Um dos aspectos mais cruéis do jazz é o total esquecimento em que alguns grandes músicos caem. Seja em função do país em que o músico nasce ou vive (fora dos EUA), seja em função do advento do rock (que praticamente retirou do mercado a música popular de qualidade), seja em função do comportamento do próprio músico (que prefere o anonimato feliz e produtivo ao sucesso fácil com gravações comerciais). Foi assim que, por exemplo, Albert Ammons, um dos maiores pianistas de boogie woogie, resolveu largar a música para trabalhar como motorista de táxi. Dexter Gordon, um dos maiores tenores do hard bop, fugiu para a Europa, onde o rock ainda não havia liquidado totalmente com o jazz. King Oliver, o mestre do trompete do estilo New Orleans, e mentor de Louis Armstrong, morreu desdentado e na miséria. Lennie Tristano trancafiou-se em seu quarto e morreu anônimo e feliz. Os músicos europeus não fogem à regra. Por onde andará o falecido René Thomas, um dos maiores guitarristas do jazz? Provavelmente no inferno. Outro grande músico que vive nas sombras é o saxofonista tenor Jesper Thilo, nascido na Dinamarca de 1941. Herdeiro da cultura west coast, Thilo construiu seu estilo com base nas doces heranças de músicos como Stan Getz e Zoot Sims, mas sem esquecer as amargas lições de músicos como Harold Land e Dexter Gordon. Esse grande tenor teve oportunidade de realizar algumas gravações com mestres do jazz, entre eles Kenny Drew, Clark Terry e Harry Sweets Edson. Para os amigos navegantes deixo a faixa Cherokee, onde podemos verificar que é possível misturar swing com bebop com um tempero cool. O álbum é Jesper Thilo And American Allstars Volume 1, gravado em 1980 e lançado pela Storyville. Boa audição.
Jesper Thilo_Jespe... |
9 comentários:
Excelente tenor.
Caraca! Que pauleira... os outros músicos são tb dimarqueses?
eu disse "dinamarqueses"?
Bom texto, Lester.
Prezado Olney, os músicos são: Jesper Thilo (ts), Kenny Drew (p), Jesper Lundgaard (b) e Billy Hart (d).
Grande abraço.
Great!
Grande dica Mr. Lester!
Toca demais. Obrigado pela indicação Lester.
La actual escena de jazz sigue contando con figuras destacadas. Muchos de los veteranos de los sesenta siguen en activo, como es el caso de Alex Riel, NHØP, Jesper Thilo y Palle Mikkelborg. A éstos se une un grupo de prominentes pianistas, también excelentes compositores y/o directores de orquesta: Carsten Dahl (1967- ), Jørgen Emborg (1953- ), Thomas Clausen (1949- ), Nikolaj Bentzon (1964- ), Ole Kock Hansen (1945- ), Niels Jørgen Steen (1939- ) y Jan Kaspersen (1948- ). El veterano del bebop y saxofonista tenor Bent Jædig (1935- ) sigue haciendo estragos, pero ahora rodeado de excelentes compañeros de instrumento más jóvenes: Fredrik Lundin (1963- ), Thomas Agergaard (1962- ), Hans Ulrik (1966- ) y Jakob Dinesen (1968- ). El trompetista Jens Winther (1960- ) y la percusionista Marilyn Mazur (1955- ) se asemejan a Palle Mikkelborg en tanto que son como éste a la vez compositores y proyectistas. Varios magníficos instrumentalistas heredan el trono de NHØP en el contrabajo: Mads Vinding (1948-), Jesper Lundgaard (1954- ), Lennart Ginman (1960- ) y Thomas Ovesen (1965- ). Los estilos más antiguos son cultivados sobre todo por el trombón Ole «Fessor» Lindgren (1938- ), que toca jazz de New Orleans y por Ib Glindemann (1934- ), que toca swing. Otros nombres imprescindibles son el guitarrista Pierre Dørge (1946- ), que se desmarca completamente de cualquier categoría con su New Jungle Orchestra, el guitarrista Jacob Fischer (1967- ) y el violinista Kristian Jørgensen (1967- ). Sigue habiendo muchos músicos extranjeros en Dinamarca, si bien ya no poseen la misma categoría de estrellas que los anteriores.
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