Estou nas letras b e c. Depois da cantora, o saxofonista. Apesar do sobrenome em comum - Carter - eles não devem ser parentes. Benny Carter, nascido em 8 de agosto de 1907 e falecido em 12 de julho de 2003, é um dos mais importantes capítulos do jazz (o seu trajeto já seria suficiente para incluí-lo no rol dos maiorais: tocou durante oitenta anos). Na era das big bands foi uma figura sempre presente e reconhecido pelos seus arranjos inusitados e envolventes. Mas, como já disse antes, eu prefiro o bom e velho combo. E aí o velho Benny mostra o seu outro lado: o sopro primoroso unido à especial capacidade de improvisação. Fica difícil destacarmos quaisquer de seus discos para tecermos comentários sobre sua obra. Pego, pois, o primeiro ao alcance das mãos: Benny Carter Four: Montreux 77. Cortejado por Ray Briant (p), Niels Pedersen (b) e Jimmie Smith (b), o saxofonista reedita clássicos do jazz com a pujança que lhe é peculiar. Gostaria, no entanto, e com a licença do grande Carter, de destacar a performance do Baixista europeu (essa vai pro navegante que votou nos solos de baixo para o Jazz Air Musicians Awards) especialmente em On green dolphin street: a gente chega a sentir o cheiro de fumaça ocasionado pelo atrito dos dedos com a corda do instrumento, apesar do solo ser relativamente curto (bom senso do músico?). Se não ouviu, ouça.
22/05/2006
Jazzista de carterinha
Estou nas letras b e c. Depois da cantora, o saxofonista. Apesar do sobrenome em comum - Carter - eles não devem ser parentes. Benny Carter, nascido em 8 de agosto de 1907 e falecido em 12 de julho de 2003, é um dos mais importantes capítulos do jazz (o seu trajeto já seria suficiente para incluí-lo no rol dos maiorais: tocou durante oitenta anos). Na era das big bands foi uma figura sempre presente e reconhecido pelos seus arranjos inusitados e envolventes. Mas, como já disse antes, eu prefiro o bom e velho combo. E aí o velho Benny mostra o seu outro lado: o sopro primoroso unido à especial capacidade de improvisação. Fica difícil destacarmos quaisquer de seus discos para tecermos comentários sobre sua obra. Pego, pois, o primeiro ao alcance das mãos: Benny Carter Four: Montreux 77. Cortejado por Ray Briant (p), Niels Pedersen (b) e Jimmie Smith (b), o saxofonista reedita clássicos do jazz com a pujança que lhe é peculiar. Gostaria, no entanto, e com a licença do grande Carter, de destacar a performance do Baixista europeu (essa vai pro navegante que votou nos solos de baixo para o Jazz Air Musicians Awards) especialmente em On green dolphin street: a gente chega a sentir o cheiro de fumaça ocasionado pelo atrito dos dedos com a corda do instrumento, apesar do solo ser relativamente curto (bom senso do músico?). Se não ouviu, ouça.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Eu disse quase todos. Até em alguns discos de Mingus o baixo anda meio sumido (coisa da engenharia de som). Tem discos do Pedersen com Oscar Peterson que é possível ouvir o baixista destruindo.
Não sei quem é mais chato: se o bombaixista gaúcho ou o solo de contrabaixo. Infelizmente algumas pessoas que o double bass é apenas o aperfeiçoamente do bumbo, um dos instrumentos mais estúpidos da face da Terra. Toda essa estória de transformar bumbo ou contrabaixo em instrumento melódico é uma grande asneira: por isso o jazz morreu e as sinfônicas européias estão agonizando. Viva a geração gênio de Carlinhos Brown !!! Parece mesmo que o fim está próximo.
Pôxa, baixo é lindo, não pode faltar no jazz, só de mansinho!
Prezado Salsa, grande lembrança a sua. Tomei a liberdade de fofocar mais um pouco sobre o grande Carter, ok ?
Abraços, JL.
Postar um comentário