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Salvo engano, foi Jimmy Blanton, o baixista de Duke Ellington, quem, ainda nas décadas de 1920 e 30, começou a manusear o contrabaixo de forma menos convencional. Saturados daquela odiosa rotina de marcar o tempo de forma inexorável como o faziam as velhas tubas, os contrabaixistas passaram a inventar diversas aventuras rítmicas com as cordas de seus instrumentos, como foi o caso do famoso walking bass de Blanton. Mais adiante, nas décadas de 1940 e 50, surgem músicos que decidem investigar as possibilidades melódicas desse curioso e pesado instrumento. Scott LaFaro e Charles Mingus são os nomes que mais me impressionaram nessas pesquisas. Mingus, além disso, impôs um respeito pelo contrabaixo até então inédito no mundo saxofônico do jazz, muito disso em virtude de sua generosa e inigualável capacidade de compor. Dave Holland é da geração seguinte, daquela que herda toda essa rica experiência pela qual passou o contrabaixo, sabendo aliar desde o mais sedutor swing ao mais caótico free jazz, desenvolvendo ao limite a capacidade melódica de seu picaresco instrumento. Proprietário do mais significativo leque de composições desde Charles Mingus, Dave é, para mim, o mais importante contrabaixista do que se costuma denominar de neo bop, ou seja, desse estilo contemporâneo que entende e domina o idioma bop, mas que procura desenvolvê-lo em novos e comportados formatos. Dono de uma técnica precisa, Dave já tocou com figuras como Coleman Hawkins, Ben Webster, Joe Henderson, Thelonious Monk, Miles Davis e Sam Rivers. Preciso dizer mais para termos idéia da versatilidade desse músico? No Jazzseen Salad - acima, à direita - o argonauta mais curioso pode ouvir Dave em excelente companhia: Robin Eubanks (tb), Chris Potter (as, ts), Steve Nelson (vib) e Billy Kilson (d). Mande o saxofone marcar o tempo que o contrabaixo quer mais é fazer um solo. Boa audição!
Salvo engano, foi Jimmy Blanton, o baixista de Duke Ellington, quem, ainda nas décadas de 1920 e 30, começou a manusear o contrabaixo de forma menos convencional. Saturados daquela odiosa rotina de marcar o tempo de forma inexorável como o faziam as velhas tubas, os contrabaixistas passaram a inventar diversas aventuras rítmicas com as cordas de seus instrumentos, como foi o caso do famoso walking bass de Blanton. Mais adiante, nas décadas de 1940 e 50, surgem músicos que decidem investigar as possibilidades melódicas desse curioso e pesado instrumento. Scott LaFaro e Charles Mingus são os nomes que mais me impressionaram nessas pesquisas. Mingus, além disso, impôs um respeito pelo contrabaixo até então inédito no mundo saxofônico do jazz, muito disso em virtude de sua generosa e inigualável capacidade de compor. Dave Holland é da geração seguinte, daquela que herda toda essa rica experiência pela qual passou o contrabaixo, sabendo aliar desde o mais sedutor swing ao mais caótico free jazz, desenvolvendo ao limite a capacidade melódica de seu picaresco instrumento. Proprietário do mais significativo leque de composições desde Charles Mingus, Dave é, para mim, o mais importante contrabaixista do que se costuma denominar de neo bop, ou seja, desse estilo contemporâneo que entende e domina o idioma bop, mas que procura desenvolvê-lo em novos e comportados formatos. Dono de uma técnica precisa, Dave já tocou com figuras como Coleman Hawkins, Ben Webster, Joe Henderson, Thelonious Monk, Miles Davis e Sam Rivers. Preciso dizer mais para termos idéia da versatilidade desse músico? No Jazzseen Salad - acima, à direita - o argonauta mais curioso pode ouvir Dave em excelente companhia: Robin Eubanks (tb), Chris Potter (as, ts), Steve Nelson (vib) e Billy Kilson (d). Mande o saxofone marcar o tempo que o contrabaixo quer mais é fazer um solo. Boa audição!
4 comentários:
Voltou, garoto? Eu estava guardando uns discos do Holland para comentar mais tarde. Você sabe que eu sou meio invocado com esse troço de Big band, mas a de Holland é muito interessante. Depois, quem sabe, a gente deixa uns teminhas para divertir o povaréu internauta.
Salsa, estou aqui no n° 7 da Miguel Lemos. Ao fundo vejo e ouço o mar batendo no Pão de Açúcar. Vida difícil, eu sei, mas acho que sobrevivo rs.
JL.
Lester,
Sou tido como mingusófilo, mas não sou tiete. Tem disco de Mingus (exemplo: Tijuana Moods) que não quero nem de graça: Achiamé que o encare. Por outro lado, não hesito em dizer que o solo de Mingus em Haitian Fight Song (do disco The Clown, de, se não me engano, 1957), na minha opinião, é o solo de contrabaixo mais antológico da história do instrumento.
Pres,
prazer saber que está na área.
JL.
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