Engraçado, o sr. John Lester inclui na lista Armando "Chick" Corea, Herbie Hancock, Keith Jarret, cujos relacionamentos com o jazz passam bem mais distantes e são de menor expressão do que pianistas como Walter Davis, Cedar Walton, Junior Mance, Wynton Kelly, Russ Freeman, Hank Jones, Dave Brubeck, Teddy Wilson, Dick Hayman, Elmo Hope, Mal Waldron e até o "velho" Sal Mosca, e dezenas de outros, de muito maior importancia no contexto do jazz. E olhe que não citei dois importantissimos pianistas: Count Basie e Duke Ellington que eram também "band-leaders". Esta lista está precisando ser revista.
Essa é muito fácil! Michel Petrucciani. Considerando suas deficiências, o tamanho das mãos e da maneira como interpreta "In a Sentimental Mood" não tem pra outrem.
Ps.: Walter Davis, Cedar Walton, Junior Mance, Wynton Kelly, Russ Freeman, Teddy Wilson, Dick Hayman, Elmo Hope, Mal Waldron, quem?????????? Não sou arrogante ao ponhto de me dizer sequer um conhecedor do mais básico do jazz, mas, meu caro Predador, pega leve... Dessa maneira dá até preguiça conhecer mais.
Pois é, Sérgio (rs)! Caí aqui numa pesquisa sobre jazz e fiquei toda prosa de conhecer bem mais da metade da lista dos the best. Ia cravar o Jarret sem medo de ser feliz que além de tocar muito dá uns gritinhos que me levam às lágrimas, e então descubro que meu ídolo está "bem mais distante" do jazz e é "de menor expressão do que pianistas como"... E esse moço mau me surge com esses nomes todos que nunca ouvi falar... Aí me veio uma tristeza...
Não conheço "In a Sentimental Mood" com o "todotortinho" não. Certamente é uma das melodias mais bonitas que ouvi na vida! Com o Petruça é tudo de bom mesmo? Vou provar. Obrigado, Lester, Sergio e a todos! Mas esse predador é um monstro! Ave Maria.
Prezados amigos, assim como não é fácil votar, também não foi nada fácil escolher apenas 15 dos inúmeros grandes pianistas do jazz.
A limitação técnica (apenas 15 nomes) foi imposta por nosso tirano Diretor de Marketing e Relações Escusas, Mr. Salsa.
A parte árdua e complexa, a escolha dos nomes, coube a mim. Após extenuantes e amplas pesquisas, elegi os tais 15 nomes.
Como poderia supor nosso amigo visitante, essa não é uma enquete sobre os melhores pianistas do swing ou do bebop ou do cool jazz. A idéia foi estabelecer 15 nomes que, em cada estilo ou período do jazz, estabeleceram os padrões técnicos mais significativos e produziram influência mais duradoura. Assim, nos primeiros tempos, não há como deixar de fora três nomes: Jelly Roll Morton, James P. Johnson e Earl Hines. Assim, embora fossem geniais, Count Basie e Duke Ellington não entraram para a história do jazz por serem exímios e geniais pianistas. Essa idéia é válida para outras tantas personalidades do jazz não relacionadas na lista.
Prosseguindo em nosso critério, não poderíamos deixar de citar Fats Waller e Art Tatum no período relativo ao stride piano e ao swing. Da mesma forma, se pensarmos nos estilistas do bebop e do cool jazz, impossível deixar de fora Thelonious Monk, John Lewis, Bud Powell e Lennie Tristano. Aqui há uma série de excelentes pianistas que, obviamente, não podem ser citados. Eu mesmo, por gosto pessoal, adoraria incluir Al Haig entre eles, mas não se trata da lista de pianistas que mais me agradam. O objetivo da enquête é outro.
Prosseguindo em nosso raciocínio, apresentamos Oscar Peterson e Bill Evans como os dois extremos do mainstream jazz, cada um deles representando um caminho: Peterson, o da tradição; Evans, o da experimentação.
Quanto aos pianistas ‘modernos’, McCoy Tyner representa o elo entre o bebop e o free; Herbie Hancock e Chick Corea, o elo entre o hard bop e a fusion. Finalmente, Keith Jarrett estabelece a evolução do piano jazzístico no ambiente da third stream e do post bop.
Claro que há falhas e injustiças em nosso critério de escolha. Mas, que critério satisfaria a todos?
O "Predador" deve usar calça boca de sino, sapato vulcabrás, camisa volta ao mundo, glostora no cabelo e anular o voto, achando que o Jânio está vivo. Jazz não é peça de museu, estático, para ser apreciado como um quadro de Gauguin. O jazz está mais vivo do que nunca e, assim sendo, em constante evolução. Os pianistas modernos são extremamente técnicos e levam por isso vantagem sobre os antigos. Ninguém discute a importância de pianistas que marcaram uma escola. Thelonious Monk, por exemplo, foi considerado um "pianista menor", sem habilidade para encarar um tema em up-tempo, por falta de técnica. Vários músicos e críticos disseram isso na época. Hancock, aos 11 anos, tocou Mozart na Sinfônica de Chicago. Portanto, qualquer escolha aqui seria válida, uma seleção, aliás, muito bem colocada.
“The 1945-1954 period was very difficult for Thelonious Monk. Because he left a lot of space in his rhythmic solos and had an unusual technique, many people thought that he was an inferior pianist. His compositions were so advanced that the lazier bebop players (although not Dizzy Gillespie and Charlie Parker) assumed that he was crazy. And Thelonious Monk's name, appearance (he liked funny hats), and personality (an occasionally uncommunicative introvert) helped to brand him as some kind of nut.” (Scott Yanow, AMG).
Sr.Lester: bebop, cooljazz, hardbop, etc... são correntes musicais atinentes esclusivamente ao jazz. Então ,esta história de que a "enquete não é sobre os melhores pianistas do swing ou do bebop ou do cooljazz" é uma balela. Acho a sua lista até bem elaborada, mas calcada em parametros "furados". O sr. joflavio é um completo ignorante em matéria de jazz.Dizer da minha "dinossaurice" afirmando que "pianistas modernos são extremamente técnicos e levam vantagem sobre os antigos". O que é ser, ou melhor, quais são os pianistas modernos sr. joflavio ? Cite-os por favor. Quer pianista mais técnico e moderno do que Lennie Tristano, Bud Powell, Bill Evans, etc...levaria dois anos citando outros. E, tocar Mozart não é nenhuma vantagem, qualquer zé mane toca. Queria ver tocar compositores eruditos bem mais complexos como o faziam Tristano, Evans e outros que voce chama de "museu". Além do mais fica citando texto de um crítico fracassado como Scott Yanow para desqualificar a genialidede de Monk. Tenha paciencia! Thiago tem razão, pianista é Bud Powell. O resto, é o resto. O que não invalida a minha opinião sobre os outros pianistas citados.
Mr. Predador. Em tempo. Jamais ouvi alguém estufar o peito e dizer: "eu entendo de jazz!!!". Isso não existe. O que existe é sensibilidade, bom-gosto e capacidade de assimilar o que os jazzistas expressam, quer nos arranjos, harmonias, improvisos ou composições. O resto é retórica flácida para acalentar bovinos. Tanto Chick Corea como Hancock são exímios pianistas, com técnica inquestionável. Não há que se comparar com outros pianistas do passado. Besteira. O que é preciso é se ter um mínimo de percepção para reconhecer o enorme talento dos dois, o que não é o seu caso. Dizzy Gillespie tocou "funk" com Stevie Wonder e nem por isso deixou de ser o craque que sempre foi. Joe Henderson fez temporada com o Blood , Sweat & Tears. Branford Marsalis, Kenny Kirkland e Omar Hakim idem, com Sting. E daí? Há muito o jazz deixou de ter aquele rótulo surrado e óbvio. O pior dos defeitos é a discriminação, seja ela em qualquer área, sob qualquer pretexto.
Bem, acredito que essas tais enquetes sempre produzirão reações de aquilatada envergadura. Agora, o que eu acredito que o Predador não entendeu é que pianistas como Hank Jones ou Mal Waldron, malgrado sua excelência, não exerceram o papel histórico que, ao que tudo indica, serviu como parâmetro para John Lester escolher os nomes que comporiam a lista.
Concordo com as escolhas de John Lester, que demonstra ter um grande conhecimento da história do jazz e compreensão ampla de sua evolução. Seria muito difícil compor uma lista dos 15 mais sem os nomes que lá constam, ainda que, infelizmente, muitos bons pianistas tenham ficado de fora.
Declararei meus votos: Apesar de os pianistas, para mim, serem meros coadjuvantes para os saxofonistas, não posso deixar de admitir que alguns deles me cativaram. Com esse lance de ficar ouvindo discos para apresentar aqui no jazzseen, vi-me obrigado a prestar atenção nos instrumentistas que compõem os diversos combos. Surprenderam-me, entre os pianistas, Monk(com ou sem técnica, conseguiu fazer muito mais pelo jazz que todos os citados), Tristano, Peterson, Powell e Lewis. Jarret - o cuspidor de viena - forçou-me a copiar uma significativa parte de sua obra. Nessa discussão de especialistas, eu prefiro ligar a radiola e ouvir a gravação.
“O senhor joflavio é um completo ignorante em matéria de jazz”. Isso, acho, era desnecessário. Como se sabe, sou integrante do blog www.cjub.com.br e lá faço resenhas de novos CDs de jazz ou qualquer assunto ou notícia sobre o assunto. Sim, há polêmicas. E são sempre oportunas e desejáveis. Vejo algumas vezes comentários sobre os meus posts via Mr. Lester e Mr. Salsa, a quem agradeço pela honra. Produzi um show no Mistura Fina (Rio), uma homenagem à obra de Richard Rodgers, chamando Marcos Resende (piano), Alberto Lucas (baixo), Daniel D’Alcântara (trumpet) e Bob Wyatt (bateria). Consegui encher a casa e muito me orgulho disso. Em retribuição aos comentários que sempre recebo no cjub, adotei o jazzseen com página favorita e de vez quando dou meus palpites. Diante da aborgadem agressiva e mal educada, via Predador, reservo-me ao direito de (infelizmente, prá mim), deletar o jazseen dos meus favoritos e assim não causar tamanha ira dos seus habituais leitores. Até uma próxima, JoFlavio.
Mr. Lester. Logo de cara: sua lista está impecável. Os arroubos passionais são testemunhas disso. Mas, o que eu gostaria mesmo, seria ver o predador de calça boca-de-sino e glostora no "cabelo"(anteninhas, talvez). Mr. JoFlávio, não dê tanto ouvido à biliar verve do alien. Sabemos todos que a tpm dos aliens é algo desesperador.
Comentam, lá pelas bandas da galáxia prk29, que os predadores têm uma grande repulsa pelos dinossauros (há uma teoria que afirma terem sido eles os responsáveis pela extinção dos grandes répteis aqui na Terra). Daí a fúria desencadeada pela metonímica alusão às características dinossáuricas do Predador.
Ué!... Nintendi nada. Já vai JoFlavio? Pelo que retive da contenda, houve-se aqui dois tipos de debatedores, um que se arroga, outro que se arrega. Além do fato, o que ganhamos nós?
Prezados visitantes, a democracia, sabemos bem, é assim bastante complicada. Contudo, ainda me parece a melhor forma de viver e conviver.
Saber lidar com a liberdade é habilidade somente concedida aos sábios. É comum ocorrer, de quando em quando, conflitos sobre a utilização da liberdade e o convívio democrático se torna um tanto alvoroçado. Aí devemos nos valer da companheira sabedoria.
Espero que todos possamos conviver com as diferenças de maneira sábia, livre e democrática. Se conseguirmos somar a isso alguma dose de educação, creio que seremos mais felizes.
Quanto ao resto, podemos considerar certos comentários simplesmente como não escritos. O que eu e Mr. Salsa não aceitamos jamais é a censura. Acreditamos que cada visitante é perfeitamente capaz de selecionar o comentário lúcido do comentário pueril.
Obrigado a todos que têm participado do Jazzseen. Vida longa à nossa amizade.
Sr.joflavio: nunca estufei o peito para dizer que entendo de jazz. Hanckoc, Corea e Jarret são realmente exímios pianistas e com técnica apurada, ninguém discute isto, mas sempre adotaram linhas musicais atonais, ligadas invariavelmente ao funk/rock. Daí minha discordancia deles aparecerem nesta lista, em detrimento a outros tantos de grande importância que sempre estiveram próximos ao jazz. Não existiu a intenção de comparar pianistas modernos e do passado. Todos os citados são considerados de concepções modernas. Para encerrar e, sem ironias, parabenizo-o pelo seu evento no Mistura Fina, com o excelente pianista Marcos Resende e grupo, desejando que possa produzi-los cada vez mais. Sinceramente não foi minha intenção ofendê-lo em momento algum, mas se você assim o entendeu, peço desculpas.
Pra não correr o risco de levar no coco uma pedra perdida, o único comentário que tenho a fazer, a quem interessar possa, é que votei em Lennie Tristano.
Não tem jeito: na hora do H, como diz João Luiz Mazzi, ou seja, na hora de discutir preferências no jazz, o nosso site vira uma Iugoslávia.
Tudo certo. Acho fui motivado por 2 garrafas de um Cabernet chileno que esquentaram meu sangue, latino aliás. Minha já passageira revolta deu-se porque ontem mesmo ouvi de novo e com atenção redobrada um álbum do Hancock chamado Maiden Voyage, dos poucos "coroados" pela Penguin. Aula absoluta do que se convencionou chamar de jazz moderno. Ali mesmo, na época do disco, já se poderia supor que Hancock seria um dos maiores pianistas da história do jazz. Quem sabe um dia Mr. Pedrador - nem precisava se desculpar - concorde comigo.......
O jazz é realmente fascinante. Provoca discussões, polêmicas, e até possíveis ofensas. Já disse anteriormente, que cada um elege músicos e músicas de sua preferencia e assimila o jazz ao longo do tempo ouvindo, pesquisando, ouvindo mais ainda. Por acaso, tenho o disco citado do Hancock, Maiden Voyage. Apenas como referência de seu trabalho. É um CD que ainda consigo ouvir, mais pela excelência de George Coleman do que de Hancock. Não que ele seja incopetente ou um péssimo pianista, ao contrário, nesta gravação sua técnica é incontestável, mas de longe é um dos meus discos preferidos. Então, volto a "bater na mesma tecla" : cada um com seu gosto musical pessoal. Me queira bem sr.joflavio !
Apenas por curiosidade. Considero Jerome Kern, Cole Porter, George Gershwin, Richard Rodgers e Jimmy Van Heusen, por ordem cronológica, os 5 maiores compositores norte-americanos de todos os tempos. Qual seria a sua lista?
Se for para mencionar os emergentes, não se pode esquecer os italianos. Stefano Battaglia, em dois CDs dedicados a Bill Evans, Enrico Pieranunzi e Stefano Bollani, esse com um lindo CD em tributo ao nosso Tom.
E absolutamente genial esse rastilho de polvóra da polêmica que vcs criaram.Na lista ,e todas são questionáveis, acho que alguns tem papel mais relevante como inovadores ou inspiradores ,excluindo a técnica e criatividade.Realçando o talento conjunto, soa estranho na minha opinião, classificar Chick Corea, Lenny Tristano,John Lewis,Fatts Waller,Thelonius Monk comos os maiores pianista de todos os os tempos.Eles preencheriam os quesitos anteriores.Phineas Newborn é considerado , por pessoas de relevância como o mais dotado pianista de jazz americando após Art Tatum.Como há uma corrente que considera o maior em atividade Kirk Lightsey.Então: que se manifestem as opiniões para que se atinja a media ponderada.Edú.
Lester, quem diría que dois saxofonistas de forma despretensiosa e irreverente conseguiriam realizar, hoje, o melhor blog de jazz em atividade no Brasil.Chegar lá não foi fácil, permanecer, será ainda uma tarefa mais árdua e também mais estimulante.Desejo constante sucesso a essa sociedade ,antevendo inúmeras visitas frequentes.Darei meus "pitacos" quando meu atrevimento ou oportunidade for conveniente e, de alguma forma, produtiva ao tema.Agradecido pelo convite.Edú
39 comentários:
Difícil, hein? Eu escolheria pelo menos quatro.
Engraçado, o sr. John Lester inclui na lista Armando "Chick" Corea, Herbie Hancock, Keith Jarret, cujos relacionamentos com o jazz passam bem mais distantes e são de menor expressão do que pianistas como Walter Davis, Cedar Walton, Junior Mance, Wynton Kelly, Russ Freeman, Hank Jones, Dave Brubeck, Teddy Wilson, Dick Hayman, Elmo Hope, Mal Waldron e até o "velho" Sal Mosca, e dezenas de outros, de muito maior importancia no contexto do jazz. E olhe que não citei dois importantissimos pianistas: Count Basie e Duke Ellington que eram também "band-leaders". Esta lista está precisando ser revista.
Essa é muito fácil! Michel Petrucciani. Considerando suas deficiências, o tamanho das mãos e da maneira como interpreta "In a Sentimental Mood" não tem pra outrem.
Ps.: Walter Davis, Cedar Walton, Junior Mance, Wynton Kelly, Russ Freeman, Teddy Wilson, Dick Hayman, Elmo Hope, Mal Waldron, quem?????????? Não sou arrogante ao ponhto de me dizer sequer um conhecedor do mais básico do jazz, mas, meu caro Predador, pega leve... Dessa maneira dá até preguiça conhecer mais.
Pois é, Sérgio (rs)! Caí aqui numa pesquisa sobre jazz e fiquei toda prosa de conhecer bem mais da metade da lista dos the best. Ia cravar o Jarret sem medo de ser feliz que além de tocar muito dá uns gritinhos que me levam às lágrimas, e então descubro que meu ídolo está "bem mais distante" do jazz e é "de menor expressão do que pianistas como"... E esse moço mau me surge com esses nomes todos que nunca ouvi falar... Aí me veio uma tristeza...
Não conheço "In a Sentimental Mood" com o "todotortinho" não. Certamente é uma das melodias mais bonitas que ouvi na vida! Com o Petruça é tudo de bom mesmo? Vou provar. Obrigado, Lester, Sergio e a todos! Mas esse predador é um monstro! Ave Maria.
Prezados amigos, assim como não é fácil votar, também não foi nada fácil escolher apenas 15 dos inúmeros grandes pianistas do jazz.
A limitação técnica (apenas 15 nomes) foi imposta por nosso tirano Diretor de Marketing e Relações Escusas, Mr. Salsa.
A parte árdua e complexa, a escolha dos nomes, coube a mim. Após extenuantes e amplas pesquisas, elegi os tais 15 nomes.
Como poderia supor nosso amigo visitante, essa não é uma enquete sobre os melhores pianistas do swing ou do bebop ou do cool jazz. A idéia foi estabelecer 15 nomes que, em cada estilo ou período do jazz, estabeleceram os padrões técnicos mais significativos e produziram influência mais duradoura. Assim, nos primeiros tempos, não há como deixar de fora três nomes: Jelly Roll Morton, James P. Johnson e Earl Hines. Assim, embora fossem geniais, Count Basie e Duke Ellington não entraram para a história do jazz por serem exímios e geniais pianistas. Essa idéia é válida para outras tantas personalidades do jazz não relacionadas na lista.
Prosseguindo em nosso critério, não poderíamos deixar de citar Fats Waller e Art Tatum no período relativo ao stride piano e ao swing. Da mesma forma, se pensarmos nos estilistas do bebop e do cool jazz, impossível deixar de fora Thelonious Monk, John Lewis, Bud Powell e Lennie Tristano. Aqui há uma série de excelentes pianistas que, obviamente, não podem ser citados. Eu mesmo, por gosto pessoal, adoraria incluir Al Haig entre eles, mas não se trata da lista de pianistas que mais me agradam. O objetivo da enquête é outro.
Prosseguindo em nosso raciocínio, apresentamos Oscar Peterson e Bill Evans como os dois extremos do mainstream jazz, cada um deles representando um caminho: Peterson, o da tradição; Evans, o da experimentação.
Quanto aos pianistas ‘modernos’, McCoy Tyner representa o elo entre o bebop e o free; Herbie Hancock e Chick Corea, o elo entre o hard bop e a fusion. Finalmente, Keith Jarrett estabelece a evolução do piano jazzístico no ambiente da third stream e do post bop.
Claro que há falhas e injustiças em nosso critério de escolha. Mas, que critério satisfaria a todos?
Como es frutífero esse "PREDADOR.-"
=)
Dave Brubeck é demais mas escolhi Thelonious Monk.
O "Predador" deve usar calça boca de sino, sapato vulcabrás, camisa volta ao mundo, glostora no cabelo e anular o voto, achando que o Jânio está vivo. Jazz não é peça de museu, estático, para ser apreciado como um quadro de Gauguin. O jazz está mais vivo do que nunca e, assim sendo, em constante evolução. Os pianistas modernos são extremamente técnicos e levam por isso vantagem sobre os antigos. Ninguém discute a importância de pianistas que marcaram uma escola. Thelonious Monk, por exemplo, foi considerado um "pianista menor", sem habilidade para encarar um tema em up-tempo, por falta de técnica. Vários músicos e críticos disseram isso na época. Hancock, aos 11 anos, tocou Mozart na Sinfônica de Chicago. Portanto, qualquer escolha aqui seria válida, uma seleção, aliás, muito bem colocada.
Pianista de jazz é Bud Powell. O resto, é o resto.
“The 1945-1954 period was very difficult for Thelonious Monk. Because he left a lot of space in his rhythmic solos and had an unusual technique, many people thought that he was an inferior pianist. His compositions were so advanced that the lazier bebop players (although not Dizzy Gillespie and Charlie Parker) assumed that he was crazy. And Thelonious Monk's name, appearance (he liked funny hats), and personality (an occasionally uncommunicative introvert) helped to brand him as some kind of nut.” (Scott Yanow, AMG).
Sr.Lester: bebop, cooljazz, hardbop, etc... são correntes musicais atinentes esclusivamente ao jazz. Então ,esta história de que a "enquete não é sobre os melhores pianistas do swing ou do bebop ou do cooljazz" é uma balela. Acho a sua lista até bem elaborada, mas calcada em parametros "furados".
O sr. joflavio é um completo ignorante em matéria de jazz.Dizer da minha "dinossaurice" afirmando que "pianistas modernos são extremamente técnicos e levam vantagem sobre os antigos". O que é ser, ou melhor, quais são os pianistas modernos sr. joflavio ? Cite-os por favor.
Quer pianista mais técnico e moderno do que Lennie Tristano, Bud Powell, Bill Evans, etc...levaria dois anos citando outros. E, tocar Mozart não é nenhuma vantagem, qualquer zé mane toca. Queria ver tocar compositores eruditos bem mais complexos como o faziam Tristano, Evans e outros que voce chama de "museu". Além do mais fica citando texto de um crítico fracassado como Scott Yanow para desqualificar a genialidede de Monk. Tenha paciencia!
Thiago tem razão, pianista é Bud Powell. O resto, é o resto. O que não invalida a minha opinião sobre os outros pianistas citados.
Em tempo: zé mané é um qualquer, um réles mortal, que assim como eu também toca MOZART.
Mr. Predador.
Em tempo. Jamais ouvi alguém estufar o peito e dizer: "eu entendo de jazz!!!". Isso não existe. O que existe é sensibilidade, bom-gosto e capacidade de assimilar o que os jazzistas expressam, quer nos arranjos, harmonias, improvisos ou composições. O resto é retórica flácida para acalentar bovinos.
Tanto Chick Corea como Hancock são exímios pianistas, com técnica inquestionável. Não há que se comparar com outros pianistas do passado. Besteira. O que é preciso é se ter um mínimo de percepção para reconhecer o enorme talento dos dois, o que não é o seu caso. Dizzy Gillespie tocou "funk" com Stevie Wonder e nem por isso deixou de ser o craque que sempre foi. Joe Henderson fez temporada com o Blood , Sweat & Tears. Branford Marsalis, Kenny Kirkland e Omar Hakim idem, com Sting. E daí? Há muito o jazz deixou de ter aquele rótulo surrado e óbvio. O pior dos defeitos é a discriminação, seja ela em qualquer área, sob qualquer pretexto.
Bem, acredito que essas tais enquetes sempre produzirão reações de aquilatada envergadura. Agora, o que eu acredito que o Predador não entendeu é que pianistas como Hank Jones ou Mal Waldron, malgrado sua excelência, não exerceram o papel histórico que, ao que tudo indica, serviu como parâmetro para John Lester escolher os nomes que comporiam a lista.
Concordo com as escolhas de John Lester, que demonstra ter um grande conhecimento da história do jazz e compreensão ampla de sua evolução. Seria muito difícil compor uma lista dos 15 mais sem os nomes que lá constam, ainda que, infelizmente, muitos bons pianistas tenham ficado de fora.
Parece que o amigo Joflavio concorda comigo.
Um abraço a todos.
Declararei meus votos:
Apesar de os pianistas, para mim, serem meros coadjuvantes para os saxofonistas, não posso deixar de admitir que alguns deles me cativaram. Com esse lance de ficar ouvindo discos para apresentar aqui no jazzseen, vi-me obrigado a prestar atenção nos instrumentistas que compõem os diversos combos. Surprenderam-me, entre os pianistas, Monk(com ou sem técnica, conseguiu fazer muito mais pelo jazz que todos os citados), Tristano, Peterson, Powell e Lewis.
Jarret - o cuspidor de viena - forçou-me a copiar uma significativa parte de sua obra.
Nessa discussão de especialistas, eu prefiro ligar a radiola e ouvir a gravação.
“O senhor joflavio é um completo ignorante em matéria de jazz”. Isso, acho, era desnecessário. Como se sabe, sou integrante do blog www.cjub.com.br e lá faço resenhas de novos CDs de jazz ou qualquer assunto ou notícia sobre o assunto. Sim, há polêmicas. E são sempre oportunas e desejáveis. Vejo algumas vezes comentários sobre os meus posts via Mr. Lester e Mr. Salsa, a quem agradeço pela honra. Produzi um show no Mistura Fina (Rio), uma homenagem à obra de Richard Rodgers, chamando Marcos Resende (piano), Alberto Lucas (baixo), Daniel D’Alcântara (trumpet) e Bob Wyatt (bateria). Consegui encher a casa e muito me orgulho disso. Em retribuição aos comentários que sempre recebo no cjub, adotei o jazzseen com página favorita e de vez quando dou meus palpites. Diante da aborgadem agressiva e mal educada, via Predador, reservo-me ao direito de (infelizmente, prá mim), deletar o jazseen dos meus favoritos e assim não causar tamanha ira dos seus habituais leitores. Até uma próxima, JoFlavio.
Mr. Lester. Logo de cara: sua lista está impecável. Os arroubos passionais são testemunhas disso. Mas, o que eu gostaria mesmo, seria ver o predador de calça boca-de-sino e glostora no "cabelo"(anteninhas, talvez).
Mr. JoFlávio, não dê tanto ouvido à biliar verve do alien. Sabemos todos que a tpm dos aliens é algo desesperador.
Comentam, lá pelas bandas da galáxia prk29, que os predadores têm uma grande repulsa pelos dinossauros (há uma teoria que afirma terem sido eles os responsáveis pela extinção dos grandes répteis aqui na Terra). Daí a fúria desencadeada pela metonímica alusão às características dinossáuricas do Predador.
Ué!... Nintendi nada. Já vai JoFlavio?
Pelo que retive da contenda, houve-se aqui dois tipos de debatedores, um que se arroga, outro que se arrega. Além do fato, o que ganhamos nós?
Prezados visitantes, a democracia, sabemos bem, é assim bastante complicada. Contudo, ainda me parece a melhor forma de viver e conviver.
Saber lidar com a liberdade é habilidade somente concedida aos sábios. É comum ocorrer, de quando em quando, conflitos sobre a utilização da liberdade e o convívio democrático se torna um tanto alvoroçado. Aí devemos nos valer da companheira sabedoria.
Espero que todos possamos conviver com as diferenças de maneira sábia, livre e democrática. Se conseguirmos somar a isso alguma dose de educação, creio que seremos mais felizes.
Quanto ao resto, podemos considerar certos comentários simplesmente como não escritos. O que eu e Mr. Salsa não aceitamos jamais é a censura. Acreditamos que cada visitante é perfeitamente capaz de selecionar o comentário lúcido do comentário pueril.
Obrigado a todos que têm participado do Jazzseen. Vida longa à nossa amizade.
E viva o jazz.
Sr.joflavio: nunca estufei o peito para dizer que entendo de jazz. Hanckoc, Corea e Jarret são realmente exímios pianistas e com técnica apurada, ninguém discute isto, mas sempre adotaram linhas musicais atonais, ligadas invariavelmente ao funk/rock. Daí minha discordancia deles aparecerem nesta lista, em detrimento a outros tantos de grande importância que sempre estiveram próximos ao jazz. Não existiu a intenção de comparar pianistas modernos e do passado. Todos os citados são considerados de concepções modernas. Para encerrar e, sem ironias, parabenizo-o pelo seu evento no Mistura Fina, com o excelente pianista Marcos Resende e grupo, desejando que possa produzi-los cada vez mais. Sinceramente não foi minha intenção ofendê-lo em momento algum, mas se você assim o entendeu, peço desculpas.
Pra não correr o risco de levar no coco uma pedra perdida, o único comentário que tenho a fazer, a quem interessar possa, é que votei em Lennie Tristano.
Não tem jeito: na hora do H, como diz João Luiz Mazzi, ou seja, na hora de discutir preferências no jazz, o nosso site vira uma Iugoslávia.
Eu votei em Pedrinho Mattar
Tudo certo. Acho fui motivado por 2 garrafas de um Cabernet chileno que esquentaram meu sangue, latino aliás. Minha já passageira revolta deu-se porque ontem mesmo ouvi de novo e com atenção redobrada um álbum do Hancock chamado Maiden Voyage, dos poucos "coroados" pela Penguin. Aula absoluta do que se convencionou chamar de jazz moderno. Ali mesmo, na época do disco, já se poderia supor que Hancock seria um dos maiores pianistas da história do jazz. Quem sabe um dia Mr. Pedrador - nem precisava se desculpar - concorde comigo.......
O jazz é realmente fascinante. Provoca discussões, polêmicas, e até possíveis ofensas. Já disse anteriormente, que cada um elege músicos e músicas de sua preferencia e assimila o jazz ao longo do tempo ouvindo, pesquisando, ouvindo mais ainda.
Por acaso, tenho o disco citado do Hancock, Maiden Voyage. Apenas como referência de seu trabalho. É um CD que ainda consigo ouvir, mais pela excelência de George Coleman do que de Hancock. Não que ele seja incopetente ou um péssimo pianista, ao contrário, nesta gravação sua técnica é incontestável, mas de longe é um dos meus discos preferidos.
Então, volto a "bater na mesma tecla" : cada um com seu gosto musical pessoal. Me queira bem
sr.joflavio !
Ufa!!!!! Viva a democracia....sábio Mr. Lester.
Mr. Predador.
Apenas por curiosidade. Considero Jerome Kern, Cole Porter, George Gershwin, Richard Rodgers e Jimmy Van Heusen, por ordem cronológica, os 5 maiores compositores norte-americanos de todos os tempos. Qual seria a sua lista?
Neste quesito dos compositores americanos, concordamos em "genero, numero e grau", sr.joflavio.
Já acabou o barraco?!? Só voltei para testemunhar mais um pouco do rancarrabo. Fez-se paz na galáxia, saco!
Pianista de jazz é Bud Powell. O resto, é o resto.
NAO VOU NEM ME ARRISCAR A DIZER QUEM É O MELHOR, FAZ UMAS 3 HORAS QUE SOU UM CETICO CONVICTO, MAS OUCAM
BRAD MELDHAU
EXPERIMENTEM
VOU-ME EMOBRA PRA PASSÁRGADA
Art Tatum tocava mais que todos os outros 14 juntos.
Sem comentários sobre a enquete.
Meldhau é um bom "cozinheiro".
Se for para mencionar os emergentes, não se pode esquecer os italianos. Stefano Battaglia, em dois CDs dedicados a Bill Evans, Enrico Pieranunzi e Stefano Bollani, esse com um lindo CD em tributo ao nosso Tom.
Pianista eu não sei....mas no sax nada melhor que Mr. John Lester.
E absolutamente genial esse rastilho de polvóra da polêmica que vcs criaram.Na lista ,e todas são questionáveis, acho que alguns tem papel mais relevante como inovadores ou inspiradores ,excluindo a técnica e criatividade.Realçando o talento conjunto, soa estranho na minha opinião, classificar Chick Corea, Lenny Tristano,John Lewis,Fatts Waller,Thelonius Monk comos os maiores pianista de todos os os tempos.Eles preencheriam os quesitos anteriores.Phineas Newborn é considerado , por pessoas de relevância como o mais dotado pianista de jazz americando após Art Tatum.Como há uma corrente que considera o maior em atividade Kirk Lightsey.Então: que se manifestem as opiniões para que se atinja a media ponderada.Edú.
É isso Edú.
Escreva conosco no Jazzseen.
Aceita?
Grande abraço, JL.
Lester, quem diría que dois saxofonistas de forma despretensiosa e irreverente conseguiriam realizar, hoje, o melhor blog de jazz em atividade no Brasil.Chegar lá não foi fácil, permanecer, será ainda uma tarefa mais árdua e também mais estimulante.Desejo constante sucesso a essa sociedade ,antevendo inúmeras visitas frequentes.Darei meus "pitacos" quando meu atrevimento ou oportunidade for conveniente e, de alguma forma, produtiva ao tema.Agradecido pelo convite.Edú
Bem, qualquer coisa entre em contato e combinamos a coisa:
johnlestervix@hotmail.com
Grande abraço, JL.
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