Hazel Scott nasceu em Trinidad, em 1920. Aos oito anos já estava estudando piano clássico na Juilliard School. Antes dos vinte anos já tocava em clubes de jazz e em programas de rádio. Além de excelente pianista, Hazel também tinha boa voz. Seu estilo poderia ser associado ao bop, mas com um pouco daquele glacê característico de um Errol Garner e Cia. Alguns críticos costumam associá-la a third stream pelo simples fato de que Hazel adorava improvisar sobre temas populares da música clássica, como as rapsódias de Liszt ou os prelúdios de Chopin. Claro que isso não tem nada a ver com a third stream verdadeira, mas reflete simplesmente uma prática muito antiga no jazz, herdada dos tempos do ragtime. Na verdade, Hazel era uma mulher do palco, que adorava tocar ao vivo, coisa que fez até sua morte, em 1981. Quem teve o privilégio de ouvi-la ao vivo costuma dizer que seus álbuns não fazem justiça à sua qualidade técnica e ao seu swing quando em ação. Isso reflete bem aquela coisa de que o jazz se faz ao vivo. Para os amigos argonautas, deixo AQUI a faixa A Foggy Day, retirada do álbum Relaxed Piano Moods, gravado em 1955 para a Debut, com Charles Mingus (b) e Max Roach (d). Note que tem de tudo nesse rocambole preparado por Hazel: swing, improviso, referências aos clássicos e um pouco daquele glacê. Bom apetite e não esqueça a senha de acesso ao arquivo de áudio: jazzseen!
4 comentários:
Ainda bem que existem blogs como o jazzseen!
vou procurar Hazel e ouvir sua obra.
fuser
Fuser, você conseguiu ouvir a faixa que o Lester deixou?
Excelente o som da moça.
Postar um comentário