31/10/2007


  • Nem gênios salvam Tim 2007

  • 8 comentários:

    Anônimo disse...

    Um dos programas de maior audiência no Discovery , canal 52 da Sky,senão a maior , e o programa “ A Prova de Tudo”.Sua base é do q necessita um individuo,vitima de uma catástrofe de grandes proporções, como,por exemplo:ficar naufrago, perdido num escaldante deserto ou desorientado numa geleira polar pra sobreviver até achar auxilio humano.Um sujeito,Bear Grylls presta esse papel,misto de instrutor de sobrevivência e “cobaia humana”.Orientando ,na experiência real, como safar nos dessas “roubadas”.Como se não fosse suficiente estarmos sujeitos , em nossa intranqüila realidade, de uma maneira mais verídica,a problemas cardíacos ou acidentes de transito .Promovendo uma constante exigência de sua saúde pessoal , Bear submete-se, quem já viu o programa sabe ,as mais inóspitas e degradantes situações q poderíamos imaginar.Analisando e acompanhando a leitura de blogs ,noticias e comentários do recém terminado TIM Festival raciocinei q , guardadas as devidas comparações e proporções ,um legitimo amante de jazz sofre “ a prova de tudo”, pra perseguir essa paixão.Foram,com essa ultima encerrada , 22 edições.Inicialmente patrocinado por uma empresa de tabaco e assumida,após as restrições quanto a publicidade desse produto,por outra de telefonia móvel.Em consulta a meus alfarrábios estive presente,em anos alternados, 16 edições.Nesse período fui submetido ,nas promovidas em São Paulo,a cinco endereços diferentes:Anhembi, (centro de convenções de mais de 3000 lugares),a casa de espetáculos Palace, uma tenda de lona em forma de circo, no bairro da Barra Funda,salão de festas do Jockey Club e afinal,o melhor lugar, auditório construído pela Tim no pq.Ibirapuera.Nesses dezesseis anos sofri eventualmente o “achaque” dos flanelinhas quando ia com meu próprio veiculo, a conta arredondada acima dos táxis no retorno da madrugada, e,as vezes,o preço absurdo do estacionamento da vizinhança.Fiquei horas na fila de pé sob a ação climática do dia, a espera da abertura dos guichês para compra dos ingressos.Dentro do ambiente,cada um refletia uma realidade,no Anhembi sentíamos numa arena romana.Distantes do palco, acústica péssima.No Palace confinados “como sardinhas dentro de uma latinha”.Em mesas de 4 lugares q eram fracionadas pra 6 pessoas.Aprendi q deve se chegar cedo,afastar de maneira discreta as mesas ao lado com os pés.E distanciar o máximo possível sua cadeira .Pra pelo menos conseguir se levantar pra ir ao banheiro.No Jockey ficamos em mesas de metal, em grupo de quatro ,com a sensação q participávamos, pela ambientação,de uma festa de debutantes.O pior,contudo, foi,no ano do circo de lona.O som vazava de outros ambientes.Foi o ano em q se optou por dividirem os ambientes por estilos musicais e acrescentar os “descolados”a esse evento q se tornava tradicional do verdadeiro jazz.As cadeiras eram de plástico,sem lugar definido.Parecia q no palco “Club”,o do jazz,os músicos,pela acomodação participavam dos famosos pagodes de mesa do grande Zeca Pagodinho. Cometi meus pecadilhos tb, como contrabandear na minha mochila um “Black Label”e três copos de vidro numa edição, o gelo, pelo menos,comprei lá.Tomei involuntários , espero, empurrões e suportei com bravura,quando num ato de heroísmo e curiosidade freqüentei o palco “Todas as Tribos”, pra assistir ao trio Medeski , Martin &Wood.Ouvi algumas dezenas de vezes a citação q a composição mais conhecida de Dave Brubeck é Take Six(na verdade de Paul Desmond) e de Ellington Take A Train(apenas de Billy Strayhorn).Se no final dos programas de Bear, ele consegue encontrar o caminho q lhe devolve o contato a civilização,pude nesses anos presenciar momentos indispensáveis q recolhi com preciosismo.As apresentações de Max Roach,Sonny Rollins, e o quinteto Herbie Hancock/Ron Carter/Tony Williams/Wayne Shorter/Wallace Rooney.E outras de belo impacto , mas inferiores as citadas. Outras medianas e as q nem preciso e quero lembrar.Foram centenas de músicos q passei a tomar conhecimento ou já conhecia de discos, livros e informações alheias ou pesquisadas.Pra se viver as coisas boas q se traduzem na vida, e o jazz é uma delas,é preciso sofrer alguns sacrifícios de toda a prova, q numa exame , após 22 anos se mostraram efetivamente compensadores.Edú

    Anônimo disse...

    Gostei da "resenha" do Edú. Quanto à situação do Jazz na atualidade, não sou conhecedora do assunto, mas adoro ouvir , e fico feliz porque sei que sempre haverá um cd com aquele intérprete mais querido, o piano mais agradável, o som que realmente nos interessa!Sem precisar ser quase obrigada a assistir a um show de forró, quando não é esse que me agrada!

    figbatera disse...

    Só uma curiosidade: como se pronuncia "Edú" (com acento) e "Edu" (sem acento)?
    E ainda por cima, é o primeiro "anônimo" que assina embaixo. rsrsrs

    Anônimo disse...

    Você, meu caro Edú, "fala(escreve) mais que a preta do leite". Muita coisa sem necessidade, precisando ler mais e estudar com mais afinco o Jazz e escrever menos baboseiras. Uma das composições sobejamente conhecidas, do saxofonista Paul Desmond, executada pelo quarteto de Dave Brubeck, é Take Five e não Take Six.

    Anônimo disse...

    Minha máxima mea culpa.Uma mancada a mais, nas inúmeras q felizmente cometo , mesmo com minha fratura dupla na perna.Por isso e bom ser corrigido num ambiente "habitado" por conhecedores do tema.Agradecido imensamente.Respeito sua opinião, meu rabugento , prezado e desconhecido amigo, uma experiência "à toda prova" .Não justificando , devia ter ido dormir e revisado mais cuidadosamente as informações.Conto com sua colaboração freqüente nessa causa. Entraram na minha nomenclatura ,de forma equivocada, aquele sexteto vocal masculino ,Take 6, pra mim, chato, q gravou alguns cds e participou da faixa Setembro"(Ivan Lins/Vitor Martins) vertida para o inglês como Brazilian Wedding Song, no disco Back on the Block ,do Quincy Jones.E respondendo ao prezado Sr.Olney,q guarda extrema semelhança, de forma enobrecedora ,naturalmente, com o Denny Zeitlin, por uma teimosia.Minha filha de dois anos,dá uma ênfase no final fonético de meu "nick", que não abro mão, pra homenagea-lá.E ,pra finalizar engatinho a passos pequenos no assunto jazz.Um dia espero chegar a um "andador".Razão de minha ignorância .Espero ler informações suas, sabendo q o Sr. esteve presente ao TIM ,no RJ.Edú

    John Lester disse...

    Na verdade, Duke não mandou que Billy pegasse um trem (A Train) mas sim um determinado trem (The A Train), o trem A, que o deixaria próximo à casa de Duke. Foi daí que nasceu uma das mais interessantes composições de Billy, erroneamente creditada a Ellington. Creio que pouquíssimas pessoas entenderam a brincadeira de Mr. Edú, nosso visitante mais brincalhão e que esconde sob seu humor um refinado conhecimento de jazz. Tão gozador que ainda goza do Predador sem que o parvo perceba.

    Essas coisas de Take Six e Take The Train são bem comuns. Certa feita, no Municipal do Rio, durante uma comemoração a Villa-Lobos, uma jovem e bela moça me perguntou: só vim para ouvir O Guarani!

    Mas o melhor de tudo é ler as desculpas de Mr. Edú. Cinismo vale? rsrsrs

    Anônimo disse...

    Apesar da defesa ferrenha do sr.Lester às besteiras escritas pelo sr.Edú, tenho certeza que não foi brincadeira nem gozação do mesmo. Foi pura e real falta de um aprofundado conhecimento do JAZZ.

    Anônimo disse...

    Falando em conhecimento do jazz e seu ambiente, "take five"´significa, na gíria jazzística, o intervalo para os músicos descansarem em suas apresentações, só que esse intervalo geralmente dura mais de cinco minutos. (Seria isto uma abobrinha?)
    Olmiro Müller