No dia 12 de maio de 2007, estava eu caminhando pelas trilhas esverdeadas e úmidas de Visconde de Mauá quando surge, entre galhos carregados de caquis vermelhos e pássaros de todas as cores, um néon branco, onde se podia ler: Jazz Club. Fiquei feliz por saber que Henrique, o dono da excelente pousada Terra da Luz, tem conseguido manter, mesmo com todas as dificuldades que vem enfrentando, esse que é uma das mais agradáveis salas de jazz do Brasil. Em volta, toda a natureza exuberante da Mata Atlântica. Por dentro, muito aconchego, bom atendimento, boa comida e sempre uma boa atração da música instrumental brasileira. Por uma dessas coincidências que o futuro resolve por vezes engendrar, o show desse sábado de maio apresentaria o mesmo excelente músico que eu havia assistido, no mesmo clube, há dez anos atrás: Marcos Ariel, o flautista pianista mais apaixonado por Visconde de Mauá que eu conheço. Além do excelente filé com notas de mel e do vinho português bastante honesto, fomos servidos com música de primeira qualidade, preparada ao vivo e com muita alegria. Marcos é aquele tipo de músico apaixonado pelo que faz, do tipo que nos contagia com sua alegria em produzir e nos oferecer música.
Como diz Cravo Albin, em seu dicionário da MPB: Marcos iniciou sua carreira profissional em 1976, como flautista e pianista do grupo Cantares, com o qual atuou durante três anos, ao lado de Zé Renato, Juca Filho e Antonio Sant'Anna. Em 1981, lançou seu primeiro disco solo, o LP "Bambu", contemplado com o Prêmio Chiquinha Gonzaga. Ainda na década de 1980, lançou os LPs "O malabarista" (1983), com o Grupo Usina, "Balé sertanejo" (1983), "Cenas brasileiras" (1986), "Terra de índio" (1988) e "Piano brasileiro" (1989). Participou do Free Jazz Festival, em São Paulo (1986) e no Rio de Janeiro (1987). Com a repercussão alcançada por seu LP "Terra de índio", no exterior, começou a se dedicar também à carreira internacional, apresentando-se em diversos concertos nos Estados Unidos. Paralelamente ao seu trabalho solo, atuou, de 1986 a 1991, com a Banda Zil, ao lado de Zé Renato, Claudio Nucci, Ricardo Silveira, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista. Gravou, com a banda, o LP "Zil". Lançou, na década de 1990, os CDs "Hand dance" (1992), "Duo #1" (1994), com o guitarrista Victor Biglione, "Piano" (1996) e "My only passion" (1998), registrando músicas de sua autoria. Em 2000, gravou o CD "Piano com Tom Jobim", interpretando obras do compositor, como "Luíza" e "Lígia", entre outras. Ainda nesse ano, lançou os CDs "Marcos" e "Visconde de Mauá por Marcos Ariel".
Para quem quiser saber mais um pouco sobre Marcos Ariel, vale também conferir as informações constantes do All Music Guide (link nessa página, à direita). Ao final do show, um bate papo descontraído, a aquisição de alguns cd’s de Marcos e algumas fotos com o músico. Para os amigos, deixo as faixas Inútil Paisagem e Maracajazz retiradas dos álbuns Piano Com Tom Jobim e Marcos Ariel & Tigres da Lapa, respectivamente. A senha de acesso aos arquivos é a mesma de sempre: jazzseen.
Para quem quiser saber mais um pouco sobre Marcos Ariel, vale também conferir as informações constantes do All Music Guide (link nessa página, à direita). Ao final do show, um bate papo descontraído, a aquisição de alguns cd’s de Marcos e algumas fotos com o músico. Para os amigos, deixo as faixas Inútil Paisagem e Maracajazz retiradas dos álbuns Piano Com Tom Jobim e Marcos Ariel & Tigres da Lapa, respectivamente. A senha de acesso aos arquivos é a mesma de sempre: jazzseen.
5 comentários:
muito bem, lester. garimpou no matagal o bom e velho Ariel. Valeu!
beleza hein!
Que vinho é esse Lester?
Vida boa essa, hein Lester, garimpando Ariel no matagal.
Lester,
passei pela mesma experiência, de assistir ao Marcos Ariel no Terra da Luz, há quase 4 anos e.... aquela noite foi tão especial que saí de Mauá grávida do meu primeiro filho. :-D
Compramos os CDs do Marcos e ouvimos toda noite com o filhote, na hora das "historinhas". Ele também adora!
Vamos repetir a viagem agora em agosto e eu adoraria ter novamente a oportunidade de ver um show do Marcos Ariel, mas acho que ele não vai estar por lá nesse mês, não é?
Enfim, decidi comentar só para concordar. O Marcos Ariel é maravilhoso, se for em Mauá então... é mais do que demais. Vale muito a indicação.
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