Depois do rabino Henry Sobel, Mr. Salsa é a personalidade que mais me dá trabalho e inspiração! Seja mediante ações trabalhistas contra o Jazzseen, seja através de sua atitude distraída, própria dos artistas. E sempre criando uma polêmica gigantesca acerca de temas tão simples. Ora, ocupado agora com sua tese de doutorado e promovendo jams sessions pelas madrugadas, Mr. Salsa não poderia mesmo se lembrar de minha resenha de 08/06/07 sobre Sam Noto, que trata exatamente do álbum Entrance! Ok, não lembrar das resenhas do ex-redator sênior John Lester é perdoável, principalmente quando sabemos que a vida de músico exige que nos acerquemos de outras fontes de renda. Eu mesmo, não sendo capaz de viver apenas com os recursos provenientes de minha banda de congo, já me socorri fazendo publicidade aqui mesmo, no Jazzseen. Recentemente, confesso, amealhei considerável fortuna com a campanha que promovi para o blog do Grijó, o inefável Ipsis Litteris. Claro que somente mediante paga ou favores eu me atreveria a promover um blog tão bem escrito, sempre repleto de originalidade, sensibilidade e informação útil.
Afinal, por definição e até onde sei, um blog deve se limitar a ser aquela coisa chata, onde pessoas chatas colam fotos chatas acompanhadas de pequenos textos chatos escritos quase sempre por terceiros. Esse Mr. Grijó adora ser diferente! Ele acredita realmente que os blogs, essas criaturas virtuais tradicionalmente chatas, possam servir de instrumentos culturalmente válidos, atrativos e com conteúdo autêntico. Mas voltemos às gravatas do rabino. O que não é perdoável, e nossa posição no Jazzseen é muito clara a esse respeito, é ofertar álbuns gratuitamente para download enquanto não houver uma posição pacífica sobre o tema na legislação e na jurisprudência brasileira. Além de incorrermos em possível desrespeito à lei, poderíamos induzir o amigo visitante a erro. Não se trata aqui de defender os interesses de gravadoras ou de tomar posição pessoal a favor ou contra isso ou aquilo. Trata-se apenas de alertar o visitante quanto à existência de uma dúvida real do mundo virtual, dúvida essa que já tem produzido vítimas concretas, como nos informa Mr. Salsa na resenha abaixo. Não é necessário polemizar, levantar bandeiras ou erguer barricadas: basta estar atento e bem informado. A discussão nos tribunais alienígenas tem sido complexa e indefinida: França e Espanha já se posicionaram a favor dos downloads sem finalidade de lucro. Na Alemanha, alguns provedores têm sido retirados do ar por disponibilizarem álbuns para download. Os EUA são absolutamente contra todo e qualquer tipo de download. O Brasil ainda está em cima do muro. Nesse sentido é que meu exemplar do álbum Entrance! de Sam Noto foi comprado on-line no E-music - site que recomendo por funcionar adequadamente, embora não forneça as capas nem os encartes dos álbuns que disponibiliza legalmente para download. Mas, ao menos, o amigo tem o extrato do cartão de crédito para comprovar a aquisição legal da obra. Todavia, o álbum Entrance! é oferecido gratuitamente em vários sites da net. Basta jogar no Google o título do álbum seguido de 'rapidshare' ou 'megaupload' ou qualquer outro nome de algum site que hospede arquivos. Depois, é só baixar gratuitamente tantos álbuns quanto se queira, mesmo que nunca se tenha tempo suficiente para ouvi-los todos em vida. Eu só não gostaria é de estar na pele do artista idiota ou do empresário otário que gastam seu tempo, talento e esforço produzindo álbuns que não lhes trarão retorno algum. Pimenta é refresco, não é?
Observação: Na época em que escrevi a resenha sobre Noto, nosso amigo João Luiz, sócio fundador do Clube das Terças, ouviu comigo o álbum Entrance! e, após acirradas discussões e severas críticas, aprovou quase sem restrições o trabalho do trompetista. Talvez daí a gentil recomendação do álbum a Mr. Salsa, esse nosso saudoso ex-redator júnior. Mas é isso. Agora preciso ir para meu outro blog, onde escrevo sobre mpb & culinária!
Afinal, por definição e até onde sei, um blog deve se limitar a ser aquela coisa chata, onde pessoas chatas colam fotos chatas acompanhadas de pequenos textos chatos escritos quase sempre por terceiros. Esse Mr. Grijó adora ser diferente! Ele acredita realmente que os blogs, essas criaturas virtuais tradicionalmente chatas, possam servir de instrumentos culturalmente válidos, atrativos e com conteúdo autêntico. Mas voltemos às gravatas do rabino. O que não é perdoável, e nossa posição no Jazzseen é muito clara a esse respeito, é ofertar álbuns gratuitamente para download enquanto não houver uma posição pacífica sobre o tema na legislação e na jurisprudência brasileira. Além de incorrermos em possível desrespeito à lei, poderíamos induzir o amigo visitante a erro. Não se trata aqui de defender os interesses de gravadoras ou de tomar posição pessoal a favor ou contra isso ou aquilo. Trata-se apenas de alertar o visitante quanto à existência de uma dúvida real do mundo virtual, dúvida essa que já tem produzido vítimas concretas, como nos informa Mr. Salsa na resenha abaixo. Não é necessário polemizar, levantar bandeiras ou erguer barricadas: basta estar atento e bem informado. A discussão nos tribunais alienígenas tem sido complexa e indefinida: França e Espanha já se posicionaram a favor dos downloads sem finalidade de lucro. Na Alemanha, alguns provedores têm sido retirados do ar por disponibilizarem álbuns para download. Os EUA são absolutamente contra todo e qualquer tipo de download. O Brasil ainda está em cima do muro. Nesse sentido é que meu exemplar do álbum Entrance! de Sam Noto foi comprado on-line no E-music - site que recomendo por funcionar adequadamente, embora não forneça as capas nem os encartes dos álbuns que disponibiliza legalmente para download. Mas, ao menos, o amigo tem o extrato do cartão de crédito para comprovar a aquisição legal da obra. Todavia, o álbum Entrance! é oferecido gratuitamente em vários sites da net. Basta jogar no Google o título do álbum seguido de 'rapidshare' ou 'megaupload' ou qualquer outro nome de algum site que hospede arquivos. Depois, é só baixar gratuitamente tantos álbuns quanto se queira, mesmo que nunca se tenha tempo suficiente para ouvi-los todos em vida. Eu só não gostaria é de estar na pele do artista idiota ou do empresário otário que gastam seu tempo, talento e esforço produzindo álbuns que não lhes trarão retorno algum. Pimenta é refresco, não é?
Observação: Na época em que escrevi a resenha sobre Noto, nosso amigo João Luiz, sócio fundador do Clube das Terças, ouviu comigo o álbum Entrance! e, após acirradas discussões e severas críticas, aprovou quase sem restrições o trabalho do trompetista. Talvez daí a gentil recomendação do álbum a Mr. Salsa, esse nosso saudoso ex-redator júnior. Mas é isso. Agora preciso ir para meu outro blog, onde escrevo sobre mpb & culinária!
14 comentários:
E tem mais Lester, se a coisa continuar assim as gravadoras vão quebrar e provavelmente ninguém mais produzirá álbuns de jazz, concorda?
Ih, nesse dia eu não visitei o blog. Mas, prezado editor-chefe, o disco é mesmo arretado.
Entao mr. lester esta divulgando suas receitas? hummm...
Como fui citado pelos srs.Salsa e Lester em suas resenhas sobre o disco "Entrance", de Sam Noto, quero esclarecer que o mesmo foi comprado(via e-music) pelo sr. Garibaldi Magalhães, que mo emprestou. Deste modo, e, depois de tanto blá blá blá acerca de downloads faz-se necessário este esclarecimento, para evitar possíveis multas ou quiça prisões, minha e do sr.Garibaldi. Não sei de nada, não vi nada e não tenho nada com isso companheiro!
eu já decidi que não baixo mais musica na internet: sou um dos 5 caras q tem medo ser ser processados por esse motivo na brasil...
além disso já me abituei a viver em privação material para comprar meus cds...
vinicius
faltou um h ai???
vinicius
Quantos álbuns de jazz existem? Se pudéssemos baixá-los todos gratuitamente pela net, teríamos tempo para ouví-los? Até que ponto nosso prazer está no 'ouvir' ou no 'possuir' um álbum?
Net também é filosofia.
Esse negócio de "possuir" só é bom se tiver uns beijinhos.
Cupido
O tema abordado pela Paula Nadler é bastante instigante. Conheço uma meia duzia de "tarados musicais", (eu disse "tarados musicais"), que ficam loucos de prazer em sòmente possuir as gravações, todas baixadas "de gratis" via net. Chegam a ter 8.000 CDs ou até mais, e sabe quando é que eles vão ter tempo de ouví-los?
mó sinistro esse tal de download...
OUVI dizer tb que quem faz muito download fica com a mão amarela e pode até fica louco...
vinicius
krig-ha bandolo!
Tarzã
Prezado Lester, não levarei pro lado pessoal, apesar de minha ascedencia judaíca.(possuo nenhuma simpatia pessoal pelo Sobel, q inclusive celebrou meu Bar Mitzva).Ando sem tempo ,mas pretendo fazer em breve, se possível,um comentário ligeiro a respeito de seu post.Edú
Prezado Edù, não tenho nada contra judeus nem contra o judaismo. Só não tolero download de gravatas cor-de-rosa e pessoas que passam pelo blog e não se lembram.
Grande abraço, JL.
Postar um comentário