10/12/2006

Natalis Invicti

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Lá no início, nos seus primeiros quatro séculos de existência, a Igreja Católica preferia comemorar a morte ao invés do nascimento. Afinal, morte e culpa eram coisas sérias naqueles bons tempos, onde a venda de indulgências (perdão católico) garantia o vinho de boa safra aos bons padres. Com o tempo a coisa foi virando bagunça e o preço absurdo do garrafão de tinto obrigou a Igreja a comemorar também a vida e o nascimento das pessoas. Ok, eu sei que foi uma grande derrota para os sombrios e taciturnos monges que dedicavam toda a vida estudando e reverenciando a morte e a culpa, mas a pressão dos pagãos e dos camelôs tornou inevitável a aceitação do Natal pela Igreja. O Natal nada mais é que uma ficção rendosa, dado que ninguém sabe de fato quando Cristo nasceu. Alguns dizem que teria sido no dia 6 de janeiro. Mas não há nada nas escrituras sobre isso e o mais provável é mesmo que Jesus não tenha nascido em dezembro. Mas quem se importa? O dia 25 de dezembro foi escolhido apenas porque era a data de uma grande festa pagã (Natalis Invicti) que comemorava o nascimento do Sol. Era uma festa alegre e cheia de comes e bebes. Sendo assim, Constantino e o alto escalão da Igreja viram na data idólatra uma ótima oportunidade para se angariar devotos e, por conseqüência, indulgências e coxinhas de galinha. Com aquela coisa de presentearem-se uns aos outros, nem mesmo os judeus reclamaram muito da festa, exceto os mais ortodoxos (quando eram obrigados a comprar algum presente). Não seria mau se a Igreja Católica adotasse o jazz em suas celebrações natalinas. Talvez até rolasse a eleição de um Papa negro para animar o Vaticano. Aí, então, a festa estaria completa. No Desafio Jazzseen natalino conclamamos os fiéis a confessarem quem toca o saxofone nas faixas abaixo. O vencedor iluminado receberá como prêmio o álbum completo de onde foram retiradas as faixas, além de uma passagem somente de ida para o Reino dos Céus. Econômica, é claro.
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12 comentários:

Anônimo disse...

Esse John Lester é maluco. Esses desafios são impossíveis de acertar!

Anônimo disse...

Rapaz, onde vc. arranjou essa foto horrorosa? Ainda bem q. a Mamãe Noel aliviou a barra...

Anônimo disse...

As músicas são lindas, os saxofonistas maravilhosos, mas vou ter que dormir com a luz acesa, por causa desse Papai Noel demoníaco! Virge!!!!!

Salsa disse...

Lester deixou pista para a primeira. De buque izonde teibou.

Anônimo disse...

O Salsa sabe tudo! Êle está impedido de participar?

Anônimo disse...

Caraca...que é eu não sei, só sei que gostei muito do som!!!

Anônimo disse...

Sonny Rollins?

Anônimo disse...

Acho que não entendi; são 2 álbuns com músicos diferentes? Explica melhor aí, Lester...

Anônimo disse...

...me pareceu ser o mesmo quarteto; fantástico, por sinal!!!

ps.:vale a pena voltar aqui pra rever a foto dessa "mamãe noel".

John Lester disse...

Prezado Olneyfig, as duas faixas são do mesmo quarteto e do mesmo álbum, gravado ao vivo em 1991. Aliás, como já admoestara Mr. Salsa em comentário anterior, há uma grande dica sobre quem é o saxofonista que toca nas faixas. Ouça com atenção e boa sorte!

Anônimo disse...

É, no final da la.faixa ele apresenta os músicos e tb se apresenta, mas não deu pra sacar o nome; desisto.
ps.:depois vc me manda o nome do álbum pq eu quero comprar.

Anônimo disse...

olneyfig@gmail.com