23/02/2010

Jazz na Caixa

CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA MOSTRA 'O JAZZ BRASIL' - Workshops e a diversidade de intérpretes marcam a segunda edição desse festival - Com patrocínio da Caixa Econômica Federal, a mostra 'O Jazz Brasil' é um festival de música brasileira que traz o panorama da música instrumental e cantada, baseada na improvisação e inventividade do jazz. Será uma oportunidade única para o público paulistano conhecer, no Grande Salão da Caixa Cultural São Paulo (Sé), os trabalhos solísticos de instrumentistas que muitas vezes são mais conhecidos como acompanhantes de cantores e cantoras importantes do país. Esse evento acontece entre os dias 23 de fevereiro e 06 de abril de 2010, às terças-feiras, em dois horários (19 e 20h). Por todo o mundo acontecem festivais de jazz similares, onde é possível celebrar o momento pelo qual o gênero pode ultrapassar fronteiras, incorporar sotaques e transformar-se em um novo fazer musical. Esse projeto surge em um momento de iniciativa e demonstração do panorama musical e instrumental que promove a união de novos talentos e referências musicais consolidadas na música brasileira. Será uma oportunidade em que o público entrará em contato com músicos de notória importância, e outros que demonstram trilhar caminhos sólidos, porém questionadores. Por tantas mudanças sociais deflagradas por ingredientes tecnológicos que parecem ser tão pragmáticos, propor ao ouvinte um formato musical, de características opostas ao descrito, com exercícios instantâneos de criação, arranjo, timbre e poesia, indubitavelmente significa um convite à reflexão.



Programação:



Praticatatum 23/02 às 19h

Marlui Miranda 23/02 às 20h

Martini Blues 09/03 às 19h

Vanessa Jackson 09/03 às 20h

Lauro Lellis 23/03 às 19h

Banda Savana 23/03 às 20h

Sóprosbatuqueiros 06/04 às 19h

Léo Gandelman 06/04 às 20h



Workshops:

- Nos dias 09/03 e 06/04, às 15h

- ministrante: percussionista / vibrafonista Arlen Ribeiro (curador da Mostra O Jazz Brasil)



Sobre os artistas:

Praticatatum - 23/02 - 19h

O nome Praticatatum é decorrente da tentativa de expressar silabicamente o som de alguns instrumentos de percussão, tais como bumbo, surdo, caixa e pratos. Pra- seria a tradução do som da apogiatura na caixa, Ti- um leve toque no prato, Ca- um toque simples na caixa e Tum- uma batida no bumbo ou surdo. A apresentação será composta por 35 crianças e adolescentes carentes que residem no distrito Raposo Tavares, região oeste de São Paulo. Mas o projeto conta com a participação de mais 160 estudantes que fazem parte deste projeto. O projeto tem como proposta desenvolver, por meio da prática musical, as habilidades artísticas e intelectuais dos jovens participantes. O conhecimento musical conduz ao pensamento crítico e proporciona a seus envolvidos o contato com uma nova realidade repleta de manifestações culturais. Atualmente, o grupo incorporou outros instrumentos, além dos de percussão: o teclado, a flauta-doce, o cavaquinho, violão, o Disc Jockey (D.J.), a guitarra, o contrabaixo, o trumpete, o cornet, a tuba, o bombardino, o saxofone, o trombone e o xilofone.

Marlui Miranda - 23/02 - 20h

Nascida em Fortaleza e criada em Brasília, mudou para o Rio de Janeiro na década de 70 e estudou violão clássico com professores renomados como Turíbio Santos, Paulo Bellinati e outros. Tocou com Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Jards Macalé, e em 1979 lançou o disco "Olho d'Água". Compôs trilhas para cinema e teatro e atua também como compositora. Suas músicas já foram gravadas por Ney Matogrosso, Sá & Guarabyra e outros. A partir da década de 70 passou a pesquisar e estudar a música dos índios brasileiros, atividade a que se dedicou por diversos anos. Ganhou bolsa de uma instituição nova-iorquina e realizou um projeto de preservação e recriação da música indígena da Amazônia brasileira. Com esse trabalho atuou como consultora de música indígena em filmes e eventos, gravou discos para o Brasil e para o exterior e produziu espetáculos, como a missa indígena criada a partir de músicas de tribos e apresentada na Catedral da Sé, em São Paulo, em 1997, com a participação de orquestra jazz sinfônica e coral. Em 1998 participou do disco "O Sol de Oslo", com Gilberto Gil, Bugge Wesseltoft, Trilok Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti. Em 2009, Marlui participou de turnê com o The Ripple Effect e o lendário baterista Jack Dejonnette. Atualmente, além de seu trabalho solo, Marlui desenvolve trabalhos com o grupo Anima.

Martini Blues - 09/03 - 19h

Músico profissional desde os 17 anos, Martini já ultrapassou a casa dos trinta na estrada. Percorreu o mesmo caminho que seus ídolos: New Orleans, Chicago, New York. Brasileiro, viveu como um autêntico músico local, tocando em bares e clubes para refinar a técnica da voz e de sua guitarra. Estamos falando de um legítimo blues-man e mestre no swing originário de New Orleans, tocando sem a utilizaçao da palheta. Sua musicalidade foi influenciada por Robert Johnson, Big Bill Broonzy, Count Basie e Joe Turner. Apreciaremos uma apresentação repleta de swing e sutileza que poucos conseguem expressar.

Vanessa Jackson - 09/03 - 20h

Garota de origem humilde e criada num conjunto habitacional paulista, nasceu numa família de músicos. Seu tio, o pianista de samba jazz Dom Salvador, despertou nela o interesse pela música e aos treze anos já atuava como cantora em bares e restaurantes de São Paulo. Desde então passou a ser backing-vocal dos grupos Art Popular, Soweto e Wilson Simoninha. Foi eleita com 18 milhões de votos a melhor cantora do programa FAMA da Rede Globo de Televisão e isto proporcionou a gravação de seu primeiro disco solo na cidade de Los Angeles (Estados Unidos). Em seguida excursionou pela Europa, obtendo muito prestígio. Já cantou ao lado de Jimmy Cliff, Youssou N`Dour, Araketu, Roberto Carlos, Dog Murras, Erica Nelumba, Shaggy, entre outros. Neste show para a Mostra 'O Jazz Brasil' promete muito swing, energia e sofisticação. Não percam essa que uma das melhores revelações no canto da música brasileira.

Lauro Lellis Quarteto - 23/03 - 19h

Natural de São Paulo, é um dos melhores bateristas do Brasil e, com uma intensa experiência nacional e internacional, traz consigo a tradição e o swing da bateria brasileira, além da expressão artística. É também reconhecido como excelente professor e trabalhou com diversos artistas da MPB: Martinha, Miriam Batucada, Tetê da Bahia, Amelinha, Elba Ramalho, Djalma Dias, Vicente Barreto, Jarbas Mariz, Zé Miguel Visnick, entre outros. Desde 1990 atua com o cantor e compositor "Tom Zé". Apresenta-se nos principais palcos do mundo: Heineken Concert, Rock in Rio III, Mostra de Música Brasileira-Zurich, Mostra de Música Latina "Queen Elizabeth Hall" ( Londres), Moma - (Museu de Arte Moderna) - (New York ) Summerstage - Central Park - (New York - U.S.A), Du Morrier Jazz Festival - (Vancouver, Edmonton, Toronto, Montreal, Sask (Canadá), Drum Rhythm Fest Amsterdã - (Holanda), Expo 98 - Lisboa - (Portugal), Ruhrfestspiele - Recklinghausen - (Alemanha), "Trama Show Case"- L'Europeen - Paris (França), Fest. "Jazz en Vienne" , 39º Festival de "Jazz de Montreux" - Montreux Fest. "Tropicália" - Barbican Center - Londres, Fest. Spoken Word - Gijón, Sons da Diversidade - Santiago de Compostela. Será uma experiência rítmica inesquecível!

Banda Savana - 23/03 - 20h

Com 21 anos de estrada pelo Brasil afora e no exterior, esta banda fundada em 1988 e sustentada por 19 competentes músicos, sob o comando do trompetista, arranjador e maestro José Roberto Branco, já traçava um caminho: fazer música instrumental para concertos, divulgando, genuinamente, nossa música brasileira, com temas conhecidos e de criação própria. Em pouco tempo, tornou-se reconhecida por brasileiros e estrangeiros, como uma super big band brasileira, graças à sua original apresentação e seus inusitados arranjos. BANDA SAVANA é considerada a "mãe" de muitas outras bandas instrumentais brasileiras, que vieram depois, pois nela, qual celeiro de estrelas, passaram grandes músicos, que despontam em outras bandas conhecidas em nosso país. Em sua trajetória, a BANDA SAVANA já se apresentou nos mais importantes centros culturais de São Paulo e do Brasil. Sua música é tocada nos países da Europa e Japão. Também realizou diversos programas de TV e de Rádio, com destaque para o projeto Memória Brasileira - Arranjadores, apresentando a música de Pixinguinha ao lado de Moacir Santos, Eumir Deodato, Duda do Recife e Cipó, em concertos gravados ao vivo pela RTC, Rádio Televisão Cultura. Para 2010, um novo CD, o terceiro, já está sendo planejado pelo maestro Branco, sempre em evidência, o melhor da nossa Música Brasileira.

Orquestra Sóprosbatuqueiros - 06/04 - 19h

A orquestra é liderada pelo percussionista Arlen Ribeiro, que toca um repertório de canções brasileiras e latinoamericanas. Participam deste projeto importantes músicos paulistas, com seus estilos variados fazendo a diferença! É um privilégio assistir a tantos músicos juntos com uma notória excelência musical. Os músicos desta orquestra individualmente participam de diversos projetos com artistas extremamente renomados nacionais e internacionais. O som desta moçada nos aproxima dos grandes compositores de modo muito peculiar, haja vista o nome desse grupo, bastante sugestivo, que decorre do modo como os arranjos são elaborados, muito percussivos. Esta é uma oportunidade de conferir uma música feita de forma coletiva, com muita energia, improvisos e criatividade.

Léo Gandelman - 06/04 - 20h

Saxofonista, produtor, compositor e arranjador, a música sempre esteve presente na vida de Leo Gandelman. Filho de uma pianista clássica e de um maestro, aos 15 anos já era solista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Além da sólida formação clássica, estudou no Berklee College of Music, nos Estados Unidos, regressando ao Brasil em 1979 para dar início à carreira profissional. Seu trabalho também foi lançado com grande sucesso nos Estados Unidos, onde Leo desenvolveu uma carreira notável na última década, com direito a seis temporadas de casa cheia no Blue Note de Nova Iorque. Com o trânsito fluente entre o Jazz e o clássico, participou como solista - em 2001 - dos concertos da Orquestra Sinfônica Brasileira no Lincoln Center e no Central Park. Voltando ao Brasil, Gandelman também foi solista da Orquestra Sinfônica da Bahia e de Ribeirão Preto (SP), entre outras, interpretando a Fantasia de Villa Lobos para Sax Soprano e Orquestra e o Concertino para Sax Alto, de Radames Gnatalli. O mesmo repertório o levou à Sala São Paulo, onde se apresentou com a OSESP em 2003, sob a regência do maestro John Nashling. Em 2004, Leo Gandelman foi solista convidado da Orquestra Sinfônica de Brasília, no Concerto da Independência, com um repertório de músicas brasileiras para o presidente Lula e convidados do governo. E em 2006 gravou um CD/DVD com a Orquestra Sinfônica da Petrobrás, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, do Concertino de Radamés Ganattali, que foi lançado pela Rádio MEC. Leo já gravou dez discos ao longo de sua carreira solo, tendo vendido mais de 500.000 cópias. Nos últimos anos tem realizado workshops e participado de diversos festivais em todo o país. Com o CD "Radamés e o Sax", Leo Gandelman ganhou o prêmio TIM 2007 como "Melhor Disco Instrumental" e "Melhor Produtor". Atualmente, o artista se dedica ao lançamento do novo projeto, em CD e DVD, "Sabe Você", pela EMI Music Brasil, numa linda releitura de baladas brasileiras contando com participações especiais de grandes nomes da MPB como Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Leny Andrade, Ney Matogrosso, Joel Nascimento e Leila Pinheiro.

SERVIÇO:

Entrada: franca (os ingressos poderão ser retirados na bilheteria com uma hora de antecedência)

Capacidade: 100 lugares

Recomendação etária: livre

Patrocínio: Caixa Econômica Federal