Não encontraremos nela um Clifford Brown, nem uma Billie Holiday. Talvez porque músicos assim sejam únicos, como certas cepas que produzem vinhos específicos e inigualáveis. Ou talvez porque a proposta aqui é simplesmente outra, mais destilada, aproximando-se daquela vodka no fundo de um bar. Apaixonada pela música, Michelle começou a tocar escondida o trompete do irmão quando tinha apenas sete anos. Ainda que o médico recomendasse menos esforço, em virtude da asma, a menina não apenas passou a tocar mais como também passou a cantar, retirando fôlego não se sabe de onde. Aos dezessete a moça já estava em turnê, tocando e cantando, inclusive na Europa. Seus estudos dedicados ao jazz são relativamente recentes (década de 90’), mas a base já havia sido obtida na Universidade de Illinois, onde estudou trompete e canto. Como ela mesma confessa, suas influências são múltiplas, desde Miles Davis, Hot Lips Page, Ruby Braff, Thad Jones, Chet Baker no sopro, até June Christy, Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald na voz, passando também por gente como Tom Jobim, Bill Evans e Cat Stevens. Seja lá como for, aqui você encontra o álbum da artista por US$0.51, conforme nossa dica anterior. Para os amigos fica a faixa ( ). Até!
19 comentários:
delicia...
Acho que as mulheres não conseguem se expressar plenamente como instrumentistas por causa da opressão machista, principalmente nos instrumentos de sopro. Contudo, abstraindo a "guerra" entre sexos, elas ainda chegarão ao pódio.
Olmiro Müller
Nota 5,37 para a resenha e nota 4,96 para a moça.
Puxa, 51 centavos de dólar até a Vivi, minha diarista quinzenal, pode pagar! Pedirei a importância a ela emprestada na próxima jornada...
Como diz o guzz, com essa eu caso na hora.
Bateu vento frio, Olmiro aparece.
Grande abraço, JL.
Admirável oportunidade. Pesquisarei.
Imaginem essa Big Girls Band: Sophie Alour no sax, Esperanza Spalding no contra-baixo... Alguma outra sugestão pra completar a gig, Salsa?
Diana Krall no piano, ok?
Ingrid jensen no trompete
Estou tendo o prazer de conhecer o último álbum "Esperanza" 2008 de Esperanza Spalding. Disco esse que indico com louvor. E a moça canta! Ela estará no Tim Festival, creio.
Acácio, pro piano minha dica recaiu numa moça, digamos, não tão casada, mais ou menos no mesmo top de idade das outras propostas. Também, tlz, mais dominadora (de seu instrumento): a japonesinha Hiromi Uehara. Para quem ainda não teve o prazer de conhecer recomendo... http://boogiewoody.blogspot.com/2008/06/
hiromi-uehara-on-piano-jazz-2008.html
Aqui, aproveita-se para dissipar uma provável dúvida até do Lester. No blog, a sugestão disponível é o álbum (bootleg, acho) de Hiromi no programa de rádio de Marian McPartland. Ainda no ar, Lester! 2008! Portanto, aos 90 anos a velha senhora do jazz está mais viva e na ativa que nunca.
Alguma idéia para guitarristas e bateristas?
Caro Sérgio
Entre as que já ouvi, sugiro as seguintes instrumentistas para comporem sua Big Girls Band:
Guitarra: Emily Remler (precocemente falecida) ou Monnette Sudler ou Sheryl Bailey
Bateria: Cindy Blackman ou Terri Lyne Carrington ou Sherrie Maricle (band leader). Abraços.
Olmiro Müller
Prezados Sérgio e amigos, talvez Mimi Fox pudesse auxiliar na guitarra. Quanto à bateria, concordo com Müller: Maricle.
Emily Remler é fantástica sim, mas, com ironia fina, Olmiro e Lester, estou dando preferência as vivas.
E nessa banda que vcs estão me ajudando a formar o fundamental é a conjugação da beleza com o talento. Infelizmente, alguns nomes por vocês citados ainda não tive acesso ao som (os álbuns).
Baixei dois da mulata com sardas no rosto, um tipo exótico a lá Betty Davis (do Miles), Cindy Blackman, só que ainda não ouvi. Até agora foi a única que consegui baixar. Vou atrás da Mimi Fox. Gratíssimo pelas dicas, amigos. Acreditem, a brincadeira está começando a ficar divertida.
Prezado Sérgio, Mimi e Maricle estão vivas. E penso que atendem aos seus critérios de seleção.
Tratando-se de uma big band, poderíamos pensar também em Eliane Elias, mais que habilitada a uma boa cadeira. Interessante também é a sacabucha de Noemí Grinspun, chilena já devidamente resenhada no Jazzseen.
E que venham as madeiras.
Grande abraço, JL.
Sérgio
Sugeri Emily Remler porque acho que sua banda é imaginária, mas concordo com Lester: Mimi Fox está à altura.
Olmiro Müller
Mimi está aprovadíssima. Ouvi o álbum Kiks (3 estrelas, portanto nem tão bem cotado assim pelo allmusic) e gostei muito. E a banda (imaginária, mas de belas feras vivas) ficou assim: Sophie Alour no sax, Ingrid jensen no trompete (não cheguei a ouvir Michelle Latimer quando o Salsa lembrou de Ingrid que manda muito bem), Esperanza Spalding no baixo, Hiromi Uehara no piano (quem não conhece devia dar atenção, toca muito e é belíssima), Terry Lyne Carrington (de última hora mostrou-se mais discreta e tirou o posto da quebradeira Cindy Blackman) e Mimi Fox na guitarra.
Só vos digo uma coisa, o empresário que juntasse essa turma ia rir de orelha a orelha.
Bacana essa sua idéia, Sérgio, uma banda assim ia ser um "estouro"!
Valeu, Figbatera. Foi divertido passar algumas horas ouvindo essas gatas arrepiando na música pra escolher um conjunto, mesmo q fictício.
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