16/03/2007

Minhas tentativas de modernização 1 - Henry Thredgill

Tentei seguir a verve experimentalista de mr. Lester e, confesso, a tentativa fez água, naufragou, não deu certo, enfim. Imbuído na tarefa e munido de ares de descobridor dos sete mares, eu peguei alguns discos de Henry Thredgill (sax, clarineta e flauta) e dediquei meus ouvidos a ouvi-lo. Sofri, senhores navegantes. O som polifônico contemporâneo não é, definitivamente, para meus ouvidos. Dizem os teóricos - aqueles que escrevem compêndios enormes sobre a estética das artes várias - que há uma predominância, em nossos dias, de tentar capturar o caos vigente para que os apreciadores das artes em geral se deparem com o sentimento que normalmente a sociedade tenta ocultar - e tome náusea, angústia e depressão. Thredgill faz um tipo de música que me fez lembrar aquelas performances teatrais que a rapaziada fazia há algumas dezenas de anos atrás nas ruas das cidades para chocar os transeuntes. O mérito panfletário é até louvável, mas, no caso, eu prefiro ler do que ouvir. para mudar um pouco a rotina, não deixarei nada em nenhum gramophone, mas se você, navegante indômito, quiser ouvir é possível encontrar alguns discos no e-mule.
PS - A capa bacana é de um dos discos que eu ouvi e recomendo aos aventureiros de plantão.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem ,mr.Salsa ,que voce não deixou nada deste "músico" na Radiola. Ouvir Henry Thredgill é tortura pura.

Anônimo disse...

Para espíritos aventureiros e pesquisadores, mr. Vinícius. Apenas para eles.

John Lester disse...

Belíssima iniciativa Mr. Salsa. Ouvirei sua recomendação.