Que músico pode dizer que tocou com Johnny Hodges, Bud Powell, Yusef Lateef, Dizzy Gillespie, Kenny Dorham, Cannonball Adderley, Thelonious Monk, Kenny Burrell, Bil Evans, Lucky Thompson, Jimmy Smith, J. J. Johnson, Blue Mitchell, Chet Baker, Clark Terry, Tina Brooks, Donald Byrd, Duke Ellington, Arnett Cobb, Ike Quebec, Wes Montgomery, Walter Davis Jr., Eddie ‘Lockjaw’ Davis, Johnny Griffin, Red Garland, Nat Adderley, Sonny Red, Charlie Rouse, Frank Foster, Barry Harris, Joe Alexander, Dizzy Reece, Eric Dolphy, James Clay, Les Spann, Paul Gonsalves, Julian Priester, Victor Feldman, Bobby Timmons, Horace Parlan, Freddie Hubbard, King Curtis, Lou Donaldson, Don Wilkerson, Kenny Drew, Harold Land, Eddie ‘Cleanhead’ Vinson, Milt Jackson, Grant Green, Sonny Clark, Phineas Newborn, Sal Nistico, Eddie Jefferson, Roland Kirk, Wynton Kelly, Tom Jobim, Fred Jackson, Gene Ammons, Dodo Marmarosa, Johnny Lytle, Chuck Mangione, Oscar Peterson, Willis ‘Gator’ Jackson, Stanley Turrentine, Ben Webster, Joe Zawinul, Terry Gibbs, Les McCann, Dexter Gordon, James Moody, Sonny Stitt, Von Freeman, Red Rodney, Cecil Payne, Clifford Jordan, Roy Eldridge, Cedar Walton, Shirley Scott, Charles McPherson, Duke Jordan, Jimmy Raney, Al Cohn, Ronnie Cuber, Niels Pedersen, Sam Most, Idrees Sulieman, Buddy Collette, Art Farmer, George Coleman, Archie Shepp, Tete Montoliu, Ted Curson, Ray Bryant, Claude Williamson, Curtis Fuller, Benny Bailey, Hank Jones, Thad Jones, Ted Dunbar, Sal Salvador, Stan Getz, Miles Davis, Irio de Paula, Flavio Ambrosetti, Buddy DeFranco, Kenny Barron, Benny Carter, Harry ‘Sweets’ Edson, Hank Mobley, Pepper Adams, George Shearing, Jack McDuff, Illinois Jacquet, Harry Connick Jr. e Claus Ogerman? Sam Jones pode. Isso sem contar que a breve lista acima não se pretende exaustiva e nem compreende as inúmeras vocalistas com as quais trabalhou, como Ella Fitzgerald, Nancy Wilson e Betty Carter, apenas para citar algumas. Samuel Jones nasceu em Jacksonville, Florida, no dia 12 de novembro de 1924. Morreu novo, aos 57 anos, no dia 15 de dezembro de 1981, em New York. Nesse curto espaço de tempo, estabeleceu-se como um dos maiores contrabaixistas do jazz, dono de técnica apurada e estilo maleável, o que lhe permitia trafegar de forma impecável tanto pelo swing quanto pelo bebop e pelo hard bop. Não bastasse, Sam foi um competente violoncelista e digno compositor. Começou a carreira tocando em bandas locais da Florida, até que, em 1953, passa a trabalhar com Tiny Bradshaw. Dois anos depois, segue para New York, onde integra os grupos de Kenny Dorham, Cannonball Adderley, Dizzy Gillespie e Thelonious Monk. Em 1958 Sam participa da gravação do álbum Somethin’ Else, de Cannonball Adderley, e é trabalhando no quinteto desse saxofonista (1959-1966) que consolida sua reputação, constituindo com o baterista Louis Hayes uma das melhores seções rítmicas desse período. Entre 1966 e 1970 Sam passa a integrar o trio de Oscar Peterson, substituindo Ray Brown, um dos maiores contrabaixistas do jazz. Significativa é sua união, a partir de 1970, com o pianista Cedar Walton e o baterista Billy Higgins, trio que produzirá uma série de gravações memoráveis para os selos East Wind, Muse e Xanadu. E assim chegamos ao fim de mais uma resenha, sem esquecer que Sam permaneceria ativo até sua morte, quer seja na condição de líder, quer na de sideman. Para os interessados em conhecer o trabalho de Sam, creio que os seguintes álbuns constituem uma adequada introdução: 1) The Soul Society – Gravado em 1960 para a Riverside, o primeiro álbum de Sam como líder é também, em minha opinião, o melhor. Repertório bem escolhido, arranjos perfeitos, solos vastos tanto ao contrabaixo quanto ao cello, tudo em excelente companhia: Nat Adderley (c), Blue Mitchell (t), Jimmy Heath (ts), Charles Davis (bs), Bobby Timmons (p) e Louis Hayes (d); 2) Something In Common – Gravado entre 1974 e 1977 para a Muse, foi lançado em cd pela 32Jazz, com a adição de três faixas bônus. Álbum perfeitamente integrado ao melhor post-bop produzido na década, com discurso moderno e tributário às verdadeiras raízes do bebop. Com Sam estão Slide Hampton (tb), Blue Mitchell (t), Bob Berg (ts), Cedar Walton (p) e Billy Higgins (d). Para os amigos deixo a faixa Visitation que dá nome ao álbum gravado em 1978 para a Steeplechase, com os excelentes Terumasa Hino (c), Bob Berg (ts), Ronnie Mathews (p) e Al Foster (d). Vale notar, nessa faixa, o fraseado de Berg, ao mesmo tempo virtuoso e desleixado, tecnicamente impecável e, contudo, levado. Lembra a sonoridade de um Phil Woods tocando tenor, sem a perfeição quase acadêmica com que Phil desenha cada nota. Ou não?
13 comentários:
Bob Berg é outro músico de morte precoce.Sam Jones entra no trio de Oscar Peterson durante as celebres gravações alemãs realizadas para o selo MPS substituindo Ray Brown.Como elas eram realizadas na vila (mansão associada a estúdio) do dono da gravadora ,Hans Georg Brunner-Schwer, (um dos herdeiros do grupo Basf) foram recebidos de forma nababesca pelo executivo.Resultado e q :sem pressa e com estúdio, serviço de criadagem e copa disponíveis quase 24 horas ao dia, elas foram prolongadas por quase sete meses.Incomodado pelo longo afastamento da família por tanto tempo , Ray decide retornar aos EUA.Sam Jones, então, foi convocado para substitui-lo e aproveitar o conforto q todo músico deveria ter direito.Com Louis Hayes na bateria e Sam Jones no contrabaixo, Peterson faz, na minha opinião,as melhores gravações nessa estrutura da carreira.
Mr. Lester e seu inesgotável baú de tesouros jazzísticos.
Um dos maiores acompanhantes da história do jazz, Sam Jones era um músico confiabilíssimo - ele simplesmente substitui Ray Brown e antecedeu NHOP no trio de Peterson. Precisa dizer mais alguma coisa?
Em sua homenagem, Seu Mr. Lester, ouço neste exato instante um dos grandes momentos desse músico soberbo: o maravilhoso Hello Herbie, do Oscar Peterson Trio, com a participação do Herb Ellis, gravado para a MPS.
Uma resenha à altura do homenageado e uma ótima amostra do seu talento.
Abração!!!!
Rapaz, uma das boas coisas da vida é "caminhar" ao lado de um bom baixo acústico pilotado por um músico competente. Não tem erro, não tem buracos na calçada, não tem tropeço. Imagino como seria fazer um sonzinho com um cara como Sam Jones.
Mr. Lester,
caso ainda esteja no Rio e se puder, por favor, me ligue.
99913946.
Abraço
Pena eu não estar hoje no Rio pra gente se reunir lá no Allegro: Lester, Tandeta e eu.... Seria ótimo!
Salsa, eu tb tenho esses sonhos de tocar com os "cobras"!
Não à cobrar, hein!(rs,rs,rs)
Prezados amigos, obrigado pelos comentários, sempre replementares e gentis.
Mr. Tandeta, em função de contingências financeiras não lhe pude telefonar. Como bem admoestou Mestre Edù, "à cobrar" não ficaria bem.
Grande abraço a todos, JL.
Mr. Lester ,
ainda que tardiamente gostaria de dizer que o Sr. pode mandar um email pra mim sempre que vier ao Rio.
Edú tem o meu email e esta autorizado a fornece-lo ao Sr.,se assim o desejar.
Abraço
Obrigado Mr. Tandeta.
Grande abraço, JL.
John Lester, em caixa alta q é pra marcar: Q DISCO BOM ESSE SAM JONES "SOMETHING IN COMMON"!
É claro e os garranchos não dão conta de expressar a gratidão. Mas... de outra forma não há.
Abraços.
Valeu Sérgio, grande abraço.
Prezado John,
Ouvi Sam Jones ao vivo em 1969 no trio de Oscar Peterson, em São Paulo.
Ele foi um dos grandes discípulos do notável Oscar Pettiford, o pai dos baixistas modernos cujas inovações foram adotadas por um timaço de baixistas. Sua composição "Sam's Sack" (gravada por Milt Jackson com Wes Montgomery) nada mais foi que uma frase gravada por Pettiford na Áustria, que Sam Jones inseriu num solo do álbum Cannonball Adderley Quintet Live at the Lighthouse.
Nesse seu CD Riverside numa faixa toca o baixista Ketter Betts, outro "pettifordeano", cujo solo, na época, foi considerado sensacional por inúmeros baixistas e outros jazzmen.
Keep swinging,
Raffaelli
Quem foi que escreveu Phil Woods e Bob Berg na mesma frase?
http://www.youtube.com/watch?v=evhn3l-ci8Q
http://www.youtube.com/watch?v=MIb4I6lu6JQ
http://www.youtube.com/watch?v=DW5CKoaIZJg
Abraços
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