30/05/2011

O jazz morreu - Chris Lightcap

Nascido em 1971, na cidade de Latrobe, Pennsylvania, Chris Lightcap começou a estudar o piano aos oito anos, passando para o violino aos nove e para o contrabaixo elétrico aos quatorze, agora como autodidata. Embora tocasse música clássica com seu violino, Chris atuava também no contexto do rock e do jazz com seu contrabaixo e, ainda na adolescência, passa a tocar o contrabaixo acústico. Ingressando no Williams College, recebe aulas de Cameron Brown e Milt Hinton, dois consagrados contrabaixistas de jazz. Durante um semestre, Chris estuda na Wesleyan University, onde recebe lições do baterista Edward Blackwell. Após a graduação, parte para New York, onde se estabelece e inicia uma série de colaborações com músicos locais, atuando como sideman, compositor, músico de estúdio e líder de seu próprio quarteto, o Bigmouth, cujo álbum de estréia, Lay-Up, de 2000, foi muito bem recebido pela crítica. Entre os músicos que já contaram com seus serviços, vale destacar Marc Ribot, Regina Carter, Craig Taborn, Mark Turner, John Scofield, Dave Liebman, Paquito D'Rivera, Joe Morris,  Sheila Jordan, James Carter, Butch Morris, Ben Monder e Tom Harrell.

Ben Ratliff, o respeitado crítico do New York Times, certa vez disse que Mr. Lightcap é um dos poucos músicos em atividade capazes de dividir seu trabalho entre aquilo que se denomina avant garde jazz e mainstream jazz. De fato, se toda sua habilidade técnica enfrenta facilmente qualquer desafio que lhe possa ser imposto pelo Post Bebop, sua criativa curiosidade tem mantido vivo seu interesse pelo jazz de vanguarda, daí já ter atuado também com músicos como Cecil Taylor e Archie Shepp.

Para os amigos, a faixa Platform , retirada do álbum Deluxe, lançado em 2010 pelo louvável selo Clean Feed. Com Chris estão Chris Cheek e Tony Malaby (ts), Craig Taborn (Wurlitzer electric piano) e Gerald Cleaver (d). 


10 comentários:

Grijó disse...

Esse eu não conhecia, de modo que adentrar estas páginas quase sempre redunda em aprender.

Gostei por demais do som limpo do sax tenor (não sei qual dos dois, mas o que entra no tema primeiro).

E que capa, hem?!

Grande abraço, amigo.

Salsa disse...

A levada da batera é muito interessante. Tema com bom mix de influências. É bom saber que ainda se faz muita coisa boa. Valeu, Lester.

thiago disse...

sinistro

Rogério Coimbra disse...

Sir Lester,

Sempre com as novidades.
Gostei da capa.

Podia mostrar mais umas faixinhas para melhor entender essa fusion, afinal, uma dica de qual é a do Lightcap.

um abraço.

John Lester disse...

Prezados amigos, obrigado pelas calorosas admoestações. E prezado Mr. Coimbra, em conversa com Mr. Lightcap, prometi colocar apenas uma faixa, assegurando assim que a curiosidade sobre o álbum permaneça.

Grande abraço, JL.

Vagner Pitta disse...

Muito legal esse som: é contemporâneo; é o chamado "post-bop" como bem ressaltou Mr. Lester. Eu já tinha ouvido uma faixa na NPR, onde esse disco foi relacionado como um dos 10 melhores de 2010, segundo o canal. Agora, ouvindo de novo, deu vontade de adquirí-lo e resenhá-lo lá no meu cafofo também.

Valeu pela dica, Mr. Lester! Abraço a todos!

PREDADOR.- disse...

Um disco onde os "caras" gostam mais da capa, quer dizer que o conteúdo do mesmo deve ser uma droga. Fusion, postbop, Lightcap ? Que é isso? Jazz? NUNCA

John Lester disse...

Calma Predador, calma. Disseram o mesmo do Swing, do Bebop e da Fusion...

Grande abraço, JL.

Sergio disse...

Ah, eu tbm vou querer o disco do carrinho...

Sergio disse...

Ah, eu tbm vou querer o disco do carrinho...