Percebo que será muito difícil falar dos grandes guitarristas do jazz em apenas uma semana. Usarei, então, o critério número um e mais simples: falarei daqueles camaradas que eu aprecio e tenho discos na cedeteca. Hoje, segundona, o astro escalado é Wes Montgomery. Como questionar a sua influência sobre os guitarristas contemporâneos? Impossível. É uma unanimidade. O som que ele tira com aquele dedão é impressionante. Aqueles que tiveram a oportunidade de assisti-lo em filmes ou ao vivo puderam constatar o seu jeitão de tocar - estilo que só pode ser criado por um autodidata, pois nenhum professor permitiria ao aluno usar a mão desse modo: ele apóia quatro dedos da mão direita no corpo da guitarra e usa o dedão (o famoso mata piolho) para dedilhar as cordas. Enquanto isso, a mão esquerda desliza em chords melodies (sempre com uma certa oitava soando) - aquele lance de solar com acordes. Já a sua pegada, desde os primeiros discos, tende para uma leitura funky do bom e velho blues. Simplesmente cativante. Dono de uma vasta discografia (eu possuo uns quinze), Wes Montgomery é, para mim, um daqueles catalogados como indispensáveis. Deixarei algumas faixas no Gramophone by Salsa.09/10/2006
jazz guitar player's week: 3 - Wes Montgomery
Percebo que será muito difícil falar dos grandes guitarristas do jazz em apenas uma semana. Usarei, então, o critério número um e mais simples: falarei daqueles camaradas que eu aprecio e tenho discos na cedeteca. Hoje, segundona, o astro escalado é Wes Montgomery. Como questionar a sua influência sobre os guitarristas contemporâneos? Impossível. É uma unanimidade. O som que ele tira com aquele dedão é impressionante. Aqueles que tiveram a oportunidade de assisti-lo em filmes ou ao vivo puderam constatar o seu jeitão de tocar - estilo que só pode ser criado por um autodidata, pois nenhum professor permitiria ao aluno usar a mão desse modo: ele apóia quatro dedos da mão direita no corpo da guitarra e usa o dedão (o famoso mata piolho) para dedilhar as cordas. Enquanto isso, a mão esquerda desliza em chords melodies (sempre com uma certa oitava soando) - aquele lance de solar com acordes. Já a sua pegada, desde os primeiros discos, tende para uma leitura funky do bom e velho blues. Simplesmente cativante. Dono de uma vasta discografia (eu possuo uns quinze), Wes Montgomery é, para mim, um daqueles catalogados como indispensáveis. Deixarei algumas faixas no Gramophone by Salsa.
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5 comentários:
Eu não conhecia esse tipo de música. Achei muito legal.
Continuem assim.
Cristina
Prezada Cristina,
Eu e Lester agradecemos a visita e esperamos continuar propiciando bons momentos regados a jazz para nossos visitantes.
Quanto ao vibrafone, eu concordo. Para mim, o melhor mesmo é o sax, mas a guitarra tem um lugar especial no meu coração. O fundamental é não perdermos de vista que essa estória do gosto é muito particular. A política do blog é tentar, na medida do possível, passar alguma informação (mesmo que, no meu caso, mais impressionista do que histórica e técnica) sobre os músicos que cuja discografia esteja ao nosso alcance. Assim sendo, continuarei seguindo o meu plano de vôo, que prevê muitos guitarristas para esta semana.
Valeu pela visita Cristina. A gente se fala.
Eu sei disso, mr. Vinícius. A sua presença e os seus comentários sempre serão bem-vindos.
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