Não se trata do acaso: o contrabaixista ao lado é de fato muito parecido com seu pai, o ator Clint Eastwood, tipo estranho de indivíduo que comparece a todos os Monterey Jazz Festivals, desde sua inauguração, em 1958. Portanto, do pai herdou a paixão pelo jazz, quer seja através de intensas audições caseiras de músicos como Duke Ellington e Count Basie, quer seja através da presença com o pai em memoráveis versões do Monterey Jazz Festival, onde era apresentado a figuras como Sarah Vaughan e Miles Davis. Criado em Carmel, California, o contrabaixista Kyle Eastwood tem demonstrado ser mais que o filho de Clint. Em inúmeras sessões de estúdio, tem produzido uma série regular de álbuns que, se por um lado mantêm certo afastamento do blues e do Neo-Bebop tradicionalista de um Wynton Marsalis, por outro têm resgatado com competência os legados do funky, do groove, do brazilian jazz e de outros elementos da world music que hoje encontram-se irremediavelmente associados ao jazz.
Kyle foi apresentado à linha do baixo ainda criança pelo próprio pai, que lhe ensinou a tocar as teclas da mão esquerda do piano, ficando o solo com a mão direita de Clint. Após algum tempo estudando cinema, Kyle percebe que sua verdadeira paixão é a música. Depois de alguns anos atuando como contrabaixista em Los Angeles e New York, grava seu primeiro álbum em 1998, para a Sony. Já então demonstrava certa aptidão para a composição, atuando em algumas trilhas sonoras bem sucedidas para o cinema e para a televisão. Em 2004, Kyle assina com a Candid Records, um dos selos independentes de jazz mais importantes da Inglaterra, com quem grava seu segundo álbum, Paris Blues, oportunidade em que restam claras suas múltiplas influências.
Acompanhado por alguns dos melhores músicos de jazz londrinos, como o pianista Andrew McCormack, e utilizando-se de uma linguagem atraente, Kyle alcança o sucesso junto ao público jovem, sobretudo na França, país que adota como segundo lar, bem como o respeito da crítica especializada. Atualmente, quando não está em turnê pela Europa, Japão ou EUA, Kyle divide sua residência entre Los Angeles e Paris. Para os amigos deixo as faixas Marciac, Moon Over Couronneau e Down At Ronnie's, retiradas do álbum Songs From The Chateau, gravado em 2011. Com Kyle estão Andrew McCormack (p), Graeme Flowers (t, flgh), Graeme Blevins (ss, ts) e Martyn Kaine (d).
Agora, para aqueles que não gostarem do filho de Clint, sempre haverá esperança de que apreciem sua irmã Alison Eastwood. Notem como ela também adora um Moët & Chandon...
Agora, para aqueles que não gostarem do filho de Clint, sempre haverá esperança de que apreciem sua irmã Alison Eastwood. Notem como ela também adora um Moët & Chandon...
24 comentários:
Belíssima postagem.
Encerramento de mestre.
Será que a bela é ligada à música como o irmão ou às telas como o pai?
Parabéns!
Prezado Mr. Nunes, dizem por aí que a menina trabalha com cinema. E, quando sente calor, haja champanhe!
Grande abraço, JL.
Gostei Lester, boa dica!
Precisamos falar com Mr. Lester.
Redação
Olá, que show!!! Ô família de talentos! E seu blog é uma harmonia só. Parabéns!!!
O jazz jamais morrerá, né não? Amo jazz!! Assim como o blues, que é um das importantes raízes dele (do jazz). Obrigada por estar no meu blog. Estou levando o seu para a minha lista de preferidos.
Um abraço!
Prezada Lau, obrigada pela visita!
Beijo.
Olááá muito obrigada pela visita, já estou seguindo aqui tb, o blog é maravilhoso, com ótimo conteúdo. Gostei da música do filho de Clint, confesso que não conhecia o trabalho dele, nem sobre a irmã. Os dois lindíssimos por sinal.
Beijãooooo
Oiiii,
Adorei sua visita no D'Allure!!! Volte sempre...
N conhecia essa pessoa e nem a irmã....arrasaram!!!
Beijosss
Precisamos falar com Mr. Lester.
Redação
Blog muito interessante!Música perfeita.Grande abraço.
Tonha.
Delícia!
Muito bom o som do moço! Mas irmã dele é muuuuuuuuuuuuuuuito melhor!!!!
Acho que ela canta em uma faixa da trilha sonora do filme Meia noite no jardim do bem e do mal, dirigida pelo papai - que também canta!
Abração.
Mr. Cordeiro, o que seria de nós sem champanhe?
Grande abraço, JL.
Oi Roberto que blog legal! Perfeita combinação: Boa música, bons vinhos e amigos!!! Obrigada pela visita ao Arquitrecos. Estava ouvindo o som do Eastwood e gostei muito, já vou deixar nas minhas playlists!! Grande abraço!!
www.arquitrecos.com
Gostei de tudo!
Mestre Olney, bom vê-lo por aqui. E seja bem-vinda Carla.
A sonoridade do Kyle lembrou-me um pouco dos trabalhos gravados pelo filho do mestre Thelonious, mr.T.S.Monk. Massa sonora incorpada igual a um bom vinho, músicos bons, mas não consigo assimilar a música como jazz. A irmã do moço é simplesmente espetacular. Deve ser gostosa igual a um Moet & Chandon!
master lester,
a família eastwood não é pouca coisa não...apesar do jazz funkeado do garoto...é isso aí
abraçsons
Caro Mestre Predador, nunca o vi tão bem-humorado em toda a minha vida. E, Mestre Pituco, também prefiro o jazz da Alison ao do Kyle.
Grande abraço, JL.
Maravilha,Lester, maravilha.
Essa família é mesmo porreta.
Filhos de CLINT tinham que ser EASTWOOD's.
O filho está presente no DVD "Eastwood After Hours - Live At Carnegie Hall", uma senhora homenagem a CLINT.
Em tempo: ainda não entendí como tantos conseguiram ver a garrafa de "Moet & Chandon".
Prezado Mestre, clique sobre a foto para ampliá-la e todo um mundo maravilhoso se abrirá aos seus olhos, sobretudo na última fotografia!
Grande abraço, JL.
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