
Estava eu com alguns créditos no sítio
emusic.com e, ontem, por lá passando, encontrei o disco
The blues: that's me! de um daqueles saxofonistas da velha-guarda que povoam a minha cedeteca:
Illinois Jacquet. O seu sopro é encorpado como aqueles vinhos que descansam por um bom tempo no barril e depois, já na garrafa, quando a abrimos, exala aquele bouquet revelador da excelente vidima da qual procede. No copo, percebe-se restos da uva sedimentadas ao fundo. Similar, no seu sopro, ao timbre rascante (presente com maior ou menor intensidade, dependendo do tema interpretado) que assinala a sua força.
Illinois Jacquet, acompanhado por
Wynton Kelly, pelo guitarrista
Tiny Grimes, pelo baixista
Buster Williams e pelo baterista
Oliver Jackson, aparece como a coluna central de um quinteto mágico. Seu estilo conjuga traços que tendem para o alto astral: percebe-se a inefável união do
Swing, do
Bebop e do
Rhythm & Blues. A faixa inusitada nesse disco é a interpretação de
"round midnight, na qual
Illinois arrisca no
fagote (você conhecia,
Lester?).
Deixarei no
gramophone by Salsa. Para mostrar o pique desse dinossauro do jazz, acrescentarei
a faixa
Everyday I have the blues. Rricomendo.
4 comentários:
Salsa véi, eu tenho esse disco há algum tempo. Aliás, um grande disco. Também recomendo.
Soubesse eu, economizaria uns caraminguás.
Nada como almoçar ouvindo o Jazzseen...
Delícia.
Valeu a experimentação no Bassoon, mas eu preferi o som do sax.
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