Nosso amigo Sófocles, em sua peça Ajax, faz constar a seguinte gnoma: “Às mulheres convém o silêncio”. Não parece ter sido esse o caso de Dorothy Ashby, harpista de jazz nascida em Detroit, Michigan, no dia 06 de agosto de 1932, ano em que Di Cavalcanti é preso pela Revolução Constitucionalista. Sob influência do pai guitarrista, Ashby anima-se com as aulas de música na escola secundária, onde também estuda Donald Byrd. Terminados os estudos, passa a tocar piano e harpa em diversos pequenos grupos, algumas vezes como líder. No final da década de 1950, participa de uma série de gravações com músicos importantes, como Richard Davis, Frank Wess e Jimmy Cobb, além de gravar Jazz Harpist em 1957 para a Savoy, seu primeiro álbum como líder. Na década de 1960, apresenta seu próprio show, numa rádio de Detroit, além de apresentar-se com seu marido, o baterista John Ashby, na companhia de teatro Ashby Players of Detroit. Movendo-se para a Costa Oeste, Dorothy passa a trabalhar em orquestras de estúdio, além de atuar como sidewoman numa série de gravações de músicos do estilo West Coast. Com sua técnica refinada e ampla capacidade inventiva, Dorothy foi certamente uma das poucas pessoas a tocar harpa no estilo Bebop de forma convincente. Dorothy morreu em Santa Monica, California, no dia 13 de abril de 1986, mesmo ano em que a Desembargadora Thereza Grisólia Tang assume a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina. Para os amigos, fica a faixa Bohemia After Dark, retirada do lp In A Minor Groove, gravado para a New Jazz em 1958. Na versão em CD de mesmo título, temos a reunião de dois lp’s, gravados para a Prestige e para a New Jazz (In A Minor Groove e Hip Harp). Com Dorothy estão Frank Wess (f), Gene Wright (b) e Roy Haynes (d).
15 comentários:
sem noção
Lester, que diferença para a Adele Girard, hein? Abração!
Faz tempo que não passava por aqui. Continua tudo bem. Excelente a moça Lester. Um abraço.
Nunca tinha visto jazz com harpa. Luxos que so o Jazzseen proporciona para os fãs.
Ótimo post, como sempre.
Obrigado, John Lester. Aproveitei para dar uma espiada no teu site sobre jazz, sem dúvida, vou freqüentar mais vezes e aprenderei muito. Abraços.
Obrigado aos amigos.
Grande abraço, JL.
Prezado JOHN LESTER:
Bela escolha, resenha perfeita e DOROTHY (ainda mais com F. WESS) domina o "idioma".
Grato por mais esse "tiro na mosca".
master lester,
na correria nossa de cada dia poracá
ouvirei oportunamente as moçoilas harpistas...é guarânia?...rs
abraçsons tsunâmicos
Hoje Sóflocles talvez falasse: À homens e mulheres idiotas convém o silêncio...Mas parece que esses são os que mais falam...!
Beleza de resenha, bem "bolada"...
Beleza de faixa...
Aproveito para lamentar a morte de José Mindlin. É preocupante e triste ver desaparecer uma figura de tamanho valor e ver prosperar incessantemente (parece erva daninha!)coisas (seres ?) absolutamente idiotas, burras, grosseiras, em todos os campos...
Procurar um canal de tv.com alguma programação assistível, é um passeio por um circo de horrores!!
Vai Mindlin,em paz!
Que gostoso, beijo.
Master Lester,
A harpa no jazz é algo raro. Não conheço a harpista resenhada, mas o selo jazzseen de qualidade (ótimo texto, bom humor e informação de primeira linha) me impele à busca de sua discografia (e gravar com Frank Wess e Roy Haynes não é prá qualquer um, não é mesmo?).
Há um disco do Kenny Dorham, chamado Jazz Contrasts, em que atua a harpista Betty Glamman, de formação clássica, mas que se enquadra como uma luva na sonoridade da banda, formada ainda por .
Grande abraço aos amigos e parabéns Mr. Lester. Filio-me ao pensamento da Internauta Véia (que nunca mais deu o ar de sua graça no jazz + bossa!!!!): homens e mulheres imbecis, calai-vos!!!!
Enquanto isso, morre Mindlin e a Folha, o Ig, o Terra, o G1 (isso prá falar nos portais ligados à "grande mídia") só noticiam Dourado e Eliézer - poide, Freud????
... Completando a informação, porque fui checar, prá não cometer erro: Sonny Rollins, Hank Jones, Oscar Pettiford e Max Roach completam o sexteto.
Me parece que a harpa é rara até na música classica...instrumento visualmente lindo, com som igualmente belo, tive o privilégio de ver e ouvir em apresentação na Sala Cecília Meireles, por ocasião do Festival Vila Lobos!
Harpa no Jazz, como nos brinda o Jazzseen, para mim é novidade , achei muito bonito o resultado...
Mais uma vez parabéns, Mr. Lester!
Jazzseen de luto: Mindlin e Cacau saíram da casa. Tristeza.
JL
Cala-te, John Lester!!!!!!
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