Pois é, saiu mais um livro sobre jazz em português. Que bom! Dessa vez a coisa é sobre a gravação de um dos álbuns mais importantes da história do jazz: A Love Supreme, de John Coltrane. Durante cinco dias no fim de 1964, John se isolou com seu saxofone no sobrado que havia acabado de comprar em Nova York. Quando reapareceu, sua esposa notou que ele estava especialmente sereno. "Esta é a primeira vez em que me veio toda a música que quero gravar. Pela primeira vez, tenho tudo, tudo pronto", disse. No mesmo ano, Coltrane gravava "A Love Supreme", uma suíte-marco da história do jazz, e, em suas palavras, "uma oferenda a Ele". A passagem acima é um dos relatos de "A Love Supreme - A Criação do Álbum Clássico de John Coltrane", de Ashley Kahn. O autor norte-americano recupera todo o trajeto que Coltrane percorreu até a gravação do disco, em um retrato humano do jazzista, além de um panorama do gênero nas décadas de 50 e 60. Kahn já havia se debruçado sobre os bastidores da gravação de outro importante álbum do jazz, em "Kind of Blue - A História da Obra-Prima de Miles Davis" (ed. Barracuda). Ex-editor de música do canal VH1, professor da Universidade de Nova York, onde leciona uma matéria sobre Davis, Kahn conversou com a Folha por telefone. Leia trechos da entrevista AQUI.
9 comentários:
Gostei das palavras de AShley Kahn,na entrevista para a Folha: "Jazz é música que entra pelos ouvidos e vai direto para o coração- e é só o que você precisa para ouvi-lo".
Heide Wittgensz poderia ter deixado algumas faixas de "A Love Supreme" para nós,hem?
A Ed. Barracuda lançou o “Kind of Blue” e comprou as opções de publicação dos outros livros de Kahn: “Love Supreme” e a “Historia da Impulse”.Devido ao sucesso, dentro da nossa realidade editorial, do livro de Miles, resolveu, de bom alvitre, publicar o de “Coltrane”.Conforme o sucesso desse recente virá, quem sabe, no final desse ano o terceiro da serie .A melhor reportagem , nestes moldes , que li, foi feita por Ruy Castro, como matéria de capa e reportagem principal, do processo de gravação e finalização do disco “João”, do criador da Bossa Nova, João Gilberto, editada na revista Veja.Um dia perguntei a Ruy como foi a experiência de observador silencioso dentro do processo de criação nos estúdios.Ele revelou-me que João impediu que estivesse “in loco”, fazendo com que tomasse as informações das testemunhas presentes.Lendo a precisão e acuidade da matéria tem se a impressão que as cordas do violão de João ressoaram antes na audição de Ruy do que na mesa de gravação.Edú
Heide, eu mesmo postei sobre o livro de Khan sobre Kind of Blue.
É ótimo.
Comprei esse livro - o do Coltrane em 2004, pouco depois de ter sido lançado. Vale realmente a pena.
E a biografia (dita definitiva, mas tenho dúvidas quanto a isso) do Coltrane está em vias de ser publicada em português.
Sou um ouvinte, mas não dispensaria os livros se alguém mos emprestasse. Alguém?
Já comprei o meu!!!
Salsa:
Posso emprestar, se Grijó, Marco Antônio, permitir. Passei o livro para ele pois foi o próprio que apresentou o A Love Supreme para a turma há uns 40 e tantos anos atrás.Ufa!E com direito à leitura sonora daquilo tudo que Elvin Jones faz...Mas, primeiro, você tem que ouvir OM e, se passar no teste, ligue para ele. vale a pena. Rogério.
Eu até que gostaria tb. de um "empréstimo", poderíamos até criar um "círculo de empréstimos de livros", por aqui...
Eu topo. Quem empresta, recebe em troca. filosofia franciscana.Rogerio
gostei, mas o sobre o kinf of blue é mais legal.
vinicius
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