10/07/2007

Na base do tapa

Essa é para quem acha que o jazz acabou com Miles Davis, John Coltrane ou Charles Mingus. Brian Bromberg é o tipo de músico que me agrada por vários motivos. E dois deles são bastantes simples: em primeiro lugar ele sabe tocar seu instrumento (coisa pouco relevante depois de Ornette Coleman, o ornitorrinco do jazz); em segundo, Brian não utiliza toda sua técnica para experimentações absurdamente acadêmicas - do tipo que distancia o público leigo e aproxima os puristas excitados. O jovem contrabaixista, com seus 47 anos, produz um jazz moderno com delicioso sabor, vivo, temperado à base de muitos tapas nas cordas (dizem que ele teria aproveitado a técnica de Stanley Jordan para guitarra), além de swing, bop, blues e um bom humor sutilmente inteligente. Para os amigos navegantes, fica a faixa Dear John, retirada do excelente álbum It's About Time: The Acoustic Project. Com ele, só gente de primeira. Destaque para o pavilhão de Freddie Hubbard (sim, o velhinho ainda está jogando o primeiro tempo) e o tenor de Ernie Watts. Imperdível!

14 comentários:

Anônimo disse...

Dear John, Lester e outros, como é bom começar uma terça com o eterno som do jazz. O Bromberg é bom mesmo, hein ? Veleu. (tem mais Coltrane?)

Salsa disse...

Ontem, lá na Curva, tive que suportar um papo tipo "o que o povo entende" de um cara querendo justificar que só se tocasse smooth jazz ou (pior) música de elevador(um ouvinte - suposto apreciador de jazz - queria que assim fosse) para atrair o público. Acrescentou que, hoje em dia, é esse som que é produzido e não existe mais quem leve em consideração a tradição. Esse tipo de papo é que mata o jazz de vez. Ele se esqueceu que o povo vai à Curva há sete anos para ouvir unica e exclusivamente jazz (se alguém toca outra coisa, azar dele). Ele precisava ouvir Bromberg para engolir de vez seus argumentos pífios. Valeu, Lester, nosso caçador de pérolas.

Anônimo disse...

sinistro demais!

valeu!!!

Guzz disse...

os albuns Wood e Wood II são verdadeiras obras-prima do Bromberg, em ambos é usado somente o contrabaixo acústico, que aliás o dele é do sec.18 - que sonoridade !

ele abusa dos temas em contrabaixo solo

Anônimo disse...

Bromberg é o mais versátil baixista da atualidade. Sua sonoridade é inconfundível. Merecidamente deve estar bem de vida. Grava sem parar, passando pela "lolita" Reneé Olstead até Michael Bublé. Bromberg tem também produzido vários álbuns de cantoras novas, como a sul-africana Orna. O último CD de Bromberg, "Downright, Upright", traz uma nova abordagem "funk", com alguns temas do Hancock. A diferença é que ataca apenas de baixo acústico, com aquele som gordo que só ele tira.

Anônimo disse...

Primeiro uma observação: o jazz não acabou com Miles Davis. Miles
Davis é que acabou com o Jazz.
Segundo uma constatação: o jazz ainda existe e o exemplo disso é este disco do Bromberg. Basta saber selecioná-lo, separando o joio do trigo, pois , hoje em dia muita porcaria (música e músicos) é rotulada de "jazz".

Anônimo disse...

fala sério predador !
que mania de falar mal do Miles ... Miles foi um dos que mais inovaram na música no século XX, foi um músico que arregimentou e fez escola para milhares de outros

vou chamar a "Sigourney Weaver" para exterminá-lo !!

Anônimo disse...

O Predador matou o Alien (que já andou comendo a Sig) numa cena dantesca de ciumes. Sig deve estar furiosa e vai pegar o Predador morro a baixo. Aguardemos.

Anônimo disse...

Quem comeu quem ??!!!

Heide Wittgensz disse...

Seit Jahren treffen sich die ambitionierten semi-professionellen Musiker einmal wöchentlich in einem Keller zum Jazzen. Ein guter Jazz Groove braucht Zeit zum Reifen, und so sind die Musiker auch keine Greenhorns mehr.
Sie nennen sich Jazz Twisters, auf Deutsch: Jazz-Verdreher. Und dieser Name ist auch Programm: Standards von Herbie Hancock, Cannonball Adderley oder Horace Silver etwa gehören genau so zu ihrem Programm wie neuere Songs von befreundeten Musikern wie Tuey Connell und Eigenkompositionen. Arrangements entstehen aus der Mischung der jeweils vorhandenen instrumentalen Zutaten.
Für Rhythmik und Groove sorgen die Gründungsmitglieder Sabine Schürmann an den Drums und Norbert Walde am Bass. Hinzu kommen Uta Bräuning (Alt- und Tenorsaxo, Querflöte, Piano und Gesang), Thomas Blömeke (Gitarre), Andreas Fromm (Tenor Saxo), Ludger Schméink (Piano und Posaune), sowie Lars Wesener (Gesang und Trompete) und Angelika Werner (Gesang), Ralf Termaat (Posaune) und Hans Pfeiffer (Trompete).

Anônimo disse...

(???) Brian Bromberg... Nunca ouvi falar. Meu negócio aqui é ler as dicas dos que sabem. E, como o blog é democrático, dar meus pitacos, guardando as devidas proporções de conhecimento amador da matéria. Morando nessa filosofia colei o nome “Brian Bromberg” e o levei pra passear lá no soulseek. Até aqui foram disponibilizados, e estão baixando, 2 álbuns. Um com um certo Akira Jimbo e outro onde se lê o santo nome: "Jaco". Este último conheço bem. Inclusive vi ao vivo no Maracanãzinho nos 70's do século passado. Se não me engano numa tentativa de "Monterrey Festival" tupiniquinho. Mas posso me enganar quanto ao título do evento. Lembro-me que o Gentle Giant, em estatura física, Hermeto (e quem conhece o símbolo do GG, a banda pro-grock, já associou semelhança). Por lá tbm esteve e deu show de intemperança, abandonando o palco depois de chamar a atenção de um psoal que falava demais e atrapalhava sua performance. Mas, por 3 interrompidas, o seu Pascoal avisou que se a falação continuasse, iria abandonar! Não atendido, cumpriu com o prometido. E eu que estava lá nas arquibancadas, se mal ouvia o próprio músico, que dirá o conversê da platéia, pensei: “bem que me avisaram que esse albino era doidão...” Mas, enfim, não foi por isso (essa historinha pra pestana de boi) que venho por meio desse. Aqui me apresento como, prog-roqueiro de formação – nota-se pelo já citado GG -, mas tbm, apaixonado pelo jazz de muitos matizes, desde os 9, quando surrupiei emprestado um cassete do Tijuana Brass, de papai. Venho tbm pra me dizer um freqüentador passando do estágio bissexto pro mais assíduo. E, mais ainda, pra deixar um presentinho pros nem tanto puristas (os puristas podem passar pq não vão gostar de perder tempo com “bobagens”): http://br.youtube.com/watch?v=okWg_6mhxWY Desta dica não digo nada. A surpresa é parceira do possível encantamento. Só, em auxílio dos de pouca intimidade com o Youtube, avisar que o videozinho tem 7 minutos. Dependendo da conexão, demora a carregar. Então o certo é clicar no pause assim q aparecer a telinha em fade, e esperar o vídeo carregar preenchendo de vermelho a regüinha ao lado do play/pause. Enquanto esperam podem trabalhar no computador a vontade ou tomar um café pq a operação, como disse, dependendo da conexão, não demora muito a se completar. Gostaria, enquanto visita que ainda me considero, que os que viram (o dono da casa inclusive), apreciando ou não, deixassem suas impressões. Só pra sentir como será a reação. Não é pedir tanto, é?
Posso fazer um ps.? (...) Quem cala consente. A primeira faixa do BB álbum "Jaco" é puro fusion-funk de 1ª! Obrigado Lester, por mais esta dica preciosa.
Abraços!

Anônimo disse...

jaco é um disco-homenagem ao bom e velho Pastorius. Fusão bem feita que você apreciará, com certeza.

Anônimo disse...

Obrigado pela dica Sérgio.

JL.

Anônimo disse...

Estupendo músico, extremamente respeitado no meio musical americano em qualquer estilo e super requistado pra gravações.Os albuns "Woods" são excelentes mas distantes de obras-primas.Isso e pra panteão de Kind of Blue, Love Supreme...Edú