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Toda copa tem sua cena marcante. Tecnocrata ou não o futebol francês, minha cena predileta foi o chapéu que Zidane deu em Ronaldo. O carrasco francês, pela segunda vez, mostra que o Brasil não anda mal apenas no campo político. Reflexo direto da corrupção moral que assola o país, a seleção demonstra o quanto o brasileiro ainda acredita em duendes. Ronaldos, Cafus, Robertos Carlos, Adrianos, Emersons e muitos outros elfos não resistiram à tranqüilidade burocrática do maestro Zidane que, com a categoria dos alquimistas, brincou de bruxo com nossos craques imaginários. Passeando pelo campo, o francês queria jogar bola mas, ao que tudo indica, nossos jogadores estavam mais preocupados em posar para as câmeras ou não levar entre as pernas. Assim, jogando sozinho, a música de fundo ideal para a última derrota do Brasil para a França parece ser Goodbye Pork Pie Hat: o sonho morreu: Lester Young e Garrincha já não estão mais entre nós. No canto direito, no Jazzseen Jam Session, você ouve Charles Mingus dando seus dribles na Frankfurt de 1964, com Goodbye Pork Pie Hat, ao lado de Eric Dolphy (cl, as), Clifford Jordan (ts), Jaki Byard (p) e Danny Richmond (d). Esse time mostra que, quem sabe fazer, faz.
Toda copa tem sua cena marcante. Tecnocrata ou não o futebol francês, minha cena predileta foi o chapéu que Zidane deu em Ronaldo. O carrasco francês, pela segunda vez, mostra que o Brasil não anda mal apenas no campo político. Reflexo direto da corrupção moral que assola o país, a seleção demonstra o quanto o brasileiro ainda acredita em duendes. Ronaldos, Cafus, Robertos Carlos, Adrianos, Emersons e muitos outros elfos não resistiram à tranqüilidade burocrática do maestro Zidane que, com a categoria dos alquimistas, brincou de bruxo com nossos craques imaginários. Passeando pelo campo, o francês queria jogar bola mas, ao que tudo indica, nossos jogadores estavam mais preocupados em posar para as câmeras ou não levar entre as pernas. Assim, jogando sozinho, a música de fundo ideal para a última derrota do Brasil para a França parece ser Goodbye Pork Pie Hat: o sonho morreu: Lester Young e Garrincha já não estão mais entre nós. No canto direito, no Jazzseen Jam Session, você ouve Charles Mingus dando seus dribles na Frankfurt de 1964, com Goodbye Pork Pie Hat, ao lado de Eric Dolphy (cl, as), Clifford Jordan (ts), Jaki Byard (p) e Danny Richmond (d). Esse time mostra que, quem sabe fazer, faz.
13 comentários:
Se colocassem o Pelé no lugar de Ronaldo o jogo teria sido 3 X 1 para o Brasil. Craque? Aonde?
Zidane é a excessão à regra do futebol europeu. Ao escapar da burocracia, ele incorpora aquilo que a Europa sonha conseguir ao importar nossos jogadores (um sonho que em trinta anos pouco se realizou). Zidane foi mais brasileiro do que os brasileiros. Os nossos técnicos é que incorporam a tecnocracia e, imbuídos pelo poder depositado em suas tacanhas mãos, conseguem destruir a alma do nosso futebol. O único momento de indisciplina no time brasileiro, em todos os jogos, foi quando Lúcio tomou a bola de Emerson e partiu para o ataque e culminou no gol contra Gana. O beque teve que assumir o que os supostos maestros do time não tiveram coragem de fazer.
ô, Lester, parece que você colocou o disco errado. Essa não é Goodbye pork pie hat.
Salsa, não sendo especialista em Mingus, somente coloquei a música que consta como sendo Goodbye Pork Pie Hat, do cd de mesmo nome, Jazz Hour 75316, gravado em 1964 na Europa, com Johnny Coles (t), Dolphy, Clifford, Byard e Richmond. As outras duas versões que conheço, bem diferentes da que coloquei no Jazzseen Jam Session, são as dos lp's Ah Um e Three Or Four Shades Of Blues, ambas mais suaves e com andamentos mais lentos. Bem, se a versão de 29min de fato é ou não Goodbye Pork Pie Hat, não sei afirmar. Minhas orelhas dizem que é sim, embora numa levada bem mais veloz e super improvisada. Se você tem certeza que a faixa do Gramophone não é Goodbye, diz pra nós que faixa maluca é essa então rs.
Atenciosamente, JL.
Ô Salsa, exceção é com dois 's' mesmo ?
Editor Chefe.
Aquela, é. Na verdade, Zidane é uma essessão com quatro 's'
Essa é uma pergunta pro Reinaldo. Mas, para mim, essa faixa nunca foi Goodbye pork pie hat.
Nada como acordar e ouvir uma música cujo nome ninguém sabe qual é. Esse é o Jazzseen que eu conheço. Um local onde nem os editores se entendem.
Pois bem, consultei os alfarrábios e lá estava: So long Eric. Música criada por Mingus para a despedida de Eric Dolphy que estava abandonando a excursão na Europa. A maldição fica por conta de o saxofonista ter morrido pouco tempo depois (dois ou três meses, acho).
Mas afinal, que faixa é essa que está no jazzseen jam session?
So long Eric. Os editores do disco erraram o nome.
Prezado Carlos, houve de fato uma falha minha na edição. O álbum do qual retirei a faixa traz uma incorreção: ao invés de So Long Eric (nome correto da faixa), coloca Goodbye Pork Pie Hat. O álbum em questão é Goodbye Pork Pie Hat, da Jazz Hour. Para maiores detalhes ver os seguintes endereços: http://www.jazzdisco.org/mingus/dis/c/ . Lá você verifica que Mingus não gravou Goodbye Pork Pie Hat em nenhuma sessão de 1964.
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