Aproveito que o Jazzseen está falando a respeito do swing para escrever sobre um pianista que poucos ouvintes de jazz conhecem: Joe Bushkin. Um excelente pianista do swing, infelizmente Joe resolveu trocar o jazz pela música pop e terminou seduzido pela Brodway. Nascido em New York, em 1916, Bushkin era filho de um violoncelista que logo providenciou sua formação musical. Na adolescência, depois de um acidente de bicicleta que lhe danificou alguns dedos, trocou o piano pelo trompete. Rapidamente, no entanto, retorna ao seu instrumento principal, passando a tocar jazz com alguns amigos do colégio. Sua amizade com Irving Goodman, irmão de Benny, lhe valeu excelentes contatos na Costa Leste, o que lhe permitiu estrear profissionalmente em 1932 com Frank LaMarr no famoso clube Roseland Ballroom, de New York. Aos 19 anos Joe assinava contrato com Bunny Berigan, apresentando-se no Famous Door (1935) e gravando com Billie Holiday (1936). Ao mesmo tempo, trabalhava com Eddie Condon, Louis Prima, Muggsy Spanier e Joe Marsala. Entre 1940 e 1942 Joe foi o pianista da orquestra de Tommy Dorsey, com a qual gravou seu sucesso “Oh! Look at me now”. Após o serviço militar, passa a integrar a banda de Benny Goodman, substituindo o pianista Mel Powell. Em 1949 atua e toca na peça “The rat race” de Garson Kanin, na Brodway. No início da década de 1950 passa a ser o pianista do clube Embers, em New York. Em 1953, viaja e grava com Louis Armstrong. Joe chegou a ter seus próprios conjuntos nas décadas de 50’ e 60’. Após um repouso de cinco anos, volta a tocar, acompanhando o cantor Bing Crosby numa turnê na década de 70’. Depois disso, ainda tocou algum tempo, retirando-se da cena musical na década de 80’. Após algumas apresentações esporádicas, Joe morre em 2004, em Santa Barbara. Para os amigos, recomendo um cd da Collectables contendo dois álbuns do pianista Joe Bushkin: Piano Moods (), de 1950 e After Hours (), de 1951.
8 comentários:
Gostei muito!A 1ª faixa, aqui no meu comp., não tocou inteira, cliquei nos quadradinhos à direita, e consegui ouvi-la, todinha.Muito bom!
Edú, mais uma vez obrigada, pela atenção e delicadeza.
Excelente pianista.
Eu sou um dos que não conhecia. Piano tranqüilo.
Delicia de musica...
O disco dele no Town Hall (ao vivo) é esplêndido, apesar de o Milt Hilton parecer meio sonolento, sem muita inspiração.
Esse "After Hours" refere-se à composição homômina, imortalizada pelo P. Newborn e pelo trio Gillespie/Rollins/Stitt?
Grijó
"homônima".
Grijó (corrigindo a digitação).
Exatamente Grijó. É desses clássicos clássicos.
JL
É um tema excelenete.
Aliás, JL, vc já deve ter visto o show Eastwood After Hours, com a orquestra do Carnegie Hall, Clint Eastwood (ao final iniciando o "After Hours") e uma penca de convidados.
Estou esperando para ler uma postagem daquelas, sobre o devedê.
Abraço, meu caro.
É bom lê-lo novamente.
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