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A batida, apesar de ser sempre a mesma, é sempre diferente. A bossa nova penetrou tão fundo na alma do jazz que poucos músicos deixam de prestar sua homenagem. Mas, pensando bem, a alma do jazz sempre foi fusion, desde as paletas latinas de Jelly Roll Morton, passando pelas congas de Gillespie e pelo funky caribenho de Horace Silver. Parece que os tambores estabeleceram uma espécie de canto multifacetado, capaz de comunicar e unir o sofrimento negro espalhado pelo mundo. Salsa, merengue, blues, samba, reggae, rumba, jazz, todos estranhos frutos que caíram da grande árvore africana envenenada. São frutos viçosos, capazes de tornar a vida suportável a cada amanhecer. Talvez daí a forte paixão que esse tipo de música exerce quando a ouvimos. Hoje, em homenagem ao amigo e sócio do Clube das Terças, João Luís, vamos de Ronnie Cuber, um dos melhores saxofonistas barítonos contemporâneos. A faixa que escolhi, Con Pasion, do álbum In A New York Minute, de 1996, tem um pouco dessa batida diferente, banhada por leves traços do fruto viçoso. A técnica de Cuber é bastante pessoal, embora não seja nenhuma surpresa se, em alguns momentos mais agudos, você se lembrar do tenor rascante de Gato Barbieri. Seu pianista, Kenny Drew Jr, não deixa nada a dever ao pai, exceto quando carrega um pouco a mão na hora de adoçar o café. É logo ali, no Brazil Jazzseen.
A batida, apesar de ser sempre a mesma, é sempre diferente. A bossa nova penetrou tão fundo na alma do jazz que poucos músicos deixam de prestar sua homenagem. Mas, pensando bem, a alma do jazz sempre foi fusion, desde as paletas latinas de Jelly Roll Morton, passando pelas congas de Gillespie e pelo funky caribenho de Horace Silver. Parece que os tambores estabeleceram uma espécie de canto multifacetado, capaz de comunicar e unir o sofrimento negro espalhado pelo mundo. Salsa, merengue, blues, samba, reggae, rumba, jazz, todos estranhos frutos que caíram da grande árvore africana envenenada. São frutos viçosos, capazes de tornar a vida suportável a cada amanhecer. Talvez daí a forte paixão que esse tipo de música exerce quando a ouvimos. Hoje, em homenagem ao amigo e sócio do Clube das Terças, João Luís, vamos de Ronnie Cuber, um dos melhores saxofonistas barítonos contemporâneos. A faixa que escolhi, Con Pasion, do álbum In A New York Minute, de 1996, tem um pouco dessa batida diferente, banhada por leves traços do fruto viçoso. A técnica de Cuber é bastante pessoal, embora não seja nenhuma surpresa se, em alguns momentos mais agudos, você se lembrar do tenor rascante de Gato Barbieri. Seu pianista, Kenny Drew Jr, não deixa nada a dever ao pai, exceto quando carrega um pouco a mão na hora de adoçar o café. É logo ali, no Brazil Jazzseen.
4 comentários:
Não conhecia o camarada do barítono. Gostei. Ah: O Caribe é aqui?
O Ronnie Cuber espelhou-se bastante em Cecil Payne do qual sofreu fortes influencias. Dai ele ser um ótimo baritonista, tendo tocado com os experientes Lee Konitz, Lionel Hampton e teve uma fase, nos 60, de várias participações com George Benson.
Muito boa as performances de Cuber e Kenny Drew Jr. Obrigado pela homenagem sr Lester.
Que fruto delicioso! Técnicamente eu não sei nada, mas na emoção, é nota dez!
O Brazil Jazzseen está MARAVILHOSO!
Um ano e alguns dias depois.O tempero do Horace Silver é Cabo Verdiano e o pai e quem deve ao Júnior , não ao contrário.Edú
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