Depois que me deixei levar pelo balanço dixie, descobri que fui parar em local mais distante ainda do local que aconteceria o evento jazzístico. As pirambeiras de Ouro Preto cercavam-me,
inclementes, parecendo tsunamis de pedras prontas para caírem sobre a minha cabeça. Como ainda faltavam sessenta minutos para o início da jazzeira, e para me proteger do premente ataque cardíaco, adentrei um copo-sujo, onde pude me deleitar com uma cerveja caseira e um pedaço de lingüiça requentada por módicos R$2,50. Como parte da programação "jazz paralelo", o boteco contratou Erasmo Rotivale, um famoso multimídia nativo, para nos agraciar com suas interpretações delirantes dos gritos de guerra da torcida organizada do Clube Atlético Mineiro.
inclementes, parecendo tsunamis de pedras prontas para caírem sobre a minha cabeça. Como ainda faltavam sessenta minutos para o início da jazzeira, e para me proteger do premente ataque cardíaco, adentrei um copo-sujo, onde pude me deleitar com uma cerveja caseira e um pedaço de lingüiça requentada por módicos R$2,50. Como parte da programação "jazz paralelo", o boteco contratou Erasmo Rotivale, um famoso multimídia nativo, para nos agraciar com suas interpretações delirantes dos gritos de guerra da torcida organizada do Clube Atlético Mineiro.O jazz deu o primeiro sinal de vida com a performance do saxofonista e flautista
Mauro Senise, que, acompanhado por Mamão (d), Paulo Russo (b) e Itamar Assiere (p), apresentou o seu mais recente trabalho (sobre temas de Edu Lobo). O time de bons músicos mostrou desenvoltura com seus respectivos instrumentos. O pianista, que eu não conhecia, soube conduzir seus solos com firmeza e fluência, não se inibindo diante dos medalhões que estavam no palco. Os colegas do Clube das terças com certeza me repreenderão por insinuar que Senise toca jazz, e eles estão certos. Nós, brasilianos, estamos mais para a "influência do jazz". Jazz, mas jazz mesmo, quem tocou foram os gringos. Mas isso é papo para mais tarde.
Mauro Senise, que, acompanhado por Mamão (d), Paulo Russo (b) e Itamar Assiere (p), apresentou o seu mais recente trabalho (sobre temas de Edu Lobo). O time de bons músicos mostrou desenvoltura com seus respectivos instrumentos. O pianista, que eu não conhecia, soube conduzir seus solos com firmeza e fluência, não se inibindo diante dos medalhões que estavam no palco. Os colegas do Clube das terças com certeza me repreenderão por insinuar que Senise toca jazz, e eles estão certos. Nós, brasilianos, estamos mais para a "influência do jazz". Jazz, mas jazz mesmo, quem tocou foram os gringos. Mas isso é papo para mais tarde.
5 comentários:
Por uma dessas tristes farsas do destino, não pude assistir ao show de Mauro Senise de Amelin. Que pena!
Enveredei pela trilha errada e fui parar em Parati. Só me restou comer um badejo ao molho de camarão e, depois, retomar o caminho para as gerais.
Em breve mais notícias sobre o Tudo é Jazz e adjacências!
Ééééée,vida boa, mr. Lester... e o pobre do Salsa comendo lingüiça requentada com cerveja barata em copo sujo.
O Lester foi enviado pela direção do blog para reportar os acontecimentos mais latentes do Festival de Ouro Preto.Não pra se aventurar em peregrinações ambientalistas.O maior tributo q podemos fazer ao grande Mauro Senise e de ser um músico q resiste, com brilhantismo, fazendo música essencialmente instrumental brasileira há mais de 25 anos.Não jazz, como seu mestre e tb ilustre sax alto e clarinetista Paulo Moura.Edú
Ô Salsa acabei de ver a ampliação da "snapshot" e lí o lema do buteco."Faça daqui a continuação de sua casa".Espero, pela aparência do recanto, q vc não tenha tomado essas palavras ao pê da letra.Edú
Tem perigo não, moço. A vida já me mostrou um pouco do caminho das pedras.
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