns laivos da influência que, como quase todo saxofonista, sofreu de John Coltrane. Qual é a data da sessão, Mr. Romero?
1959
Podem estar certos. Os melhores discos são aqueles que tem seu tempo de duração entre 37 e 40 minutos, especialmente os da gravadora Savoy e Original jazz classics(OJC). Muito bom sr.Salsa, continue nesta linha de apresentação/comentários que por certo voce irá se redimir de alguns pecados cometidos em passado bastante recente e será sempre bem-vindo. Sugestão para voce pesquisar: "The Jazz message of Hank Mobley" disco da Savoy. Se vira!
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