Tenho viajado às quintas (6:00h am) para dar aula em São Mateus (norte do ES). O sol nasceu com um rubro especial na manhã dessa quinta-feira, já não tão fria. O jornal revela as novas descobertas científicas: a razão Cintura/Quadril = 0,7 explica a salivação dos marmanjos quando vêem determinadas mulheres (enviei um post pro http://mpbjazz.blogspot.com/ tratando do tema). Mas o bom mesmo é que a viagem de oito horas (ida e volta) tem como principal vantagem justamente essas oito horas: período em que fico completamente imerso na música. Preparei uma seleção que, ao fim e ao cabo, não deu conta do recado (ouvi alguns discos duas vezes). Ouvia uma coletânea de Coltrane quando o balanço do ônibus fez-me cochilar; depois de algum tempo fui acordado por um solo à capela de um saxofonista, e, espantado, pensei: Coltrane?!? Não conhecia a gravação. O solo, de uma força ímpar, com uma vibração voluptuosa e voraz, logo se faz acompanhar pelo resto do grupo. Outro saxofonista não menos apaixonado intervém e inicia uma troca de compassos com o anterior que me fez esquecer completamente a viagem. Acordei no meio de uma tremenda jam. A música: All the things you are; os saxofonistas, conferi, eram Johnny Griffin e Dexter Gordon. Encontro fenomenal. Vocês poderão ouvir se clicarem sobre o nome do tema.
18 comentários:
Ainda bem que Mr. Salsa não estava no comboio de Austin, no Rio. Teve gente e saxofone saindo pelos vagões. Grande álbum Mr. Salsa, coisa rara. Quem me dera ter acesso às suas fontes...
Agora só falta acertar o link para o mpbjazz.
JL.
Uai, Lester hawkins,
Você forneceu a fonte.
Pode ser um equivóco mas Lester e Salsa parecem estar vivendo um clima Lennon e Mc Cartney no período Let It Be.Edú
O clima está mais para Miles Davis e Chet Baker. Mas que o link não leva a lugar nenhum, isso é verdade.
Ih, catzo, faltou o .com
Edu,
Essa estória vai acabar em jazz
O amor é lindo!
viajar tb é uma forma de não fazer nada, eu viajo para o trabalho, 50 minutos ida, 50 minutos volta, todo dia: dá certinho para rolar um cd.
vinicius
(deixa os caras pô, ninguém tem nada com isso!)
Johnny Griffin & Dexter Gordon : dupla da pesada. Excelente mandada. Mr.Salsa retornou com a corda toda.
Dexter Gordon incendeia qualquer sessão de que participa - qualquer uma. É só checar também Setting the Pace, do Booker Ervin.
Dexter vai ao limite, e leva Alan Dawson, meio tonto, com ele.
Vejam como uma simples revisão de honorários pode alterar todo um panorama sombrio. Mr. Salsa voltou com inspiração renovada ao Jazzseen, resenhando mais um excelente álbum. Viva a remuneração condigna!
Setting the pace é excelente. Já o apresentei, aqui no blog, aos navegantes.
Esse Brasil é f...! Já vazou pro povaréu que eu aceitei um pequeno vale-vaca (nada que se compare à vaca de Renan), que está pastando digamente na Suiça.
Tá me parecendo coisa de sei lá o quê #2@1??!!São Mateus não inspira ninguém . É terra do amigo do Lester, o Maciel, o quilombalado.Ainda mais passar oito horas no ônibus ao lado de um macaco suado fedendo a óleo da Petrobrás.
Griffin, é Coltrane, e quem não se confunde? Gordon, é Rollins. Muda o rumo Salsinha, camba pro sul.Pede aumento pro Lester, the great contoller, e fica por aqui mesmo, no Jazzseen.
sem comentário pro comentário do chalaça. Só escondido por um codenome para falar tanta besteira.
Eu defendo a liberdade de expressão a qualquer custo por dever de oficío e convicção de cidadania.Porém, ja tendo sido agredido de forma vil e rasteira em outro blog, estendi esse mesmo direito e raciocinío ao meu agressor.No entanto, ainda causa-me profundo dissabor e temor em ver manifestações racistas dessa natureza.Ainda existem pessoas , dentro de nossa realidade, a se tornarem civilizadas, ainda.Edú
desculpa, mas o povo bebeu? ou bebi eu?
vinicius
É verdade Edú. Mas tenha certeza de que por aqui, nesse blog, qualquer um que faça qualquer discriminação com base na cor da pele, na opção sexual ou na crença ou falta de crença, é prontamente ignorado e, assim, desaparece.
TOMARA!!!!!
Chega de ser bastardo pardo. o que mais posso esperar de voces branquelos do jazz ? Sou da cor do jazz e não um macaco branco que já existiu mas não existe mais. Chalaça não teve pai branco´so mae preta e cachaça pra aguentar tanta difamação. Viva LuisAmostrong e Miles Davis e o K a 4. Fui, sem oleo da Petrobrás.Oleo só do Sonny Rollins
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