09/05/2011

Lenda viva - Max Bennett

São raríssimas as fontes virtuais ou escritas sobre o contrabaixista Max Bennett. Nem mesmo o excelente livro West Coast Jazz, do respeitável historiador Ted Gioia, faz qualquer referência a este músico nascido em Des Moines, Iowa, no dia 24 de maio de 1928 e, salvo prova em contrário, ainda vivo. Após tocar trombone e guitarra na adolescência, Max dedica-se ao contrabaixo. Após trabalhar com Herbie Fields, Georgie Auld, Terry Gibbs e Charlie Ventura, em 1951 alista-se nas Forças Armadas, dando baixa em 1953. Após integrar a banda de Stan kenton entre 1954 e 1955 e participar das formações que tornariam legendário o clube Lighthouse, Max fixa-se definitivamente em Los Angeles. Depois de algum tempo com a cantora Peggy Lee, em 1957 Max passa a acompanhar Ella Fitzgerald, com quem tem oportunidade de participar das famosas turnês da JATP - Jazz at the Philharmonic. Nas décadas de 1960 e 70, atua intensamente como músico de estúdio, passando a tocar principalmente o contrabaixo elétrico, além de participar de diversos projetos, trabalhando com a cantora Joan Baez, Quincy Jones, Tom Scott e seu conjunto fusion L.A. Express, o cantor pop Joni Mitchell, Frank Zappa, Crusaders e Aretha Franklin. Na década de 1980, além de participar da banda de Victor Feldman, Max forma seu próprio conjunto, o Freeway, do qual também é rara qualquer informação.

Para os amigos, ficam as faixas Jeepers Creepers, I'll Never Smile Again e Blues, retiradas do álbum Max Bennett Plays, lançado pela Bethlehem. Com Max estão Frank Rosolino (tb), Charlie Marinao (as), Claude Willamson (p) e Stan Levey (d).  



Lighthouse Café
   

12 comentários:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Prezado JOHN LESTER:

Tampouco o "West Coast Jazz" do francês Alain Tercinet dedica o espaço devido a Max Bennett (apenas 01 única indicação quando se refere à formação da gravação de "Coop! - The Music Of Bob Cooper" de 1957).
Todavia cito 02 obras com verbetes a ele dedicados: (01) "Gran Enciclopedia del Jazz", editora SARPE, 1980, Madrid (verbete pequeno) e (02) "Dictionnaire du Jazz", Philippe Carles / André Clergeat / Jean-Louis Comolli, 1988, Paris (verbete um pouco mais alentado).
Ainda assim muito pouco para um músico que nos legou bela obra, como líder ou "sideman".
Dessa forma sua postagem torna-se importante pelo resgate da memória musical de um MÚSICO.
Excelentes as faixas postadas com um time de craques; grato pela música.

Internauta Véia disse...

Gostei muito das músicas, excelente para "fechar" a noite...

John Lester disse...

Prezado Mestre Cardoso, fiz o que pude com o The New Grove Dicitionary e com o All Music Guide, fontes confiáveis que já tive oportunidade de recomendar aos amigos

Sim, Mrs. Véia, boa música para terminar, prolongar ou iniciar a noite, o dia ou a tarde.

Grande abraço, JL.

Marceli disse...

Parabéns pelo blog! Gostei muito.

Ótima terça-feira.

Marceli
http://dicadelivro.com.br/

PREDADOR.- disse...

Olha a Zebra aí Bororó!! Quando menos se espera, aparecem as indicações de músicos pouco conhecidos, mas que tiveram uma participação efetiva no jazz, especialmente nos anos 50. Boa lembrança do Bennett mr.Lester, resgatando um baixista da "west coast", sempre muito técnico e eficiente, com poucas gravações como líder, tendo ótimas participações, como side man, em gravações citadas por você nesta resenha, e, pricipalmente com os grupos de Charlie Mariano e Stu Williamson, em 53/55/56.

Danilo Toli disse...

Muito bom!

Andre Tandeta disse...

Mr. Lester,
excelentes, tanto o texto quanto as musicas escolhidas.
Apenas uma correção : Joni Mitchell é uma cantora. Nascida no Canada mas com longa carreira nos Estado Unidos. Ha inclusive um disco de Herbie Hancock dedicado a suas composições,"River, the Joni letters".

olmiro muller disse...

Max Bennet é verbete, embora resumido, da "The Biographical Encyclopedia of Jazz", 1999, de Leonard Feather & Ira Gitller. Feather faleceu em 1994, mas legou um precioso arquivo para Gitller concluir a obra.

Rogério Coimbra disse...

Sou fan de Max Bennet que conheci primeiro como baixista pop, de Joni Mitchell, fazendo uma dobradinha fantástica com John Guerin. Busquei-o depois no acústico, comprovando sua sonoridade firme & forte, com a suavidade da brisa do Pacífico.

Andre Tandeta disse...

Mr. Lester,
excelentes texto e musicas.
Só uma pequena correção : Joni Mitchell e´uma compositora e cantora canadense que vive e trabalha ha muitos anos nos Estados Unidos sendo bastante conhecida por seus trabalhos com musicos de jazz como Herbie Hancock e Wayne Shorter.

Anônimo disse...

muito bom.

pituco disse...

master lester,

piramidal...

abraçsons