07/01/2009

Pelos olhos de Hunstein

Nosso amigo Francisco Grijó, proprietário do impoluto blog Ipsis Litteris, começa o ano com coloridíssimas fotos, emolduradas com texto ágil. Para os amigos fica o arremedo da postagem original: "Don Hunstein é um homem de sorte. Ele mesmo afirma: I have photographed the famous and the not so famous: business execs and athletes and especially musicians – jazz, classical and pop. The resulting pictures have appeared on over 200 LP and CD covers and on promotional flyers and press kits, in magazines and company reports and advertising. Sorte? Bem, o cara trabalhou para a Columbia Records e muito de seu trabalho transformou-se em capas de disco. Isso, a meu ver, não é nada, se comparado ao fato de ele ter tido o privilégio de, durante o ofício, partilhar o estúdio com figuras como Igor Stravinsky, Duke Ellington, Billie Holiday, Glenn Gould, Miles Davis, John Coltrane, Charles Mingus & outros. Aliás, foi ele - Don Hunstein - quem testemunhou (e registrou) Miles & seu escrete durante as gravações do mitológico Kind of Blue, de 1959. Assumidamente inspirado em Cartier-Bresson, Don Hunstein parece não estar por perto ao fotografar os grandes nomes da música. Sem as afetações comuns a esse universo, os músicos apresentam-se como personagens cuja artificialidade é nula. Em muitos casos, a angústia, a preocupação e a dúvida são expressas de forma tão límpida que sua eternização em fotografia torna-se obra de arte. Esse é o trabalho de um grande fotógrafo. Se quiser saber mais sobre Don Hunstein, clique aqui.

5 comentários:

Anônimo disse...

grijó. obrigada pela visita e pelo elogio.
o seu espaço é fantástico e encontrei aqui um post sobre o qu eu ando mais gostando de fazer e saber: a imagem da música, dos músicos. estou me intressando muito pelo trabalho dos bens conhecido pete turner., klaxton e agora adentrando no mundo de hunstein.
aliás, vc sabe quem fotografou (quer dizer, se foi só um o fotógrafo) daquelas caixas maravilhosas da mosaic?
é isso, obrigada pelo link.
bj

Anônimo disse...

perdão, lester, te chamei de grijó... é que tava lendo o ipsis ao mesmo tempo.... coisas dessas páginas virtuais....

John Lester disse...

Prezada Andréa, para mim é um elogio exagerado ser confundido com o excelente escritor Francisco Grijó. Quem sabe um dia eu mereça tal honraria.

Grande abraço, JL.

Roberto Scardua disse...

Excelente dica, valeu Grijó.

Anônimo disse...

Há quanto tempo Grijó! Bom lê-lo por aqui novamente. Até breve, espero.