29/06/2009

Michael Jackson

Falar dele é falar um pouco sobre a magnífica capacidade de sedução da mediocridade, especialmente fértil em nossa política e música atuais. Improvável que o Jazzseen não se manifestasse sobre o requebrante Michael Jackson, homem que teve o rosto desfigurado pelas navalhadas do sucesso enquanto brincava com bonecas e meninos. Um dos momentos menos desagradáveis de sua cansativa cantilena se deve a Quincy Jones, trompetista, bandleader, arranjador e compositor mais conhecido como produtor musical. E não vale aqui a máxima dize-me com quem andas que te direi quem és, porque Quincy não pode ser descrito apenas por sua colaboração com artistas medíocres como Michael Jackson. A questão da produção dos álbuns Off the Wall, em 1979, e Thriller, em 1982 – acredite, o álbum mais vendido em todos os tempos – foi, em minha limitada opinião, meramente financeira, embora o genial Quincy talvez ouvisse em Michael algo que eu nunca ouvi. Aparência, apenas. A essência de Quincy Jones deve ser conhecida a partir de sua modesta, porém digna, atividade como instrumentista, aliada à sua competência como líder, arranjador e compositor, inclusive de belas trilhas sonoras. Como produtor, Quincy realizou uma série de projetos bem sucedidos e muito rentáveis para a música pop descartável. Muito mais importantes, embora sem qualquer repercussão financeira notável, são suas inumeráveis produções de autênticos álbuns de jazz, dentre os quais gostaria de destacar Bold Conceptions, do pianista Bob James. Gravado para a Mercury em 1962, quando Bob tinha 22 anos de idade e 18 de estudo de piano, o álbum é fruto da vitória de seu trio no quarto Collegiate Jazz Festival, promovido pela Notre Dame University.

Não bastasse a vitória do grupo, seus integrantes vencem também como solistas em seus respectivos instrumentos – Bob no piano, Ron Brooks no contrabaixo e Bob Pozar na bateria. Bacharel e mestre em composição pela University of Michigan – onde foi aluno de Ross Lee Finey – Bob apresenta desde este seu primeiro álbum todos os requisitos de perícia, inteligência e sensibilidade necessários a um bom pianista do post bop. Assim como Michael, Bob também gosta de dinheiro, daí sua imersão profunda no mundo pastoso e ocasionalmente lucrativo do crossover jazz, também denominado de smooth jazz, trabalhando em elevadores com gente açucarada como Grover Washington, Jr., Earl Klugh ou David Sanborn. Assegurada a conta bancária, Bob submerge vez ou outra no mundo do jazz honesto, trabalhando com artistas sérios como Chet Baker, Sarah Vaughan, Hubert Laws, Stanley Turrentine, Paul Desmond ou Maynard Ferguson. Prova de sua competência como compositor e pianista de jazz, além de seu álbum de estréia, encontramos no álbum em trio Straight Up, gravado em 1995 para a Warner Bros., com Christian McBride (b) e Brian Blade (d). A nítida influência de Bill Evans não chega a pesar sobre a originalidade e estilo próprios desse artista que soube dosar com sabedoria o ingresso de numerários com a produção artística. Para os amigos fica a faixa Softly as in a Morning Sunrise , do álbum Bold Conceptions. Creio que Mestre Olney e Mr. Tandeta gostarão do baterista. E viva a morfina!

41 comentários:

thiago disse...

nariz nocivo

Érico Cordeiro disse...

É seu Mr. Lester. O pop finalmente canibalizou o seu ícone mor.
Como artista pop, Michael Jackson foi, indiscutivelmente, um sujeito bastante competente. Possuía uma capacidade única de compor melodias pegajosas e em seu repertório há pelo menos duas pérolas da outivesaria pop (um estilo que também tem lá seus grandes momentos): Don't Stop Till You Get Enough e Billie Jean, exemplos de um pop perfeito.
Poderia ter sido muito maior do que foi, mas a sua loucura não permitiu. Que descanse em paz!!
Quanto ao Quincy e ao Bob James, é a velha história: a sedução das verdinhas é muito mais irresistível que a da mediocridade. Pena que, ao contrário desta última, no primeiro caso muitos são os chamados, mas pouquíssimos são os escolhidos!!!!
Um forte abraço.

Paula Nadler disse...

A mediocridade tem o seu charme.

Ghost Writer disse...

Até que enfim encontrei um comentário coerente a respeito...
Um grande abraço.

Vagner Pitta disse...

bem... de pop eu só gosto alguma coisa da Motown, Areta Franklin, Funkadelic e, claro, Stevie Wonder que é criativo pacas!...mas há músicas para todos os gostos, para todos os momentos e para todos as tribos de pessoas. Há músicas que prezam a arte.E há músicas que prezam o espetáculo e o entretenimento. E dentro da música de espetáculo nunca houve um "artista" como Michael Jackson. Aliás, pior do que o músico que já nasceu fazendo música pop, é o músico que nasceu fazendo arte e, em um determinado momento da sua carreira, começa a fazer música pop só pra parecer mais "descolado" ou mais jovem. Apesar de não suportar o pop, não concordo quando vc diz que Michael foi medíocre...jamais! Ele foi um artista nato: dançava como ninguém, tinha boa imaginação para a composição pop - embora eu a considere uma composição que nem de longe chega aos pés das peças de jazz em termos musicais - e, além das performances, seus clips, seu figurino e sua imagem, mudou a cara não só da música pop americana, mas da musica pop mundial. Ou seja, ele não foi como algumas figuras da história da música popular que se fez mito ou lenda apenas através daquela imagem pop de bom moço ou de mocinho rebelde. Antes, ele era criativo e, dentro do ramo musical a que se propôs trabalhar, sempre procurava impressionar as pessoas com letras, hits e produções de impacto. Dizer que Michael Jackson só parecia criativo por causa das superproduções capitaneadas por Quincy Jones é como dizer que o insuportável jazz-rock do Miles Davis só teve sucesso por causa das composições e dos arranjos seus sidemans talentosos - a lembrar: Wayne Shorter, Tonny Williams, John Mclaughlin, Joe Zawinul, Airto Moreira, Dave Holland e cia. Assim como Miles, que fazia as pessoas esquecerem sua falta de técnica através do seu marketing, do seu figurino colorido e da sua imagem de líder criativo, o Michael jackson era a personificação do artista pop, do artista que está na Terra não com a missão de fazer arte, mas sim espetáculo! A essência do pop não é a música em si, mas sim a imagem, a figura do artista e seu poder de entreter e distrair. Vejam o quanto Miles foi decaindo musicalmente ao mesmo tempo em que ele foi incrementando sua imagem e seu figurino, e vejam como ele é aclamado por isso!!!

Em termos de comparação - considerando a atuaçã de cada um dentro do seu respectivo ramo musical - quem foi mais artista: Miles Davis ou Michael Jackson?

O problema de Michael e Miles e de vários outros artistas pop é que, se é que eles eram mesmo criativos, o culto à imagem, o culto à beleza, o culto ao consumismo, à ganância e à busca da rebeldia e do prazer através de entorpecentes foram, gradativamente, anulando essa criatividade e transformando-os em idiotas, produtos da mídia para alimentar a polêmicas e vender fofocas. E a música? Que se foda a música...!!!

Abraços e valeu por mostrar jazz através de um post sobre o pop!

Cinéfilo disse...

JL, meu caro, andas a tomar Demerol?

MJ, naquilo a que se propôs fazer, foi quase tão bom quanto os Beatles - o que, para vc, amigo, nada quer dizer.
Abra seu coração, JL.

Abraço

John Lester disse...

Prezados amigos, apesar do apoio importante de Ms Berger, percebo certa simpatia sincera por Michael e sua obra. São opiniões que considero, mais porque sei expostas sem nenhum interesse secundário.

Muito do que tem sido dito nos meios sobre Michael é fruto de interesses financeiros, pactos inconfessáveis ou cláusulas contratuais. É preciso cautela.

Os amigos Pitta e Grijó que me perdoem, mas creio que a arte passaria incólume sem Michael, sem Beatles e sem Miles. Já não diria o mesmo de pessoas como, digamos, James Brown, Jimmy Hendrix e John Coltrane, apenas para ficarmos na letra J.

Conheço dezenas, talvez centenas, de artistas que cantaram e cantam muito mais que Michael, que dançaram e dançam muito mais que Michael, que realizaram e realizam espetáculos muito melhores que os de Michael. A questão é o que cada um de nós entende por canto, dança e espetáculo.

Assistir e ouvir Michael Jackson, só mesmo com generosas doses de morfina no coração.

Grande abraço, JL.

Sergio disse...

"E viva a morfina" foi duro de ler. Mas é tbm por seu sarcasmo q admiro o mestre mister Lester.

Bem - poderia tbm abrir com "Ben" -, depois dessa avalanche de informação exatamente a mesma, nunca assisti a um jornalismo tão redundante quanto nesse episódio da morte de MJ. Aí fechei com a idéia de que a palavra mais chave que define o rei do pop é um simples "se".

Baseado na teoria e na maioria das entrevistas de gente muito próxima ao astro - um dos meninos confessou hoje q tudo não passou de golpe dos pais -, criei uma suposição, a mais cruel a nós mesmos para fechar ou (re)abrir o caso: e se aquele forest gump da não ficção jamais tenha mesmo tocado as crianças da maneira como a gente enxerga como maldade? Reparem que afirmar que essa tese é humanamente impossível é já firmar-se na própria maldade.

Claro q a proposição nada tem a ver com o talento do moço. Mas, taí um bom dilema pra se pensar.

De uma coisa eu tenho certeza, um que não perderá o sono com tal idéia é o Lester. Se Michael é tão irrelevante, o q importa se molestava ou não as criancinhas?

Enfim, amanhã tenho marcado um butiquim, acho q vou encafifar um monte de bebum com a teoria.

Abraços.

Salsa disse...

abc doremi...
haja!
Menino jesus que se cuide.

edú disse...

Na minha obstinada carreira de “ajuntador de discos” reuni em minha coleção, por prazer e ser , em parte ,trilha sonora de minha adolescência , “Off the Wall” e “Thriller”.Esses dois cds encontravam-se relegados à indiferença e descaso de mais de uma década nas minhas estantes e foram resgatados pela morte de Jackson.São trabalhos representativos de um período e época em q ele era um promissor músico e ainda negro.Quincy Jones não foi definitivamente um grande trompetista de jazz.Sua imagem é mais associada a figura de produtor de sucesso em diversos estilos e homem de reduzidos escrúpulos q ofereceu o contrato mais ofensivamente escorchante q Ivan Lins pousou os óculos na vida. Além de sua desafinada capacidade de brutalizar sua ex-mulher Nastacha Kinski.Bob James, bom exemplo de musico popular q se entrosa no idioma do jazz( sua origem) tem três bons discos essencialmente dedicados ao jazz : Bold Conceptions(1962),Straight Up(1995) é o melhor , na minha opinião ,Take it From the Top (2004).A propósito, Jackson 5 era bem agradável.

bia disse...

delicia...

Sergio disse...

Tem blog bem bacana q frequento http://www.zeno.com.br/ q pstou assim as recordações que ficaram para quem viveu a época dos Jackson five e sua música:

"Eu me lembro do Michael Jackson

Corria o ano da graça de 1973. Talvez fosse 1974. Naquele tempo os anos eram meio parecidos, de um jeito bom. Era a época dos bailinhos (dos quais falamos aqui, nos primórdios da seção Je Me Souviens), naquele esquema lona-na-garagem-do-amigo, muita cuba-libre para escândalo de mães e familiares e o fato de que as meninas sempre preferiam os caras mais velhos. Mas eu tinha uma carta na manga, pra enfrentar a concorrência. Como o baile sempre tinha o momento das lentas, aprendi com um amigo que o negócio era se preparar: graças às dicas do sujeito responsável pela seleção das bolachas, eu parava de dançar uns bons quinze minutos, meia hora, antes de as lentas começarem, pra mó de o suor secar e não assustar a potencial freguesia. Dava certo, dava muito certo no começo, até que todos os candidatos a galã perceberam o truque e aí o universo masculino do bairro se tornou indiscernível para as moças - eu era só mais um dos sequinhos. Os momentos de crise são os responsáveis pelas trocas de paradigmas da humanidade, como já mostrou o Thomas Kuhn a propósito de assunto menos importante que esse. Achei que era hora de inovar: comecei então a cantar, bem baixinho no ouvido das moças, as músicas lentas que a gente estava dançando naquela hora. Eu e a língua inglesa não éramos propriamente íntimos à época, e o resultado era um embromation sussurrado que, surpresa das surpresas, dava tão ou mais certo que a técnica do suor. Fiz carreira, durante alguns anos, como crooner amoroso para moçoilas desavisadas ou, melhor ainda, reincidentes. De todo o vasto repertório de embromation de então, havia duas músicas que convenciam até as mais recalcitrantes, e eu gastei muitos cruzeiros novos engraxando os DJ's das festas para tocá-las nos momentos emergenciais: All In Love Is Fair, do Stevie Wonder, e Ben, do agora finado Michael Jackson. Depois disso, eu virei bobo, o Michael virou branco e a gente pouco se encontrou nas três décadas seguintes.

Cara, valeu. Muito."

Andre Tandeta disse...

Mr. Lester,
por partes:
1)o Sr. Vagner Pitta poderia,e deveria,abrir mão do uso de expressões ditas chulas aqui nesse ambiente. Nada contra o uso no dia a dia,eu falo palavrões mas procuro me segurar na maioria das vezes.Acho que certas regras de convivencia devem ser respeitadas pelos adultos,ou candidatos a.
2)Quincy Jones foi um grande arranjador e compositor de trilhas pra cinema. Tenho alguns discos dele que acho excelentes.
3)não me pronunciarei sobre Miles Davis muito menos sobre Michael Jackson.
4)o baterista em questão,Bob Pozar é muito bom.
Grande abraço

John Lester disse...

Prezado Sérgio, obrigado pelos comentários. Gostaria de observar apenas que, em nenhum momento de meu texto, afirmei que Michael Jackson molestava crianças.

Minhas afirmações se restringem às próprias palavras e atos desse ser humano: todos sabem e ele mesmo confessa que adorava brincar com bonecas e meninos.

Se era pedofilia, a conclusão é sua, não minha.

Meu texto é sobre a "música" medíocre que ele produziu. "Música" que poderia ter sido elaborada por milhares de outras pessoas, como Xuxa, Ivete Sangalo ou Roberto Carlos. "Música" que Jelly Roll Morton, Billie Holiday, Lester Young e John Coltrane jamais teriam produzido.

E concordo com Mr. Tandeta: Quincy Jones é um bom músico.

Grande abraço, JL.

Marília Deleuz disse...

Eu também adoro brincar com bonecas e meninos, rsrsrs!

Sergio disse...

Claro, Lester. Nem meu texto deu em qualquer momento a entender isso. Ao contrário, defendi a sua posição quando disse - ctrl c e ctrl d: "De uma coisa eu tenho certeza, um que não perderá o sono com tal idéia é o Lester. Se Michael é tão irrelevante, o q importa se molestava ou não as criancinhas?"

Ou não fui bem lido ou estou escrevendo pior do q imaginava.

O q me motivou escrever o q escrevi é q realmente, com tudo q li e ouvi a respeito, começo a desconfiar q o Forest Peter Jackson de Neverland pode realmente não ter molestado ninguém além de seus seletivos ouvidos.
Abraços!

Em tempo: já a Xuxa... Putz! Maldita geração saude.

Anônimo disse...

Duvido que você nunca tenha se mexido, nem que fosse um pouquinho, ao som de Don't Stop Till You Get Enough e Billie Jean. E duvido mais ainda que não tenha ficado admirado com o moonwalker e toda dança que você arrogantemente chamou de requebrante. Se você não curte Michael, tranquilo, o gosto é seu, agora dizer que era um artista mediocre, só se você realmente estiver querendo chamar a atenção e fazer "tipo" para seus leitores.
Se o seu estilo de música é outro, então se limite a falar só dele, ok? Talvez seja melhor assim.
Infelizmente Michael Jackson não teve cabeça para aguentar tanto sucesso e olofotes, e obviamente se boicotou em mil maneras. Mas inegavelmente tem seu valor, foi um artista completo, jogava nas onze e não existia nenhum concorrente. E olha que não sou nenhum fã do pop.
Seja menos egotrip, abra a cabeça.
Você fala que Michael adorava dinheiro, mas lendo seu blog vi uma pessoa narcisista, contando fatos como se fosse cheio das "verdades" (provavelmente leu em outro blog), e louco pra chamar a atenção.

Carlos

Sergio disse...

Estou encafifado...

Lester e os demais: esqueçam isso de o assunto "molestador de criancinhas" ter sido levantado aqui por algum dos presentes. Li todos os comentários e todos giravam sobre música. Mea culpa mesmo ter levantado essa lebre, mas:::: o que ninguém atinou por aqui é que seria um grande passo para a ciência um estudo aprofundado dessa mente absoluta-mente complexa. A música/obra não tem tanta relevância. Era aquela cocacola toda sim e ponto final. Uns amam outros dão de ombros. O q é o pop senão essa dubiedade?

Já a mente de Michael Jackson muito me interessa. Era isso.

Por falar nisso, q vai virar filme alguém tem dúvidas? Diante do fato ainda não consumado mas já de pré-contrato assinado, quem seria o melhor cineasta para o retrato falado?

Juro q rimou sem querer!

figbatera disse...

Do Bob James tenho o cd "Straight Up"; gosto muito do trio - com Brian Blade
nos tambores. E, claro, tb gostei do batera que toca na faixa apresentada.

APÓSTOLO disse...

Prezado John Lester:
Por favor, exclareça-me = quem foi Michael Jackson ? ? ?

APÓSTOLO disse...

Prezado JOHN LESTER:

Corrigindo = esclareça-me = quem foi Michael Jackson ? ? ?

John Lester disse...

Prezado Apóstolo, obrigado pela presença em nosso blog. Tenho quase certeza de nossa sintonia musical e, por consequência, não poderei lhe dizer quem foi Michael Jackson.

Como podemos ler no comentário de Mestre Edù, sempre lancinante e certeiro, os Jackson Five prometiam, mas o mercado selecionou Michael Jackson para celebridade, não apenas por sua pobreza musical - o que facilita a manipulação pelos meios - mas sobremodo por sua contagiante figura: menino negro frágil, surrado pelo pai, dançarino modesto mas dedicado e com aquela tão apreciada forma hermafrodita, modismo que vendeu muito - e ainda vende - para adolescentes intelectualmente mal dotados e emocionalmente indefinidos.

Música? Desconheço qualquer contribuição musical do indivíduo, quer dizer, contribuição musical digna de constar nas prateleiras da arte.

E, vale notar que, apesar de não gostar de rock, mpb ou clássico como gosto de jazz, respeito e admiro músicos como Hendrix, Hermeto e Haydn, apenas para ficarmos na letra H.

Agora, o que é lixo devemos colocar no lixo.

Quem deveria ser rico, famoso e ovacionado é Pixinguinha, não esses monstros globais.

Obrigado mesmo pela visita. Respeito muito suas opiniões sobre jazz mas, infelizmente, não posso lhe dizer quem é MJ.

Grande abraço, JL.

Danilo Toli disse...

Lester, desculpe interromper o quebra-pau mas, sem brincadeira, notei que apenas Edú e Olney falaram sobre a faixa interpretada por Bob James, boa pra caramba.

Sabia que o baixista tinha 21 anos e o batera 26 na data dessa gravação?

Valeu!

John Lester disse...

Prezado Mr. Toli, como transcorre o verão londrino?

Creio que o amigo Érico Cordeiro tmabém teceu seus comentários acerca de Bob James.

Grande abraço e, quando vier ao Brasil, entre em contato. Sim: todo cuidado com o metrô!

JL.

Kevin disse...

Singer, songwriter. Jackson was born August 29, 1958, in Gary, Indiana, to an African-American working-class family. His father, Joseph Jackson, had been a guitarist but had put aside his musical aspirations to provide for his family as a crane operator. Believing his sons had talent, he molded them into a musical group in the early 1960s. At first, the Jackson Family performers consisted of Michael's older brothers Tito, Jermaine, and Jackie. Michael joined his siblings when he was five, and emerged as the group's lead vocalist. He showed remarkable range and depth for such a young performer, impressing audiences with his ability to convey complex emotions. Older brother Marlon also became a member of the group, which evolved into the Jackson 5.

Behind the scenes, Joseph Jackson pushed his sons to succeed. He was also reportedly known to become violent with them. Michael and his brothers spent endless hours rehearsing and polishing up their act. At first, the Jackson 5 played local gigs and built a strong following. They recorded one single on their own, "Big Boy" with the b-side "You've Changed," but it failed to generate much interest.

The Jackson 5 moved on to working an opening act for such R&B artists as Gladys Knight and the Pips, James Brown, and Sam and Dave. Many of these performers were signed to the legendary Motown record label, and it has been reported that Gladys Knight may have been the one to tell Motown founder Berry Gordy about the Jackson 5. Impressed by the group, Gordy signed them to his label in 1968.

Relocating to Los Angeles, Michael and his brothers started work on their music and dancing with their father as their manager. They lived with Gordy and also with Supremes singer Diana Ross when they first arrived there. In August 1969, the Jackson 5 was introduced to the music industry at a special event, and later served as the opening act for the Supremes. Their first album, Diana Ross Presents the Jackson 5, hit the charts in December of that year. It's first single, "I Want You Back," hit No. 1 on the Billboard Hot 100 chart in January 1970.

More chart-topping singles quickly followed, such as "ABC," "The Love You Save," and "I'll Be There." At the age of 13, Jackson launched a solo career in addition to his work with the Jackson 5. He made the charts in 1971 with "Got to Be There" from the album of the same name. His 1972 album, Ben, featured the eponymous ballad about a rat. The song became Jackson's first solo No. 1 single.

For several years, Michael Jackson and the Jackson 5 maintained a busy tour and recording schedule, under the supervision of Berry Gordy and his Motown staff. Gordy wrote many of the songs recorded by the group and by Michael Jackson as a solo artist. The group became so popular that they even had their own self-titled cartoon show, which ran from 1971 to 1973.

Despite Jackson's individual achievements and the group's great success, there was trouble between the Jacksons and their record company. Tensions mounted between Gordy and Joseph Jackson over the management of his children's careers, and their level of participation in making their music. The Jacksons wanted more control over their recordings, which led to most of the Jacksons breaking ties with Motown in 1975. Jermaine Jackson remained with the label and continued to pursue a solo career, having previously released several albumsnone of which had matched the success of his younger brother Michael.

Sergio disse...

Tá fraco. O barato aqui, a grande contradição - melhor seria dicotomia? - é a pop-postagem batendo recordes de audiência na casa da sofisticação. Em nome do populacho, Michael Jackson é um bom conteúdo! Tão bom quanto o de um sujeito comum. O resto é Beatles, Miles Davis, Elvis Presley e o grande!, Ariano Suassuna. Ariano tem poder. A obra é essencial, mas o ser é quase tão apequenado quanto qualquer eu e você.

Sergio disse...

opa. pq disse "quase"?

Andre Tandeta disse...

Sobre Bob James:
o disco "BJ 4" de 1975,da CTI Records.
No LP(tambem foi lançado depois em CD) temos o lado A muito interessante com solos de Art Farmer e Hubert Laws e arranjos de James com uma sonoridade orquestral bastante original. O lado B é justamente o oposto:musica de elevador muito ruim. O disco foi gravado no estudio de Rudy Van Gelder e eu considero o melhor som gravado que ja ouvi ate hoje. O LP melhor que o CD. Espetacular em termos de audio. Musicalmente interessante até a metade dele.
Esse disco me marcou muito pela performance do grande baterista Steve Gadd.
Abraço
Abraço

PREDADOR.- disse...

Fiquei pasmo: um blog de jazz perder tempo com Michael Jackson, Bob James e "outros menos votados". Essa conversa inútil já encheu o saco, ou melhor transbordou o saco. Chega!

Andre Tandeta disse...

Mr. Lester,
gostaria de lembrar a sugestão que fiz(endossada pelo amigo Olney) sobre uma resenha com Alan Dawson,um grande musico,super baterista com uma enorme folha de serviços prestados ao jazz. Creio que ele se encaixa perfeitamte na ideia de mostrar grandes musicos pouco conhecidos.
Abraço

John Lester disse...

Obrigado pela sugestão Mr. Tandeta, muito boa aliás. Sua idéia será enviada ainda hoje para nosso Conselho Editorial.

Grande abraço, JL.

Anônimo disse...

Nossa, que blog da hora! O melhor de tudo foi ler "também gosto de bonecas e meninos".
Vocês gostam de lasanha ou pizza?

bjos,
Lolita

O Polvo disse...

Michael Jackson tinha o dom do espetáculo. Concordo que não era o melhor cantor, talvez nem o melhor dançarino, outros podem ter feito espetátuclos melhores e mais criativos. Contudo, é preciso considerar a sua capacidade de mesclar, de amontoar tudo e fazer cada peça se encaixar.

Por exemplo veja o clipe "Black or White". A diversidade cultural apresentada nas imagens (mesmo que o título dê a entender uma dualidade apenas) se traduz na própria coreografia de Michael. Ele incorpora passos e modos de dançar da cultura em que se encontra.

Claro que o dinheiro colocado no projeto ajuda e muito, mas não são todos os artista que, ao usarem uma grande quantia de dinheiro, produzem coisas do mesmo nível de MJ (pelo menos no pop).

Abraços,
O Polvo

John Lester disse...

Prezado Mr. Polvo, confesso que seu poder de argumentação é bastante acima da média, fazendo lembrar as incursões de Perelman e Olbrechts-Tyteca em Tratado da Argumentação: A Nova Retórica.

É mesmo bom compartilhar de comentários como o seu, ainda que divergentes da opinião de nossos editores.

Grande abraço e volta sempre, JL.

Betto disse...

Esse jazzseen é um porre! Odeio isso aqui!!! Michel Jakson era um gênio!!!!

edú disse...

Apesar de discordar q Alan Dawson seja pouco conhecido - haja visto sua longa ligação com Dave Brubeck a moção apresentada pelo Tandeta conta com minha simpatia .

Tobias Serralho disse...

Querido John, eu e Lídia estamos partindo para Otago Central, naquela Ilha do Sul que você conhece bem. Lembra de nossos paseios pela Felton Road?

Mas tudo bem, segue agora, via e-mail, a resenha que prometi. Espero que seja aprovada para publicação.

E, vem cá, porque pessoas como Carlos e Betto frequentam o Jazzseen?

Abraços para você e Mrs. Lester!

Andre Tandeta disse...

Alan Dawson mesmo tendo tocado com alguns artistas do primeirissimo time do jazz(Dave Brubeck,Sonny Rollins e Bll Evans,por ex.)a partir do começo da decada de 70 parou de aceitar convites para turnes pois tinha um problema de hernia que era irreconciliavel com viagens. Se dedicava ao ensino desde a decada de 50 tendo sido professor da Berklee por quase 20 anos. Entre seus alunos estão alguns dos mais destacados beteristas contemporaneos.Isso serve como explicação para o fato de alguem tão talentoso e preparado não ter se tornado um musico mais conhecido do publico de jazz. Tenho um livro dele editado apos seu falecimento onde um ex aluno seu demonstra inumeras tecnicas que Dawson ensinava.Trabalho sensacional que uso regularmente e é uma das coisas mais interessantes e musicais sobre bateria que ja vi em toda minha vida.
Desculpem a aberta campanha mas creio que todos os amigos do Jazzseen merecem conhecer esse super musico que tem tanta importancia no desenvolvimento desse maravilhoso instrumento que é a bateria.
Abraço

Sergio disse...

Lester, quando der uma passadinha no Sônico verás q... Uhm... não posso enfiar um verás no texto sem imediatamente querer me perfilar e completar com aquilo de "não fugir da luta"... Enfim. Postei um Curtis Councezinho lá. Esse me orgulho de ter descoberto sozinho. Mas eis q vou procurar argumentos sobre o artista e quem encontro falando sobre o homi? Pois é. Dessa vez não copiei não. Acochambrei a coisa de um jeito que ficou assim um texto de duas escolas distintas, sabe? A vossa não tive a honra de conhecer, já a minha... foi uma aqui ao lado, entre a Plataforma, o afamado Largo dos Ladrões e o ... Ierk... Clube de Regatas do Flamengo... Unf, tbm não posso digitar esse nome sem sentir uns engulhos me subindo o gragumilho...

Enfim. Só vim te avisar q, acaso reconheças algumas pinceladas suas eu fiz o possível para descaracterizar os números de série até pra depois não correr o risco de sofrer os rigores da lei.

Abraços!

Em tempo, agora falando sério: q monstro o Curtis Connce, hein? Ouvindo agora o The Best “Landslide”.

Sergio disse...

Ô meu deus, é Counce!

fabiopires disse...

Caramba !!Tiveram a coragem de chamar Michael Jackson de medíocre.Finalmente um !!