21/07/2009

European Jazz Trio

Não, eles não constam em nenhum guia. O European Jazz Trio, grupo holandês do post-bop é formado por Marc van Roon (p), Frans van der Hoeven (b) e Roy Dackus (d). Marc nasceu em The Hague, no dia 2 de novembro de 1967, começando a estudar piano clássico aos dez anos de idade. Em 1986 participou do curso de verão patrocinado pela Berklee School of Music em Perugia, Itália. Após graduar-se no Royal Music Conservatory em The Hague, parte para New York em 1992, realizando estudos com os pianistas Richie Beirach, Kenny Werner e Barry Harris. Desde então vem trabalhando e gravando com músicos importantes, como Clark Terry, David Liebman, Charlie Mariano e Art Farmer. Marc atua ainda como arranjador, compositor e professor, tendo realizado diversas composições e arranjos para o European Jazz Trio e para o teatro. Além disso, Marc fundou o Art in Rhythm, organização dedicada a pesquisas sobre livre improvisação e intercâmbio musical. Simultaneamente ao trabalho em trio, Marc tem realizado projetos como líder, como o álbum Falling Stones, gravado em 1994 com a participação do saxofonista David Liebman. Frans van der Hoeven, além de contrabaixista, atua também como professor, arranjador e compositor. Seus trabalhos incluem parcerias com músicos consagrados, como Woody Shaw, Barney Wilen, Jack DeJohnette, Eivind Aarset, Harry Sweets Edison, Ronnie Cuber, Tom Harrel, Lee Konitz, Dee Dee Bridgewater, Toots Thielemans, Kurt Rosenwinkel, além de gravações com Han Bennink, Art Farmer, Charlie Mariano e Lew Tabackin, entre outros. Roy Dackus nasceu em 1964 e aos cinco anos de idade já estudava bateria, instrumento sempre disponível em sua casa, considerando que seu pai era baterista profissional. Em 1987 graduava-se com louvor no Hilversum Conservatory. Sua experiência como instrumentista inclui trabalhos com Ernie Watts, Bob Malach e Toots Thielemans. Roy atua ainda como produtor musical, realizando trabalhos reconhecidos pela crítica.

O European Jazz Trio começou a carreira de forma inusitada, fornecendo em seu primeiro álbum tratamento jazzístico às composições dos Beatles, em 1995. Sem preconceitos, o trio tem investido nesse processo de adaptação de temas pouco usuais ao jazz, através de arranjos e experimentos bastante inovadores, quase sempre dentro do ambiente do post bop e, em algumas oportunidades, resvalando para o free ou para a fusion, onde o flerte com a pop music e a música clássica são constantes. Para os amigos fica a faixa Lullaby Of The Leaves, do álbum The Windmills of Your Mind, gravado em 1997 e lançado pelo selo Pony Canyon.

17 comentários:

thiago disse...

trio sinistro

Bruno Leao disse...

A foto do album é bonita

Érico Cordeiro disse...

Caro Mr. Lester,
Sempre com fabulosas descobertas. Grande trio mesmo (um som límpido o desse piano e a bateria é surpreendente). Mais um prá listinha!!!!
Abraços!

figbatera disse...

Beleza! Eu tb gostei da capa e do som do trio.

Anônimo disse...

que classe...

John Lester disse...

Prezados amigos, agora como é que nenhum guia de jazz fala dessa turma?

Grande abraço, JL.

edú disse...

Acho q - de certa forma - essa omissão será reparada, por nossos meios e empenho, caro JL.

Salsa disse...

Som agradável mesmo. Boa dica, Lester.
PS - comunico-lhes o fim do quarteto transatlântico. Voltarei à formação trio drumless: eu, Túlio Busatto (teclados), Andrei Junca (baixo acústico/elétrico).
Próxima terça-feira no Balacobaco.

pituco disse...

outro dia na loja de cds em que estava(union disk)especializada no gênero, estava rolando esse som no 'playlist now'.

embora não seja um lançamento, o staff local tem bom gosto...rs

valeu a postagem mr.lester
e que venham novas generations, não é verdade?

amplexsonoros

Érico Cordeiro disse...

A listinha vai esperar meis um pouco.
US$ 32,00 + frete no Amazon.
Como diria o impagável presidente Viajando Henrique Cardoso: "Assim não dá, assim não pode"!!!!

Andre Tandeta disse...

Mr. Lester,
gostei muito ,dos musicos e da qualidade da gravação. Mas gostaria de perguntar: o Sr. conhece "Now He Sings Now He Sobs" de Chick Corea, com Miroslav Vitous e Roy Haynes,gravado em 1967 ?
Os holandeses são realmente excelentes musicos,todos os tres, mas a semelhança com Corea ,Vitous e Haynes é muito grande,obviamente uma coincidencia ou são meus ouvidos identificando coisas que nada tem a ver.
De todo modo é muitissimo bem tocada e gravada essa faixa.
E quando teremos o prazer de sua presença no Barril? Dia 31 de julho sera nosso ultimo dia,agora sem prorrogação mesmo,nem choro nem vela.
Abraço
Abraço

John Lester disse...

Prezado amigo Tandeta, conheço o álbum e, de fato, há relação entre um e outro, coisa que se absolve quando verificamos uma certa identidade estrutural na linguagem post bop. Ou não? Eu, por mim, gosto e incentivo a proposta. Pelo menos é jazz, e do bom.

Enquanto isso, as opções são poucas: ou esperamos um novo John Coltrane aparecer, ou vamos até o Barril 1800.

Grande abraço, JL.

edú disse...

Quando Now He Sings Now He Sobs foi resenhado pela revista Down Beat recebeu meia(1/2) estrela em 1968.Trinta anos mais tarde decidiram reconsiderar algumas avaliações.Recebeu a máxima (cinco)- de cara.Nada como o tempo para solificar ou alterar as opiniões.

Travassos disse...

musiquinha enjoada, coisa de elevador

Andre Tandeta disse...

Mr.Lester,
admito que original mesmo nem o proprio Chick Corea seja mais. Fiz um comentario sobre a primeira impressão que me veio, o pianista Marc Van Roon alem do vocabulario tem uma sonoridade,digamos,bastante proxima da de Corea. Mas como o Sr. tão bem disse é jazz ,e do bom.Bom mesmo.
Barril:nessa reta final João Rebouças com problemas de coluna esta sendo belissimamente substituido por Alfredo Cardim. Ele mais Romulo Gomes e eu fazemos o que sabemos,não sei se é original ou não. O Sr. podera dizer quando ouvir. Estamos aguardando.
Abraço

Roberto Scardua disse...

Quem é esse Travassos??? Gostaria de viajar nos mesmos elevadores que ele!!!

Valeu Lester, tem resenha nova na caixa postal!

Sergio disse...

Seu João L, nunca neguei q sou um grandíssimo de um resmunguento, as vzs acho até graça, tenho que achar, pq quando se chega em certa idade o melhor é relaxar enquanto goza, coisas desagradáveis tbm podem pintar por aí na base da incontinência. Mas hoje não é reclamação, não. Eu só quero saber se acontece com outros q aqui frequentam o fenômeno mais maluco de todos os blogs que frequento. Até pq pode haver alguma solução q desconheço. Absolutamente todos os players daqui, disparam tudo ao mesmo tempo assim q entro. E hoje, estava mais calminho e fui dando stop em um por um até o silêncio reinar. Q alívio! Será que o fenômeno é pessoal, isto é só comigo o negoço?