
A Carling Family, de Gothenburg, começa a se apresentar em 1982, liderada pelo pai de Gunhild, Hans ‘Cooling’ Carling, cornetista de jazz que já havia trabalhado com gente como Albert Niccolas, Dexter Gordon, Edmond Hall e Lars Gullin. Sua mãe, Aina, violinista clássica, tratou de aprender por conta própria o banjo. O irmão mais velho, Max, era responsável pelo clarinete, a irmã Gerd pelo piano, Gunhild pelo trombone e Ulf, o irmão caçula, pela bateria. Sua primeira apresentação foi no Swing Inn, em Malmö, para depois seguirem em turnê pela Polônia. O que os mantinham juntos? O amor comum pelo jazz de New Orleans e por músicos como Louis Armstrong, King Oliver, Johnny Dodds e Jelly Roll Morton. Em 1984 lançam seu primeiro álbum, I've lost my heart in Dixieland, pelo selo Phontastic e, no ano seguinte, apresentam-se em diversos programas da televisão sueca e de outros países, como Nygammalt, Affären Ramel, Café Sundsvall e Vi i femman. Ao mesmo tempo, realizam diversos shows em clubes e festivais, como Molde (Noruega), Zlota Tarka (Varsóvia), Askersund, Skeppsholmen e Oslo. O segundo álbum é lançado em 1986 pela mesma Phontastic e a Carling Family passa a adicionar ao seu repertório temas do Swing e do Harlem, agora com Gunhild tocando trompete e cantando ao estilo de Billie Holiday. Na década de 1990, as turnês se multiplicam, e a família se apresenta na Escócia, França, Inglaterra, Polônia, Hungria, Alemanha, País de Gales, Dinamarca e Noruega. Com o tempo, Gunhild e seus irmãos aperfeiçoam-se em diversos instrumentos: Max passa a tocar clarinete, violino e saxofone tenor; Gerd, vibrafone, saxofone alto, trombone e piano; Gunhild, trombone, trompete, gaita, flauta, além do canto e sapateado. Em 1998, Gunhild inicia suas apresentações individuais e, em 2001, muda-se para Lund, atuando em diversas bandas, tocando semanalmente no John Bull Pub e lançando o álbum That’s My Desire, pela Hep Town Records. Em 2003, aparece como solista na Papa Bue and his Viking Jazzband, além de trabalhar com Arne Domnerus, Jan Lundgren, Lars Erstrand, Eddie Davies, Claes Crona e Svante Thuresson. Ainda nesse ano, lança seu primeiro álbum solo, Red Hot Jam, pela Music Mecca. Em 2004, volta a gravar com a Carling Family, apresentando-se em diversas cidades, inclusive New York, e atua com a Count Basie Orchestra. Para os amigos, fica a faixa That’s My Home , com a Carling Family, retirada do álbum Hot Jazz, gravado em 2008 para a Hep Town Records. Quem resiste?
10 comentários:
Fantástica a menina, levada e competente. Merece uma resenha Jazzseen.
Assisti o vídeo. A menina manda bem. Valeu, mr. Lester, por nos deixar suas impressões musicais de mais um bom evento de jazz.
delicia...
Grande Lester,
Bacana a resenha e também o trabalho da moça (embora minha conexão seja ruinzinha, deu prá ter uma idéia da potência e da alegria da Gunhild Carling).
E que inveja!!!!
Mas a sede de jazz vai ficar para ser saciada em Ouro Preto.
E muito bacana essa foto com o LFV (sabia que o meu nome é uma homenagem ao pai dele - papai tinha acabado de ler Olhai os lírios do campo pouco antes de eu nascer e resolveu fazer essa homenagem ao grande escritor gaúcho?).
Abração!!!!
Preciso de um e-mail de vocês para credenciá-los para o Tudo é Jazz, em Ouro Preto.
Prezado Valois, meu e-mail é johnlestervix@hotmail.com
Grande abraço, JL.
O Jazzseen alimentando a tradição construída nesses três anos da presença nos melhores eventos do jazz aqui e ,quando possível, lá fora.
Alimentando e, principalmente, sendo alimentado.
Grande abraço, JL.
Muito, muito bom...
Depois de um show destes, vc. sai alegre e com o espírito alimentado,e vai pro Cervantes, cuidar de alimentar o corpo...
show!
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