Uma das primeiras tentativas, senão a primeira, de produzir som ambiente foi o denominado sistema quadrifônico (quadraphonic), ou estéreo 4.0, onde quatro canais estéreos, dois esquerdos e dois direitos, tentavam recriar artificialmente as condições originais de áudio havidas em concertos, apresentações, shows ou mesmo em estúdios de gravação. O alto custo e a complexidade do sistema concederam ao projeto um imediato fracasso comercial, sendo rapidamente abandonado pelas boas gravadoras que chegaram a adotá-lo durante um breve período da década de 1970, como a Fantasy, a Atlantic e a Nonesuch. Álbum estranhíssimo foi lançado em 1974 pela RCA: além de ter sido gravado com a tecnologia quadraphonic, o álbum Let It Happen utilizou um quarteto de piano jazz. Para aqueles que, como nosso guru John Lester, sempre olham desconfiados para os piano jazz duets, imagine um quarteto martelando 352 teclas concomitantemente! A princípio, é natural esperarmos aquela rica salada de notas e estilos que, quase sempre, caracterizam tais experiências, em geral mal sucedidas. Este não foi o caso aqui. Reunindo quatro exímios pianistas de jazz, o produtor Ettore Stratta realizou a façanha de reunir dez faixas, todas gravadas em primeiro take, sem utilizar qualquer efeito para retocá-las, o que é muito comum nestes casos.
Além de extremamente competentes, todos os pianistas que participam do álbum trabalharam, cada um a seu tempo, com Bennie Goodman: Dick Hyman, Marian McPartland, Holand Hanna e Hank Jones. Embora o álbum suingue durante todo o tempo, resta clara a influência da música clássica, notadamente a da Escola Francesa liderada por Debussy. Conquanto originalmente dedicado à experiência quadrifônica, o álbum foi lançado também em dois canais, constando Hyman e McPartland no canal esquerdo e Hanna e Jones no direito. Para quem não tiver a versão quadrifônica, será sempre um desafio identificar quem é quem em cada canal. Para os amigos, o álbum integral, em sua versão estéreo. Boa audição!
1 Lover, Come Back to Me 2:22Além de extremamente competentes, todos os pianistas que participam do álbum trabalharam, cada um a seu tempo, com Bennie Goodman: Dick Hyman, Marian McPartland, Holand Hanna e Hank Jones. Embora o álbum suingue durante todo o tempo, resta clara a influência da música clássica, notadamente a da Escola Francesa liderada por Debussy. Conquanto originalmente dedicado à experiência quadrifônica, o álbum foi lançado também em dois canais, constando Hyman e McPartland no canal esquerdo e Hanna e Jones no direito. Para quem não tiver a versão quadrifônica, será sempre um desafio identificar quem é quem em cada canal. Para os amigos, o álbum integral, em sua versão estéreo. Boa audição!
2 Maiden Voyage 3:55
3 Let It Happen 4:21
4 Watch It! 3:03
5 Here's That Rainy Day 4:43
6 Variations on Scott Joplin's"Solace" 3:38
7 You Are the Sunshine of My Life 3:45
8 Improvviso [Based on a Fragment by Erik Satie] 6:48
9 Warm Valley 3:38
10 How High the Moon 3:00
Canal Frontal Esquerdo: Dick Hyman
Canal Traseiro Esquerdo: Marian McPartland
Canal Frontal Direito: Hank Jones
Canal Traseiro Direito: Roland Hanna
11 comentários:
Bela resenha amigo. Grande abraço, JL.
Adoro, adoro, adoro piano!!!
Lindíssimo disco!
Amei!
Bom saber que o Jazzseen permanece ativo. E em razoável forma. Parabéns pelo belo serviço.
bizarro
Lindo o seu blog, beijo!!!
quatro pianos...e cada um num canal...pena que não dá pra se ouvir separadamente...
master lester,
depois de tua última longa e indigesta postagem, fiquei de mal...rs
abraçsonoros
Excelente postagem com música da mais alta qualidade, por 04 MESTRES (01 deles MESTRA) em plena forma.
Grato pela música ! ! !
Prezados amigos, cabe lembrar que o penúltimo texto aqui postado é de autoria do amigo Reinaldo Santos Neves, um grande conhecedor de jazz.
Mr. Scardua,
Bom saber que na ausência do Capitão Lester você se mantém como um timoneiro de rara habilidade.
Não conhecia esse disco, mas vou procurar "pelaí".
Abração!
Ó povo do Jazzseen, quanta incoerência!
Enquanto aqui dedicou-se 30 páginas pra falar mal de um miles só, mestre érico reservou uma e meia lauda, no máximo, pra discorrer sobre um trompetista, bem melhor, que de tão mas, tão esquecido, levaram uma semana só pra descobrir-lhe o corpo já "naquele estado" estendido num pequeno apartamento em Amsterdan. Ô, mr. Lester, d um pulinho lá e façamos justiça aos injustiçados, né?
Já já passamos por lá Mestre Sônico.
Grande abraço, JL.
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