05/07/2007

Charlie Haden e Hank Jones - Aleluia, irmãos!

O meu atual grupo de jazz conta com três representantes da ala protestante do cristianismo. Antes que perguntem, vou logo respondendo: Não, eles não são fundamentalistas a la taliban. Toco nesse assunto apenas para frisar a grande quantidade de músicos vitorianos que se formaram (ou que tomaram gosto pela música) nas escolas das igrejas. Rafa, Vítor e Dênis estão aí para mostrar isso. O jazz, sabemos todos, conta com diversos temas construídos basicamente na perspectiva gospel (vide Horace Silver e Billie Holiday, por exemplo), que impõe aquele peculiar balanço que, aos poucos, toma conta de todo o público. Ao fim, contagiado, só falta dizer amém! Eu insisti diversas vezes para que tocássemos alguns temas na linha spiritual (em up tempo) e quando a coisa rolou, confesso que foi justamente isso que aconteceu. Agora, nesse exato momento em que escrevo, alma em pandarecos, ouço Charlie Haden e Hank Jones no reverente disco Steal away, no qual interpretam vários hinos e spirituals. Para os pecadores de plantão, deixarei Wade in the water e Sometimes I feel like a motherless child (basta clicar sobre os nomes que vocês poderão voar e as portas dos céus se abrirão).

5 comentários:

Anônimo disse...

Deus me livre! Oremos irmãos!

Anônimo disse...

Perdoai, Senhor, esse ímpio chamado João Luiz, que está aí no barzinho, tomando aquela cerveja geladiiiiiinha. Ele não tem a mínima idéia do que está falando.
Eu achei as faixas muito bonitas (aliás, eu só consegui ouvir a primeira depois de alterar o endereço - o http:// está escrito duas vezes). As interpretações poderiam, sim, ser menos melancólicas e incorporar aquele clima de possessão que a gente vê nos filmes americanos.

John Lester disse...

Até Mingus bebeu muito do gospel em seus tempos de infância, lá em Watts, um imundo subúrbio de Los Angeles. Deu no que deu, Deus meu.

Anônimo disse...

Sr. "the preacher", sou atleta de Cristo e não bebo, muito menos frequento barzinhos, e continuo afirmando: oremos irmãos, ajoelhados em caroços de milho, para pagarmos todos os pecados, depois de ouvirmos essa chatice.

Salsa disse...

Prezado Pastor,
Já resolvi o problema do link. Quanto ao João, melhor ele do que o Predador, que, aliás, só não arriscou a dar um pitaco porque ele pode ser dissolvido pela radiação gospel dos temas.