16/05/2007

A força de Griffin

Um dia desses, revirando a minha parca cedeteca, deparei-me com um disco que há muito tempo eu não ouvia: Introducing Johnny Griffin. Trata-se de uma gravação de 1956 - a primeira desse grande representante dos tenoristas do jazz como band leader, que se fez aompanhar por Wynton Kelly (p), Curly Russell (b) e Max Roach (d). O camarada iniciou seu percurso com um trabalho que pode constar como um dos bons momentos do jazz. O seu sopro guarda aquela nota agressiva que encontramos em alguns saxofonistas do período, como o bom e velho Dexter Gordon e o não menos Sonny Rollins. A estirpe sonora de Griffin está vinculada, pois, à destreza e à força, fato que você constatará na faixa que deixo para vossa apreciação.

PS - A sacanagem fica por conta de o meu disco ter desaparecido. Assim que eu encontrá-lo, deixarei uma faixa.

Como de hábito, deixarei a pequena biografia de Griffin, tal como encontrada no Allmusic:


Once accurately billed as "the world's fastest saxophonist," Johnny Griffin (an influence tone-wise on Rahsaan Roland Kirk) has been one of the top bop-oriented tenors since the mid-'50s. He gained early experience playing with the bands of Lionel Hampton (1945-47) and Joe Morris (1947-50), and also jammed regularly with Thelonious Monk and Bud Powell. After serving in the Army (1951-1953), Griffin spent a few years in Chicago (recording his first full album for Argo) and then moved to New York in 1956. He held his own against fellow tenors John Coltrane and Hank Mobley on a classic Blue Note album, was with Art Blakey's Jazz Messengers in 1957, and proved to be perfect with the Thelonious Monk quartet in 1958, where he really ripped through the complex chord changes with ease. During 1960-1962, Griffin co-led a "tough tenor" group with Eddie "Lockjaw" Davis. He emigrated to Europe in 1963, and became a fixture on the Paris jazz scene both as a bandleader and a major soloist with the Kenny Clarke - Francy Boland big band. In 1973, Johnny Griffin moved to the Netherlands, but has remained a constant world traveler, visiting the U.S. often and recording for many labels including Blue Note, Riverside, Atlantic, SteepleChase, Black Lion, Antilles, Verve, and some European companies.

3 comentários:

Anônimo disse...

Essi eu queria ouvir.

Anônimo disse...

Disco 5 estrelas este primeiro do Johnny Griffin. Com uma sonoridade forte, empregnada de lirismo nas baladas, eficiente e com muita técnica nos andamentos mais rápidos. E, uma surpresa: o baterista Max Roach, apesar de alguns momentos abusar um pouco dos "pratos", está bastante comedido (alô Reinaldo!).
Quando você achar o disco mr. Salsa, se puder deixe rolar a faixa "These foolish things". Uma beleza!

Salsa disse...

Tá falado, João. Mas eu acho que perdi mesmo: já revirei a casa e nada.