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Alguns visitantes do blog, em sua maioria anônimos por motivos óbvios, têm manifestado sua repulsa figadal à sanfona e às meninas que dançam o tango. Tadinha da sanfoninha: nenhum instrumento traz em si a musicalidade assim como nem toda moça nasce sabendo dançar o tango. Caberá ao músico dar vida e sabor às mesmas. No caso específico do instrumento seriam inumeráveis os exemplos de perícia, beleza, swing e improviso emprestados ao jazz por esse à primeira vista quão assustador instrumento. Exemplo imediato que vem à mente é a colaboração do levado sanfoneiro Richard Galliano ao Projeto Cigano do violeiro Biréli Lagrène, ex-criança prodígio e atualmente um mestre maior do violão cigano. As colaborações animadas e cheias de inteligência e alegria entre Lagrène e Galliano podem ser conferidas em alguns dvd's, o que dá ainda mais cor ao som desses dois incríveis músicos. De quebra, no dvd abaixo, você ainda conta com a participação do neto de Django. Vá, ditadura cruel do anonimato: permita às meninas dançarem o tango !!!.
10 comentários:
Quer dizer então que este blog despreza as minorias ? Eu odeio mesmo sanfona e meninas que dançam tango ! Seus tolos !
A sanfona bem tocada até passa.
Foi assim até mesmo com o saxofone. O instrumento era esquisito pacas e, no jazz, poucos se atreviam a tocá-lo. Apenas com Coleman Hawkins a coisa melhorou.
Parabéns pelo blog.
Mairício Torres - SC
Esse Lester é rancoroso, mesmo. Não gosto do Kung Fu Sanfoneiro e pronto. Gostaria, aliás, de votar naquele disco chatíssimo do milongueiro argentino e do batítono ianque (fiquei uma temporada sem ouvir mulligan por causa daquilo) na categoria disco "que só cabeção metido a erudito diz gostar".
Você tem razão, Lester. O jazz morreu (o cadáver desapareceu por motivos óbvios: tem uns carcamanos [eles se encarregaram de esconder o defunto] sapateando sobre o seu legado e querendo para si o nome de jazzistas).
Dizem que o improviso do jazz tem muito a ver com o improviso da música flamenga. Os especialistas do blog dizem o que a respeito ?
Improviso sempre existiu entre músicos que conhecem seus instrumentos,não é um mérito exclusivo do jazz. O lance é que, no jazz, parece-me, ele é fundamental.
Bem, prezado Neves, depois das palavras de Salsa pouco resta a acrescentar. Mas entendo, com Gunther Schuller, que o improviso na música flamenga se dá principalmente a nível melódico, com improvisos que alteram, decoram e embelezam a melodia tema. Já o improviso na música afro-árabe, o improviso acontece sobretudo a nível rítmico e microtonal. Mas, teoria é teoria: sempre há uma para você mesmo.
Quando é que vcs vão parar de falar sobre música flamanca e começar a falar sobre jazz nesse bolg ???
John, vc. ñ. se enganou no comentário acima?
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