Dizem por aí, corrijam-me se estou errado, que o velho Louis Armstrong estava cantando e esqueceu a letra e, como ele não era de deixar a peteca cair, começou a sapecar um scubidubidubimbau para substituir a lacuna da memória. Resultado: criou-se o scat. A partir de então tudo que é cantor tem que inventar um scat no meio da música. Até que o lance é divertido quando o cantor ou cantora não entra numa de ficar horas no tatibitati (ouçam aquele disco do Corea e Macferrin- arre!). Pois é isso que acontece no disco The audience with Betty Carter: a cantora (dona de uma bela voz, diga-se de passagem) fica quase meia hora vociferando em diversas matizes logo na primeira faixa do disco 1. Se você, caro navegante, não ligar para esse lance poderá ouvir o finado John Hicks tocar o seu eloqüente piano com a força de sempre. Aliás, o trio é bastante bom: segura qualquer onda - além de Hicks, lá estão Curtis Lundy e Kenny Washington para garantir as travessuras da Betty (o trio lembra aquela rede do circo pronta para salvar a trapezista) . E tome baritchumtau-poupá-béribim-sssiiiiim pô-pôô-pôôô BIRAU!
6 comentários:
Grande Salsa, nada como passar a ouvir a única cantora de jazz que conheço: Billie Holiday. Nela não existe essa conversa fiada de scat. Com ela é só música estupidamente bela. Para mim ela é única. Fica a idéia.
JL
Joga a Betty no lixo ? Brigadu.
Não sei se vocês aí do blog estão sabendo, mas o John Hicks morreu agora em maio. Menos um pra diveritr a gente.
Ô Maurício, no texto o Salsa fala no "finado" Jonh Hicks, prestatenção!
Essa tal de Alexandra parece até minha vó. Eta véia brigona gente.
morreu e estamos devendo uma homenagem ao pianista. Lester disse que escreveria um texto e até agora, nada!
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