09/06/2009

Elas também tocam jazz - Saskia Laroo

Admiradora confessa de Miles Davis, a trompetista holandesa Saskia Laroo é conhecida nos EUA como “Lady Miles of Europe”. Descontando seu desempenho convincente também ao contrabaixo, é no sutil e econômico toque de seu trompete que Saskia parece reduzir a pó todo o preconceito de nosso amigo andaluz Frederico Bravante, para quem as mulheres não sabem tocar jazz, em especial quando manejando trompetes e contrabaixos acústicos. Nascida em Amsterdam em 1959, é certamente uma das poucas trompetistas de jazz proprietárias de voz própria, talvez oriunda da longa jornada - iniciada aos oito anos de idade – e da humildade característica dos grandes artistas: Saskia nunca sonhou em ser profissional. Mas tudo mudou aos dezoito anos, quando a moça troca a Matemática, que estudou na Universidade de Amsterdam, pela Música. Ao mesmo tempo em que estuda em importantes centros musicais, como na Muziekpedagogische Academie de Alkmaar, no Sweelinck Conservatorium, com Boy Raaymakers, em Amsterdam e na Muziekpedagogische Academie, em Hilversum, Saskia apresenta-se em diversos clubes da Europa, percebendo rapidamente a imensa responsabilidade artística que recai sobre o trompetista, elemento inevitavelmente considerado líder durante 99% das apresentações ao vivo. Além disso, ela mesma acreditava que não era suficientemente forte para manejar o trompete durante todo um concerto. Talvez por esses motivos tenha iniciado sua jornada tocando o contrabaixo, passando lentamente para o trompete.

Mas em 1979, com o auxílio das Organizações Tabajara, todos os seus problemas e temores desaparecem, tornando-se uma instrumentista respeitada em diversos contextos, desde o dixieland até o nu jazz, passando obviamente pelo mainstream jazz. Como toda inteligente e bela holandesa, Saskia abre-se facilmente às mais extravagantes experiências musicais, desde a dance music, o reggae, a salsa ou o hip-hop, integrando elementos diversos naquilo que se tem denominado nos becos de “swingin’ body music”. A partir de 1995 Saskia já adquire voz identificável, passando a liderar seus próprios conjuntos. Naquilo que nos afeta mais gravemente, o jazz, seus álbuns mais significativos são Sunset Eyes, gravado em 1998 com a participação do mestre Teddy Edwards (ts), e Jazzkia, gravado em 1999. Se não podem ser considerados clássicos do jazz atual, certamente constituem certidão de competência no contexto complexo do idioma bop. Para os amigos fica a faixa Spin , de sua autoria, com Albert Sarko (p), Jos Machtel (b) e Martin van Duynhoven (d).

28 comentários:

Érico Peixoto disse...

Ótima dica, caro John Lester. Algo mais para animar minha madrugada insone. Abraços.

John Lester disse...

Prezado Mr. Peixoto, tentei comentar sua última postagem mas não consegui. Parabéns pelo excelente blog AlternArte.

Grande abraço, JL.

Érico Peixoto disse...

Caro John Lester,

O problema quanto à possibilidade de comentar já foi corrigido. Falha minha. Fique à vontade para visitar meu humilde espaço sempre que desejar. Descobri recentemente o Jazzseen e já o considero leitura obrigatória. Parabéns a você. No mais, obrigado pelo elogio.

Um grande abraço.

Érico Peixoto disse...

De fato, meu caro amigo, ganharei ótimos momentos de edificante leitura neste espaço. Devidamente adicionado e divulgação garantida nos meios dos quais faço parte.

Abraços.

Salsa disse...

Madrugada movimentada. Todo mundo botou o bloco na rua.
E para quem pensa que os países baixos só produzem sacanagem, taí a menina para mostrar como se faz arte.

Remco Takken disse...

De algemene kijk op trompetspelen is in de twintigste eeuw in belangrijke mate gevormd door de prestaties van jazzmuzikanten. Het concept van trompetspelen werd omhooggestuwd tot een niveau dat hoger lag dan ooit voor mogelijk was gehouden. Louis Armstrong, Bix Beiderbecke, Dizzy Gillespie, Miles Davis en Don Cherry zijn trompettisten die enorme stappen voorwaarts hebben gezet. Het zijn maar enkele voorbeelden van voornamelijk mannelijke musici. Valaida Snow, Clora Bryant, Barbara Donald, Ingrid Jensen en Saskia Laroo - met dit rijtje heb je bijna alle vrouwelijke trompettisten van de jazzgeschiedenis al genoemd. Net als die andere trompettisten droegen en dragen zij hun steentje bij aan de ontwikkeling van trompetspelen. Ze kwamen echter ook met een vrouwelijke aanpak en voegden hun eigen concepten toe aan een vak dat zelden wordt beoefend wordt door een vrouw.

Érico Cordeiro disse...

Com aquela fuselagem e ainda toca aquilo tudo?
Como diria o grande Gérson: "É brincadeira"!?!?
E a famigerada listinha só cresce, e cresce, e cresce...
Abração a todos!!!

Andre Tandeta disse...

Mr Lester,
eu, Victor e Sergio Barrozo(com z mesmo) agradecemos o destaque dado ao nosso trabalho.
Ja estou com CDs para enviar ao Sr e ao Edú mas estou com certa dificuldade de conseguir os autografos:Victor esta numa frenetica atividade: fazendo a trilha sonora de dois filmes e tocando com Wagner Tiso(hoje estão em Salvador). Assim que eu conseguir encontra-lo isso sera resolvido e "estaremos enviando".
Abraço

Andre Tandeta disse...

Mr.Lester,
perdoe o portugues de quinta categoria da mensagem acima. A pressa etc....
Grato

John Lester disse...

Prezado Tandeta, prefiro aguardar os autógrafos, mesmo que demore um pouco.

Obrigado, JL.

figbatera disse...

Ah, Lester, é pena que não coincidam as datas de nossas viagens ao Rio; gostaria muito de desfrutar junto de vc um show do trio Biglione/Sergio/Tandeta.
Mas neste mês (10 a 14) tem o festival de R.Ostras e vou pela 1ª vez.
Fica pra próxima...

Érico Peixoto disse...

Salve, John Lester!

Permita-me um comentário sobre algo que ocorre sempre que acesso o Jazzseen. Todos os players postados na página começam a tocar simultaneamente, de forma automática, independente de qualquer ação minha. Basta adentrar o recinto e tudo segue de maneira caótica e descontrolada. Algo como uma cruza de Ornette Coleman e Albert Ayler apadrinhada por Stockhausen. Alguém porventura narrou-lhe acontecimento semelhante? Em caso positivo, como procedo?

Um grande abraço!

edú disse...

Pela minha experiência pessoal o Mozila provoca tal atitude.Pena, porque entre os domínios de Bill Gates e a raposinha - esta conta mais com minha simpatia e uso.

Érico Cordeiro disse...

Caro Xará Érico,
Baixe um programa de gravação (ou compre um gravadorzinho de mão mesmo).
Acesse o jazzseen.
Grave a cacofonia sonora que rolar (a "maravilhosa" cruza de Ornette Coleman e Albert Ayler apadrinhada por Stockhausen).
Distribua entre os críticos a(free)cionados.
Contrate um "DJ" prá fazer charme.
Pronto: teremos aqui a mais nova "sensação" do jazz, um novo "revolucionário"!!!
Não sei se vai encantar os meus alquebrados ouvidos, mas que vãi pintar um monte de convites prá você expor sua "obra" em festivais de jazz pelo mundo, ah isso vai!
(PS.: brincadeira com o pessoal do free - hoje até dei uma escutada no Attica Blues).
Abraços a todos!

John Lester disse...

Prezados, infelizmente já fomos notificados quanto aos tristes fatos sonoros descritos por Mr. Peixoto.

Confesso que com meu navegador (internet explorer) tal atrocidade não ocorre e, conforme depoimentos emocionados de alguns amigos visitantes, o Firefox produz esta aberração sonora.

Fico devendo uma solução, enquanto aguardo sugestões dos amigos.

Grande abraço, JL

Salsa disse...

Bem humorado, o blogueiro. A "cruza" ficou fantástica.

bia disse...

delicia...

figbatera disse...

Pois é, Lester, eu tb sou um dos que reclamaram sobre esse "free jazz".
Será que, como nos "podcasts" (que eu, o Salsa e o Érico usamos) vc não teria a opção de programar seu player para não iniciar automaticamente?
Caro Érico (o Peixoto), eu costumo desligar meu som enquanto leio os textos/faço os comentários e, depois, quando a "zona" chega ao fim, eu ouço a música. Ou ainda, me dou ao trabalho de rolar a página até o final e ir dando "pause" nas radiolas até deixar apenas a mais recente tocando. Ufa! Dá trabalho, mas o Jazzseen vale qualquer sacrifício, né? rs

Carioca da Vila disse...

Para mim, rola tudo bonitinho...Pra começar a tocar, tenho que teclar no "executar",depois é só aproveitar...maravilha!
Agora, qual o navegador, sei nada, meu filho é quem acerta tudo aqui na minha área!

Érico Peixoto disse...

Caríssimos, obrigado pelas dicas. Por utilizar apenas o Firefox (além de minha ignorância no tocante a diversas questões "internéticas"), não detectei de início a razão do problema. Deixarei o Explorer com a função de conduzir-me com segurança por estas plagas, pois deste front não recuo.

Abraços a todos.

P.S.: Érico, meu nobre xará, embora tenha apreciado sua divertidíssima sugestão, cheguei à conclusão que tamanha hecatombe sobrecarregaria ainda mais nosso já combalido sistema de saúde, colocando em risco a sanidade mental de nossos semelhantes. Deixemos, pois, como está. =)

Danilo Toli disse...

Beleza de material Mr. Lester! Um abraço pra todos e que bom ter a Carioca da Vila de novo por aqui!

Sergio disse...

Caro, Lester, conheces um trompetista de Warren, Ohio, 30 anos, de nome Sean Jones?

John Lester disse...

Prezado amigo Sérgio, não conheço o trompetista. Deveria conhecê-lo?

Grande abraço, JL.

Sergio disse...

Bem, meu digníssimo, John Lester, antes de lhe apresentar o Sean de 30, contarei uma breve historinha da pré-adolescência. Por favor, paciência...

Como disse, moro no ex-Conjunto dos Jornalistas, hoje, Condomínio Jardim de Alah – te juro que até o presente não decorei bem o nome do condomínio, então pode ser que seja Condomínio do Leblon, tbm. Mas, simplesmente, como “Jornalistas” é que a minha “área” ficou internacionalmente conhecida e digo internacionalmente porque este local outro dia foi citado até pelo Lucas Mendes no Manhattan Conection. Já estou me alongando, perdão. Mas a história vale a pena.

O Jornalistas é formado por 3 prédios de 16 andares dentro de um único quarteirão nesta nobre região da Zona Sul do Rio de Janeiro. Então, os personagens aqui são muitos, cada um com sua história de sucessos e fracassos. Um deles tinha o apelido de Recruta, porque era muito parecido com o Zero dos quadrinhos. Cariocas são todos tão ou mais práticos, pra não estigmatizar, do que os baianos, então logo o vulgo foi abreviado para Recro e depois, seguindo o modismo da novilíngua, tornou-se Corré (abstraindo o ‘r’, é Recro do avesso). Corré, era um sujeito atormentado que mesmo sendo uma espécie de gênio - passava em 1º lugar para toda e qualquer universidade ou concurso público que se candidatava - não era de se adaptar a disciplina ou profissão alguma. O negócio de Corre era vender um bagulho pra poder cheirar um pozinho com a rapazeada na nossa “Repúblicca Independente do Leblon” e o resto do dia, vadiar. Num desses dias, entediado também dessa estafante rotina, resolveu dar cabo da própria vida.

Da minha janela vejo o apartamento do Corré, no pédio à frente (o meu é o do meio), alguns andares mais abaixo. Eu estava no meu quarto, quieto, quando ouvi uma explosão que estremeceu toda a estrutura do quarteirão Jornalistas. Depois de muito procurar a origem do estrondo, reparei apenas que uma janela de um dos banheiros do prédio da frente havia desaparecido. Era o Recro, ou melhor, Corré.

Como foi o suicídio: quase o tradicional. O cara-se tranca no banheiro, põe toalhas para vedar portas e janelas, abre o gás e espera. Mas Corré era um sujeito diferente, levou consigo um jornal – ele e aquela mania dele de estar sempre por dentro dos acontecimentos... – sentou-se no vaso sanitário e esperou. ... Bem, quando se picava (tomava nos canos), o efeito vinha mais rápido... Deve ter pensado já impaciente. Até quando tomava as (nos 70s) “bolas”, Disbutal, Pervertin, Dormonid a coisa “batia” com muito mais urgência. Caramba! Nem tonto estou ainda?! Que merda de gás palha é esse? Vou fumar o meu último cigarro. Putz, esqueci de dizer, o Recro fumava.

Desfecho da história: Era carnaval. No dia seguinte à explosão, ou melhor, a implosão de um plano mal arquitetado, não completamente, convicto, vi Corré, careca dos pés a cabeça. Não havia mais fiapo de pelo naquele corpo magro e branquelo, mas o cara tava de alma lavada, era o mais animado do bloco, frevando as Vassourinhas na Banda do Leblon.

Toda essa história tem só um objetivo, meu bom Lester. Te informar que o Jazz, mais ou menos como o Recro, é imortal. Ontem mesmo o vi tomando um porre no pé sujo mais maldito da Cidade, o Escondidinho do Leblon.

Aí vai o álbum inteiro do Sean Jones “The Search Within” - 2009. Aqui em 1ª mão mesmo, antes da próxima postagem no Sônico e o amigo não vai me fazer a desfeita de não dar a devida atenção, né?

http://www.4shared.com/file/111169536/54d2e2eb/Sean_Jones__The_Search_Within__2009.html

John Lester disse...

Obrigado amigo.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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