26/09/2007

Trombones I

Aproveitarei a viagem do editor-chefe e botarei a boca no trombone, instrumento pouco visitado por esse diário jazzístico. Dou prosseguimento ao papo iniciado ali no mpbjazz, que, por sua vez, deriva do interesse do navegante Sérgio e das observações do agora enclausurado na labuta mr. Edu, sobre esse peculiar instrumento. Um irascível colega (que tenho evitado maiores contatos) costuma dizer que o trombone foi batizado com esse nome em função do grande paquiderme africano, e provavelmente foi criado pela fábrica de pios de Cachoeiro de Itapemirim para um norueguês caçador de elefantes. Essa desprezível observação servirá apenas como base para mostrar como o camarada está equivocado. Não seguirei nenhuma perspectiva cronológica para esse trabalho, apenas lançarei mão do que estiver ao alcance. E, para meu inicial agrado, peguei justamente um disco de Bob Brookmeyer como membro do Al Cohn Quintet, gravado em 1956. O resto da trupe é formado pelo maluco e pianista Mose Allison, Teddy Kotick (b) e Nick Stabulas (d). O diálogo desses dois geniais instrumentistas é um tratado sobre a afinidade musical. Se elefante cantar do jeito como Brookmeyer sopra, tentarei adotar um. Deixarei, para audição, as faixas The lady is a tramp e Back to back.

13 comentários:

Marcos Ramos disse...

Falando em trombone lembrei do Vitor Santos. Lembra ano passado em Domingos Martins? Uma apresentação tímida do Vitor, no palco ainda estavam Daniel Dias, Bruno Leão, acho que o Edu Ribeiro e outros. Foi uma big jam, e apesar dos pequenos improvisos do Vitor, deu pra perceber que o elefante magro toca como uma fera.

Ótima dica, Salsa. Não conheço o álbum, mas fiquei curioso, já estou procurando.

Abraco
www.tangoprocovil.blogspot.com

Anônimo disse...

Boa pedida mr.Salsa. Exelente disco, apresentando um dos melhores trombonistas de jazz, aliás, Brookmeyer tocava também e muito bem piano. O disco em questão é agradabilíssimo, provocando até calor. E com tanto calor assim, até elefante na bunda sua.

figbatera disse...

Aquele álbum do Bob com o Stan Getz tb é muito bom, né?!

Anônimo disse...

Bob Brookmeyer começou sua carreira como pianista e depois passou para o trombone de válvulas. É também compositor e excelente arranjador. Chegou a ser considerado um executante frio, mas com o tempo os críticos de plantão "descobriram" que ele tem muito "feeling".

Olmiro Müller
P. Alegre - RS

Anônimo disse...

Ouvi o Rosolino no mpbjazz.blospot.com. Ele também mostra grande destreza com o instrumento.

Anônimo disse...

Putz, assisti uns vídeos lá no mpbjazz simplesmente sensacionais. Frank Rosolino é fantástico.

Anônimo disse...

Essa gente boa toda (contando a postagem a cima) eu vou ouvir com calma amanhã*, mas - fora o Edú - vcs estão esquecendo a rima. Vocês estão esquecendo o Raul, pô. Se quiserem uma colabiração, se as discotecas vossas estiverem na falta de um 'souzabonezin' é só dizer que disponibilizo. Mas não equeçam o Rauuul!

*Alguns nomes já estou baixando aqui.

Anônimo disse...

Por que ninguém cita o Astor e o Maciel, dois excelentes trombonistas brasileiros?

Anônimo disse...

Caro Rogério

No Blog mmpjazz fiz um comentário, em "Trombone 1" (Salsa),citando trombonistas brasileiros de 1ª linha, inclusive Astor e Ed Maciel.

Olmiro Müller
P. Alegre - RS

Anônimo disse...

Corrigindo: o nome do blog é mpbjazz.

Anônimo disse...

legal esse infoque no trombone, pouco lembrado, gostei.

Anônimo disse...

Capturei um tempo pra visitá-los e saliento a oportunissíma lembrança do maestro e "bandleader" Astor Villa. Contemplado num excelente excelente em companhia de Luis Eça, reeditado em cd na comemoração dos 100 anos da Odeon.Não há trombonista de reconhecida importância, como citei já aqui, q não mencione a relevância de Rossolino como músico q combinou as melhores influências dos trombonistas de swing com elementos harmonicos do bebop.Com uma tonalidade próxima a emissão sonora humana, inflexionando , em momentos com agilidade e humor.Com certeza, digno de um "post" específico aqui, com os nossos celebrados especialistas.Os cds Frank Rosolino/5 e Frank Talks, representam uma notável experiencia em aprofundar-se no trabalho desse destacado músico.Quanto a Brookmeyer ,se atribuí a ele a continuação do legado de Juan Tizol(trombonista dos primordios da Orquestra de Ellington e seu "parceiro" no "standart" Caravan, na renovação do trombone de válvulas.Instrumento q pelo rústico timbre recorda ,de certa forma, o sax-alto.Substituto de Chet Baker no quarteto (ausente de harmonizações de piano ) de Gerry Mulligan e durante anos membro da Big Band de Mel Lewis e Thad Jones(atração obrigatória por decada corrente das segundas-feiras no Village Vanguard em NYC).Obteve maior destaque e retorno financeiro como arranjador, compositor e músico de reconhecida competência de estúdio.Um cd q combina dois discos "New Works/Celebration" permite q se conheça a excelência de seu talento como executante, arranjador e condutor de grandes grupos.Edú

Salsa disse...

Rosolino mereceu um post no mpbjazz.blogspot.com