08/09/2011

MJT + 3

Faz dois anos que comentamos alguma coisa sobre o MJT + 3, grupo do Hard Bop criado pelo baterista Walter Perkins que infelizmente teve vida curta: 1959 a 1962. A sigla, poucos sabem, quer dizer Modern Jazz Two plus Three. Nascido em Chicago, no dia 10 de fevereiro de 1932, é aí que Perkins começa sua carreira musical. Em 1956, após trabalhar dois anos com o pianista Ahmad Jamal, toca com Coleman Hawkins no Playboy Jazz Festival de 1959, ano em que cria o MJT + 3, quinteto formado originalmente por Paul Serrano (t), Nicky Hill (ts), Muhal Richard Abrams (p) e Bob Cranshaw (b). Também passaram pelo grupo os músicos Booker Little (t), George Coleman (ts), Frank Strozier (as), Harold Mabern (p) e Willie Thomas (t). Em 1960, parte com seu grupo para New York, apresentando-se em clubes importantes, como o Five Spot e o Small's Paradise. Após o término do MJT + 3, Perkins permance em New York, trabalhando com uma série de músicos renomados, como Carmen McRae, Sonny Rollins, Art Farmer e Teddy Wilson, além de participar de diversas gravações ao lado de George Shearing, Gene Ammons, Billy Taylor, Booker Ervin, Charles Mingus, Clark Terry, Lucky Thompson, entre outros. Sempre discreto no papel de líder, Perkins é reconhecido por sua habilidade em manter o swing, oferecendo um suporte estável para os solistas que acompanha. Na final da década de 1960, trabalha com Pat Martino e Harold Mabern e, na de 1970, com Charles Earland. Em 1981, integra o trio de Hilton Ruiz, com quem se apresenta e grava em Paris.

Para os amigos, as faixas Old Images, No Land's Man e Aon, retiradas do álbum Message from Walton Street, lançado em 2000 e que apresenta faixas inéditas, engavetadas por 40 anos. Com Perkins e Cranshaw estão dois mestres de Memphis: Harold Mabern (p) e Frank Strozier (as). No trompete, o habilidoso Willie Thomas, que dá um sabor West Coast a este excelente quinteto do Hard Bop.


13 comentários:

LeoPontes disse...

O descobridor de reliquias ataca novamente.Grande enólogo e resen hista entre tantas outras virtudes, nosso Master Lester.

Abrçs

Érico Cordeiro disse...

Discaço, Mr. Lester!
Comprei no Amazon meio por acaso - buscava discos do Frank Strozier. Aliás, em breve ele pinta no barzinho - um senhor altoísta, bem menos reverenciado do que merece.
Abração!

John Lester disse...

Prezados Leo e Érico, obrigado pelas visitas.

Grande abraço, JL.

Internauta Véia disse...

Já está tocando direto para enriquecer meu dia!
Beleza, Mr. Lester!

Sergio disse...

Também este... neca de pitibiriba. Os músicos,,, tchô v se... Conhecia-os todos em separado, mas como MJT + 3, nunca. Mas indicado na volta pelo mr., deve ser papa finíssima.

Bem vindo de volta, mr. John.

Ah, como cês vão mas é ruim de cês vortá, minha resposta prôcê lá na birosca sônica foi:

"Mr. Lester, quanto tempo! Bom, conheço sua pouca disposição para cantores, no geral. Li uma postagem sua ou de um de seus colaboradores dando conta de que és da opinião de que música, nem sei se com raras exceções, deve ser feita exclusivamente instrumental, quase tanto como a poesia, de palavras. Estou próximo do que pensas? Lembre-se, minha memória não é o meu forte. Infim, partilho um pouco dessa idéia, mas só no caso das palavras - geralmente não presto atenção às letras, numa música. E sempre observo com maior atenção à melodia e a colocação dos instrumentos. Mas no caso do Mooney, acho que devias insistir. O cara é um estilista, vai por moi.

A coisa dos players não aparecerem pra vc, certamente fazem parte daqueles mistérios virtuais da internet que conhecemos bem."

Deu pra entender q não conhecia o Mooney, não deixe de pelo menos tentar conhecer.

Abraços!

Naura Telles disse...

Delícia!

John Lester disse...

Ok, Mr. Sônico, vou perpetrar uma audição que seja do tal vocalista.

Grande abraço, JL.

pituco disse...

master lester,

vivendo e ouvindo...obrigatô

abrçsons

Anônimo disse...

20 anos...q bom q acharam e pessoas como vc divulgam...parece
magica.
viva mago lester
nossos aplausos

Sergio disse...

Esse "Message from Walton Street" não encontrei ainda não, mas o 2 em 1 MJT + III com "Make Everybody Happy" foi um tremendo achado! Valeu a dica, mr.

Sergio disse...

Meu caro, mr. Lester, ouvido este álbum, aí vão minhas impressões: é provável que este “Message From Walton Street" seja o mais elaborado e autoral disco dos caras, por isso mesmo, não é obra a se dar veredito logo na 1ª audição, o caso contrário é justamente esse lançamento "Two Classic Vee Jay 2 LPs on One CD", (Walter Perkins ''MJT + III'' e ''Make Everybody Happy'' ) esse (ou os dois juntos) é disco pra entrar por um ouvido e o prazer já vir imediatamente sem escalas pra dentro da cabeça.

Sei de sua discoteca encantada e cantada aos 7 cantos do planeta, daí que é provável que tenhas, mas tbm sabemos que ninguém é capaz de juntar tudo de bom que se faz pelo mundo, então, vai aí a minha dica, se não tens, vai atrás que será uma boa aquisição.

Valeu pelo presente e o Érico me ligou ontem, está tudo confirmado: o renomado autor do "Confesso"... aporta no Rio dia 29 (quinta feira) do corrente e a noite de autógrafos na Sala Baden Powell está marcada pro dia 30 de setembro.

Abração.

PREDADOR.- disse...

Esse álbum do Walter Perkins não é nenhuma "brastemp", mas vou adicioná-lo à minha listinha, mr.Lester

John Lester disse...

Ok Predador. Anotado.