Carol Sloane nasceu em 1937, em Rhode Island. Passou uma infância feliz na pequena cidade de Smithfield. Já bem cedo, seu tio Joe, que tocava sax tenor, percebeu que Carol tinha um talento especial, destacando-se numa família com vários cantores amadores. Em 1951, seu tio Joe organizou uma audição para Carol, ao lado da banda de Ed Drew. A partir daí, começa a cantar toda quarta e sábado no salão de baile Pawtuxet, ainda em Rhode Island. Em 1955, Carol experimenta pela primeira vez o casamento, que só iria durar até 1958. Nessa época, Carol continuava a cantar em pequenos salões e bares, até que conheceu os irmãos da Les & Larry Elgart Orchestra. Após trocar o nome para Carol Sloane, por sugestão de Larry, passou a excursionar com a orquestra até 1960, quando cansou da vida na estrada. Fixando-se em New York, conhece Bob Bonis, que lhe arranja um concerto no Festival de Jazz de Pittsburgh, ainda em 1960. É aí que Carol conhece Lambert, Hendricks & Ross. Mais tarde, Jon Hendricks, que se apresentava no Village Vanguard, a convidaria para cantar dois números. Ao ouvi-la, Max Gordon, dono do Village, a convida para se apresentar ali. Foi Jon também quem ajudou Carol a ser incluída no Newport Jazz Festival de 1961. Foi nessa ocasião que Carol encontra reconhecimento na imprensa, além de ser descoberta por agentes da Columbia. Em apenas alguns meses, Carol gravaria seu primeiro álbum, com arranjos de Bill Finegan para uma orquestra que incluía gente como Clark Terry e Bob Brookmeyer.
Durante a década de 1960, Carol se apresenta em vários clubes, como o Mr. Kelly, em Chicago, e Blue Angel, em New York, além de cantar em alguns programas de rádio. Com a chegada do rock e de grupos hediondos como os Beatles, o espaço para a boa música foi se reduzindo nos grandes centros. Foi assim que Carol foi parar na Carolina do Norte, onde um público fiel ainda apreciava o bom jazz. A década de 1970 foi dividida entre a música e o trabalho burocrático de secretária. Mas isso não impedia que Carol, vez por outra, desse um pulo em New York, onde se apresentava e observava como as coisas iam para o jazz. Foi numa dessas idas e vindas que Carol conhece o mestre Jimmy Rowles, um dos melhores pianistas que o jazz já produziu. Infelizmente as coisas não queriam dar certo para essa excelente cantora, que teve poucas oportunidades de gravar e consolidar sua carreira.
Sempre dividida entre o trabalho burocrático e a música, apenas na década de 1990 Carol consegue se estabelecer de maneira mais firme no mundo musical, voltando a gravar e se apresentar com grande sucesso. Coisa merecida para uma das vozes mais bonitas que o jazz já conheceu. Para os amigos navegantes deixo as faixas Blueberry Hill e Your Leeps, do álbum Songs Ella & Louis Sang, gravado em 1997 com Clark Terry. Senha de acesso? jazzseen. Curioso esse mês de maio, dito mês das flores: no site da cantora (http://www.carolsloane.com/p/bio.html), ao final de sua biografia, descobrimos que a flor que Carol mais gosta é a rosa branca. Bom gosto, não é?
6 comentários:
Me gusta mucho bailar bajo la luz de la luna...
?Qué se pasa, cabron? Va bailar en la hacienda del catzo
Bem, enquanto los hermanos se esbofeteiam, ouçamos jazz: eu adquiri, recentemente, o disco Lambert, Hendricks & Ross - The Swingers (acrescente-se a presença de Zoot Sims). No futuro, quem sabe, eu deixo alguma coisa no blog.
Nice voice.
Excelente esse disco da Carol Sloane com o Clark Terry. Ela é uma perfeccionista com muito charme e swing.
Perfeito Lester. Quero mais!!!
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