27/10/2007

Jazz en Chile - Pinochet no Tim Festival

Já discorremos o suficiente sobre a excelente impressão causada pela cidade de Santiago: limpa, tranqüila, calçadas amplas, prédios históricos bem conservados, ausência de violência, boa comida, excelentes vinhos. Quanto ao jazz, sim, ele existe. E existe em doses bastantes relevantes, conforme teremos oportunidade de comentar em resenha futura. Contudo, como qualquer brasileiro médio, acostumado à multiplicidade de etnias e culturas que convivem e interagem dinamicamente, estranhei a absoluta ausência de negros no Chile. Durante os sete dias em que fiquei em Santiago, não vi um negro sequer. Mesmo quando me dei conta do fenômeno, passando então a observar com mais atenção, não vislumbrei sinais de afro-descendentes em ruas, praças, lojas, ônibus, metrôs, restaurantes, hotéis, shoppings. Nada! Com certeza, pensei, haverá negros nos clubes de jazz. Não senhor, não senhora, eles também não estavam por lá. A viagem prosseguiu em sintonia, muito embora esse fato tenha me incomodado durante toda minha estada. Nas diversas livrarias pelas quais passei – há muitas livrarias em Santiago, a maioria delas de boa qualidade e com excelente atendimento, procurei material relativo ao jazz e, nestes, à composição étnica da população chilena. Com relação especificamente ao jazz, encontrei apenas um livro: Historia del jazz em Chile, de Alvaro Menanteau, mestre em Musicologia pela Universidad de Chile.
Publicado em 2003, trata-se do primeiro, e até onde sei o único, livro sobre a história do jazz no Chile. O livro relata uma única referência à presença de artistas negros em terras chilenas durante o século XIX: os concertos realizados pelo conjunto Ethiopian Minstrels, um em 1859, em Valparaíso e outro em 1860, em Santiago. Segundo as informações de época publicadas no jornal El Mercúrio, o conjunto apresentou spirituals e canções típicas das plantações de algodão do sul dos EUA. A certa altura da notícia, podemos ler: “La compañia de cantores africanos no es para sustener temporadas em sus funciones, pero si podrá presentarse ante um público para distraerle por algunas noches y ser objeto de curiosidad (...) con personajes que tratan de representar las costumbres de uma raza abyecta.” Menanteau comenta o violento qualificativo utilizado pelo jornal, destacando que a discriminação racial acompanharia o jazz durante muitas décadas. E conclui que não há registro de qualquer outra presença da música negra no Chile até as primeiras décadas do século XX, quando os EUA exportam para toda a América Latina uma série de bandas de cakewalk, ragtime, charleston, two step, half and half, foxtrot e, por fim, de jazz. Após cansativas pesquisas, localizei um outro livro interessante, conquanto não versasse especificamente sobre jazz: Historia social de la música popular em Chile: 1890-1950, de González & Rolle, publicado em 2000.
Na página 506 os autores fazem breve referência à influência negra na formação da música popular chilena, e dizem: “Si bien la zona central de Chile constituía la ruta oficial del tráfico de esclavos llegados a Buenos Aires en viaje hacia los puertos del Pacífico, y uma apreciable población de negros, zambos y mulatos estuvo radicada en el país en los siglos XVII y XVIII, la abolición de la esclavitud promulgada poco tiempo después de la independência, produjo la imigración de los esclavos libertos hacia naciones más cálidas del Pacífico Sur. Debido a esto, el público chileno de fines del siglo XIX no tenia un contacto directo ni regular con el mundo negro.” Os autores prosseguem, afirmando que as raras manifestações musicais negras estavam quase sempre associadas ao caráter bufo desse povo, além da capacidade que sua música tinha de fazer os quadris chilenos balançarem. O tipo insipiente de literatura chilena sobre jazz faz recordar os primeiros estudos sobre jazz nos EUA, surgidos nas décadas de 40 e 50, onde o aspecto racial era tabu quase sempre evitado ou varrido para debaixo do tapete. Somente no final da década de 50 Leonard Feather inclui o capítulo Jazz and Race em seu livro The Book of Jazz, relatando e denunciando inúmeras humilhações e dissabores enfrentados pelos artistas negros do jazz. O caminho estava aberto para que outros escritores, como LeRoi Jones (Amiri Baraka) e seu Blues People, enfrentassem a questão de forma aberta e indignada. Em seu excelente The Birth of Bebop, Scott DeVeaux anota a lastimável gafe perpetrada por Itzhak Perelman num sarau promovido por Reagan na Casa Branca, em 4 de dezembro de 1982. Enquanto ofereciam galinha frita e algumas fatias de melão a Dizzy Gillespie, Perelman perguntava a Stan Getz o que era o bebop. Getz, é claro, não sabia o que responder. E Dizzy, mais tarde, comentou para a Village Voice: “Bastaria que Getz apontasse para mim e dissesse “pergunte a ele, um dos inventores desse estilo”. Voltando ao Chile: o que pude levantar nos bares e clubes de jazz é que existe um racismo profundo no Chile, bem mais profundo que o colorido racismo brasileiro. Há denúncias graves e específicas sobre o regime fascista de Pinochet, claramente baseado na superioridade da pele branca. Existem movimentos organizados que noticiam e solicitam apuração de crimes cometidos pelo Exército chileno contra o povo negro, obrigado pela ditadura a abandonar o país com seus costumes e crenças que atrapalham o desenvolvimento e a evolução. As denúncias são muitas e exigem vontade e coragem política para que possam ser devidamente investigadas e avaliadas, produzindo as punições devidas. Do Chile ao Brasil, verifico que no Tim Festival 2007, até onde sei um festival de jazz, não há um artista negro sequer se apresentando – a não ser que consideremos Paulo Moura um músico de jazz. Em Vitória, vou assistir aos shows dos caucasianos Joe Lovano e Eldar Djangirov. Confesso que me sinto envergonhado. E você?
.
Nota: essa resenha é dedicada aos meus amigos Colibri, Waldir, Paulinho, Daniel, Augusto Carlos e Arcemir.

24 comentários:

Anônimo disse...

De tão comum, a gente nem nota mais essas coisas Lester. Ainda bem que vc existe!

Anônimo disse...

Eu sempre disse e continuo dizendo: o jazz acabou nos anos 60. Após aquela década o que se viu foi uma porcariada danada, feita especialmente por "branquelos". Existem claro raríssimas exceções. Quanto a inexistência de negros no Chile, meu caro Lester, deve-se especialmente ao sr.Pinochet
que à época de seu governo "democrático", comandava: a los negros el PAREDÓN.

Anônimo disse...

Caro Lester

Na verdade, toda a América do Sul é subdesenvolvida e o Chile, que faz parte dela, não é exceção. O Brasil, por incrível que pareça e sem ufanismo, é o país menos subdesenvolvido destas bandas.
Acontece que nós, por sermos ao mesmo tempo atores e espectadores, não conseguimos enxergar a situação como ela realmente é. Nossa visão sempre é distorcida e a tendência é achar que os países vizinhos são melhores que o nosso.
Contrastes sociais e racismo existem em todo o mundo. Aqui, o racismo é aparentemente suave porque nosso população é constituída de uma grande mistura de raças. Mas a coisa não é bem assim e cito como exemplo o Rio Grande do Sul, onde há um bom número de descendentes germânicos, eslavos, italianos e outros, todos brancos, e há racismo velado entre eles. Imagina contra os negros!
Lamentavelmente, a arte musical, como de resto toda a sociedade, só sai perdendo com isso.
A propósito, em Porto Alegre, como em Vitória, há também bons músicos negros.

Olmiro Müller

Anônimo disse...

Concordo com Lester, é uma vergonha um festival de jazz sem nenhum músico negro como atração principal.

Anônimo disse...

Bem, eu vou ouvir o pessoal. depois eu digo se gostei ou não. os discos de Lovano não me convencem plenamente, mas ao vivo é diferente. O show do negro Wallace Roney, em Ouro Preto, foi uma titica - a cor da sua pele não salvou a performance.

Anônimo disse...

Bem, temos duas formas de interpretar a coisa: insinuar que a cor da pele determina a capacidade de fazer jazz - interpretação digna de mentes pequenas e míopes ou, num contexto mais amplo, reconhecer que o jazz é uma invenção do povo negro, uma obra de arte criada pelos norte-americanos afrodescendentes e amplamente usurpada comercialmente pelos brancos. Creio que Mr. Lester se refere à segunda leitura. E concordo com ele: é imperdoável um festival de jazz sem um representante da raça negra. Mr. Salsa, como sempre, parece interditado por um profundo rancor que o desabilita a comprender as coisas mais simples e as mensagens mais claras.

Anônimo disse...

Obrigado André. Quando vier ao Rio, já sabe.

Anônimo disse...

Na primeira vez q deixou sua recém adquirida vila em St.Paul de Vence, freqüentada por Miles Davis, numa aproximação ao assunto Jazz,na Riviera Francesa, o escritor nova-iorquino negro James Baldwin foi cercado por dúzias de crianças q brincavam na praça do vilarejo local. Iria, Baldwin, iniciar uma pequena jornada a pé na compra de seus mantimentos . Era o final dos anos 50. Para o autor de “Giovanni”, o pretexto da mudança para a Europa era óbvia:sair do ambiente racista da América conservadora dos anos 40/50 , antes do período de integração racial compulsória, gestão Kennedy/Jonhnson, e escapar do patrulhamento moralista e social por ser ativista político e tb homossexual.As crianças , “em ciranda”, olhavam estupefatas o escritor, cercando-o e aproximando suas mãos a sua pele e ,nervosamente, emitiam sorrisos incrédulos.Era a primeira figura negra q contemplavam em suas vidas.Séria essa curiosidade étnica a justificativa pra uma manifestação racista , jamais compreendi como tal.Apenas o ajustamento a uma evolução social q se mantinha distante de forma geográfica e cultural.Estive em Johanesburgo,África do Sul, em janeiro de 2005 para um período de 8 dias de férias.A exuberância do local e a qualidade dos programas agendados pelo serviço governamental de turismo é espetacular.Numa associação entre exibições e representações de manifestações culturais locais e passeios pelos parques nacionais ambientais,com o conforto de uma base estrutural turística, dotada de livres acessos a deficientes físicos e constante segurança ao visitante externo.A propósito, a África do Sul recebe mais turistas e divisas com as receitas desse tipo de negócio q o Brasil.Poderia justificar-se dizendo da opressão por décadas do período “apartheid”,no entanto, a história registra e, não absolve os excessos, a transição madura a maioria racial de forma constitucional e a manutenção dos principais ministros e chefias , de regimes anteriores, no governo de Mandela e seu sucessor.Retornando ao assunto inicial , a boa receita de se fazer um festival bem sucedido de jazz, não é exigir a origem da coloração étnica dos músicos e sim equilibrar novos talentos(Ben Allison, por exemplo), nomes consagrados(Dave Brubeck) e pessoas de carreira extensa q jamais tiveram o talento reconhecido de forma adequada(David Hazeltine ).Propositalmente recolhi três pessoas brancas, principalmente abençoados artistas, q a sua menção justificam estritamente seu mérito pessoal , jamais sua origem.Por mais q o nosso apreciado editor-chefe sinta-se “melindrado” em assistir ao TIM Festival, estabelecer cotas raciais a um evento privado de natureza cultural sugere uma atitude discriminatória.Assim como o são as cotas raciais universitárias. Rogo q um solo bem desenvolvido por Stefano Di Batista(não sei se ele toca em Vitória?) aplaque essa angústia.Edú

John Lester disse...

Prezado Edú, como vai?

Eu também sou contra cotas para negros em universidades. Creio que o papel da universidade não é realizar justiça social ou promover um acerto de contas com as atrocidades promovidas pela escravidão. Entendo que cotas para universidade, caso hajam, deveriam ter como fundamento a capacidade intelectual associada à condição sócio-econômica do aspirante à vaga - considerando que o papel da universidade é gerar ciência e tecnologia para o bem-estar de toda a sociedade, não há como festejar o ingresso de um negro pelo simples fato de ser negro. Há que haver capacidade intelectual, seja ele negro, branco ou amarelo.

Caso contrário, deveríamos criar cotas para anões em equipas de basquete.

Ocorre, nobre amigo, que seria no mínimo inusitado se você, ou eu, chegássemos num festival de samba e chorinho no Morro da Mangueira e eoncontrássemos APENAS dinamarqueses se apresentando. Ok, eles até podiam tocar mais e melhor que Pixinguinha ou Donga. A questão não é essa. A questão é afirmar e gravar na memória quem foi Donga, quem foi Pixinguinha.

Enfim, como diria Armstrong: se você precisa que eu explique minha resenha, jamais vai compreendê-la.

JL.

Anônimo disse...

"Mr. Salsa, como sempre, parece interditado por um profundo rancor que o desabilita a comprender as coisas mais simples e as mensagens mais claras."
Quem é Belizário? Nunca vi, nem ouvi. Provavelmente não existe. Se existe, não me conhece, nem o conheço. No entanto, a intimidade que o sr. Belizário usa para se referir à minha pessoa supõe alguma convivência. Não me recordo de nenhum belizário. Nunca te emprestei meu dinheiro, nem, com certeza, me emprestaste o teu. Que mal que eu te fiz? Essa reação, sim, me parece rancorosa, maldosa e, efetivamente, me deixa triste. Essa não deu pra "comprender". Um temor me aflige: se essa pessoa convive comigo e usa codenome para dizer o que pensa, devo me cuidar. Não, eu não creio, recuso-me a crer que entre meus poucos amigos exista alguém capaz de tamanha covardia.
Um fato: já estou muito rodado para me sujeitar a esse tipo despautério. Por isso, em nome da manutenção do bom clima do blog, já que, pelo que parece, eu é que sou o fascista tacanho de plantão, evitarei visitas e quaisquer comentários sobre as idéias arroladas nesse sítio.
Fique à vontade, Sr. Belizário, a casa é sua.

Anônimo disse...

Fica óbvio, que na hora de fechar as atrações do Tim (Oi, Vivo, Claro!), Festival, nenhum dos responsáveis retrucou: "Péraí, não tá faltando negro nessa bagaça?". E muito perspicaz o comentário primeiro de Dani: "De tão comum, a gente nem nota mais essas coisas"... Pois não é o que é? Se organizadores da atração de gênero legitimamente negro, e, o que é pior, a grande imprensa, não se ateve a detalhe tão crucial, tá faltando inteligência a zelar pela cultura nacional. Como diria Aldir, o Blanc, “Varejeira come lixo como creme chantili, qual mistério tem aí?”

Anônimo disse...

Voces ficam discutindo a participação de negros e brancos no "festival de jazz em vitória" bestamente. Aonde e quando vai acontecer este festival? Se for este da TIM que estará rolando neste fim de semana, podem tirar o "cavalo da chuva" que isso não é festival de jazz nem aqui nem na China. Com esse pessoal que se apresentará por aqui, voces vão ouvir forró, rock, funk, fusion, música experimental, menos jazz. Abram o olho minha gente!
Quanto a questão racial sabemos ser um assunto milindroso e de grande importancia, mas deve ser discutido e debatido em outro forum.

vinicius_mq disse...

todo mundo sabe que belizario é o pai do antenor cavalcante!

(aconteceu alguma coisa no meu micro e não preciso mais ser anonimo, vinicius)

vinicius_mq disse...

sou favorável as cotas(sou branco se isso interessar a alguém) - acho q apesar dos pesares(não é um sistema perfeito nem chega perto disso) - é uma forma de inclusão social e de correção de diferenças injustificáveis da nossa sociedade - sou um cara privilegiado, e cursei escolas particulares, depois fiz faculdade pública, em todas as minhas salas, só tinha um negro ou nenhum, em geral um - e este vivia em relativo isolamento do resto... é muito fácil fechar os olhos a isso

vinicius_mq disse...

ou fingir que isso não está acontecendo, etc. tudo continuya sempre como está e pronto: claro que seria uma solução muito melhor dar uma escola básica e um colegial descente a todos e deixar que o vestibular fizesse "justiça" - mas isso não vai acontecer nunquinha...

Oslo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
John Lester disse...

Ok Vinicius, respeito a sua opinião. E note que a elite do poder norte-americano também a respeita: eles adoram 'cotas' pois sabem que disso não resultará qualquer alteração significativa na condição social dos negros e latinos que vivem nos EUA. De que adianta você colocar um bisturi na mão de um negro e dizer: pronto, você agora é médico, pode sair cortando quem quiser. Ridículo. É notório o fracasso das cotas raciais nos EUA.

Universidades PÚBLICAS não são instituições onde se possa brincar de fazer justiça em nome da inclusão social. E nem servem para a promoção social de indivíduos considerados isoladamente, isto é, a universidade pública não existe para fornecer canudos a fulano ou a beltrano. Universidades PÚBLICAS devem produzir ciência, cultura e tecnologia para TODA A SOCIEDADE, trazendo, assim, novos medicamentos, novos combustíveis, novos modelos de urbanização, novos espaços de arte, et coetera. A universidade pública é um bem público com objetivo específico, e esse objetivo não é produzir reparações a danos sofridos pelos escravos. A própria Constituição veda qualquer distinção tendo por base a cor da pele. Assim como não se pode estabelecer cota para louros, não se pode estabelecer cotas para negros. Veja que a cota para negros é não apenas uma grande jogada de marketing político como também ilegal.

A saída, a curto prazo, seria criar uma distinção (cota) com base na condição sócio-econômica do candidato, estipulando condições para que o ‘pobre’ com potencial intelectual possa ter acesso às universidades. E perceba que, dada a estrutura de pobreza no Brasil, os negros seriam os mais beneficiados com uma cota para ‘pobres’. Claro que se trata de uma medida de urgência, pois o ideal seria que o Estado investisse maciçamente no ensino público e gratuito em todos os níveis, dotando-os de bons professores, boas bibliotecas e boas salas de aula. Somente assim, a médio e longo prazo, poderíamos atingir uma redistribuição de renda menos cruel e, quiçá, a descentralização dos lucros e a globalização das despesas.

A questão é tão clara, e a solução tão cristalina, que não retornarei ao tema.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

antes tarde do que nunca quero agradecer pelos tópicos sobre stan getz, qeu não comentei pq ando meio ocupado, assim que as forçasd da economia permitirem comprarei todos.

vinicius
(não sei pq voltei ao anonimato)

Anônimo disse...

não acho tão cristalina e na verdade acho bastante turvas as aguas desse debate:

e voltarei ao tema: não acho q se trata de dar um bisturi e dizer opere: trata-se de formar um médico negro, ele trará o mesmo beneficio a sociedade que outro médico quaquer: o diploma o levará a classe média, de onde ele poderá pagar pelo estudo de seus filhos

de forma que nos colegiais particulares do futuro haverá dois ou tres negros e não apenas só aquele q estudou comigo

vinicius

Anônimo disse...

li um estudo sobre a divisão de classes e raças no Brasil: quando o desemprego aumenta, os negros perdem emprego antes e em maior quantidade, quando diminue, os negros obtem emprego depois e em menor quantidade, a renda do branco pobre é bem melhor q a do negro pobre, o nivel educacional do pobre branco é melhor que do pobre negro

então o cota para pobre vaio colocar o pobre branco na faculdade e acentuar a exclusão racial

vinicius

John Lester disse...

Prezado Belizário, seja bem-vindo ao nosso blog. Como novato, talvez não saiba qual o preço básico da liberdade de expressão e da democracia: o respeito.

Mr. Salsa, além de dono do Jazzseen, é uma das figuras mais importantes do jazz em Vitória. Com seu coração desmedido, sua paixão pela boa música e com sua determinação irrevogável, tem gerado, ao longo de mais de 15 anos de atividades, alguns dos espaços mais significativos do jazz em Vitória: ele criou o espaço Jazz na Curva da Jurema, Jazz no Balacobaco e Jazz no Don Oleari. Esteve promovendo o jazz em todos os recantos de Vitória, desde suas sessões no Centro da Praia, até as jams à beira-mar, no Café Touchet.

Após uma década de convivência, posso afirmar: o único rancor que já percebi em Mr. Salsa está no si bemol que certas vezes vaz de seu tenor quando interpreta Round Midnight, de Monk.

Até!

Anônimo disse...

Lester,vc e onisciente,respondendo a sua indagação, estou bem, convalescendo, de um escorregão q resultou apenas em uma fratura dupla de tíbia.Concordo ,de forma geral, com seus argumentos contra essas ações afirmativas.O sistema de uso de cotas já produz um considerável decréscimo de qualificação profissional e acadêmica nos lugares q foi adotado.Salsa, as vezes precisamos mais do q nunca, exercitar nosso “fairplay”.Defensores, presumo, ambos, do livre exercício da manifestação pessoal e de idéias, mesmo quando elas mesmo nos atingem de forma pouco “elogiosa”.Mesmo não o conhecendo pessoalmente, já o coloco no rol de meus amigos, assim como o Lester, pela paixão compartilhada q temos pelo Jazz, cada um com sua afinidade pessoal a cada período ou corrente.E , antes de tudo, por sua condição de educador, q enfrenta dificuldades e distancias, instruindo o conhecimento as nova gerações,único recurso disponível e real q permitirão q elas modifiquem sua realidade social e pessoal. Além disso, um genuíno musico profissional de jazz no país. Responsável em “alojar lenha” pra q essa chama não se apague e perenize. Não quero lamentar em não ter mais oportunidade para apreciar suas palavras e dicas.Edú(bom domingo a todos, prestes a enfrentar a siesta, após o churrasco).

Anônimo disse...

Seu Leonel mais seu Darcy demonstraram caminho prático pro dilema há mais de 20 anos! Tempo histórico risível em relação ao retrocesso militar. Mas os vampiros da política reforçados dos canibais liberais esvaziaram a reação popular, certo? E se quem sai perdendo é sempre o mais fraco, nesse caso, de goleada perdeu a nação. Deu o século 21, e fi-nal-men-te entra em campo o candidato do povo! E o que decide o (golbery ) técnico dele? “Agora é hora da nossa turma dominar as almas intelectualmente frágeis, porque continuam famintas do básico, farinha e feijão!... Estocamos a carniça e assim vamos, na base das migalhas, alimentando a ignorância popular. Pintamos a classe média que está sempre insatisfeita como a elite inimiga, eu me elejo no 3º mandato substituindo Inácio e tudo fica bem até século que vem!” Dançou Dirceu e vocês (ou é melhor apelar pra Deus?) me ajudem a deduzir o que vem por aí.

O também conhecido por SERGIO SÔNICO é o editor do compacto dos melhores momentos de nossa história mais recente.

Anônimo disse...

Lester. Concuerdo con muchas de las apreciaciones vertidas en tu excelente blog,pero discrepo con el concepto de que el pueblo chileno es racista.Creo que hay una equivocacion al respecto.Y las barbaridades que cometio el dictador Pinochet,las hizo con todo el pueblo sin distincion de negros y blancos.Todos sufrimos la pertsecuciòn,la tortura y el exilio.
Te felicito por tu blog y mi mail es
d_mente_s@hotmail.com

Saludos desde el frio sur de Chile.
Montañes